Zone d'identification
Cote
Titre
Date(s)
- 22/11/1823 (Création/Production)
- Rio de Janeiro, Brasil (Création/Production)
Niveau de description
Item documental
Étendue matérielle et support
Textual, manuscrito, 02 páginas.
30 cm X 21,8 cm
Zone du contexte
Nom du producteur
Notice biographique
Histoire archivistique
O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.
Source immédiate d'acquisition ou de transfert
O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.
Zone du contenu et de la structure
Portée et contenu
Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, e se formou em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como Estados Unidos da América e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos Estados Unidos da América foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.
Relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos América: O reconhecimento precoce da independência brasileira pelos Estados Unidos, em 1824, foi uma surpresa agradável para D. Pedro I, que esperava por tal aprovação. Enquanto autoridades oficiais dos dois países formalizaram suas relações, ativistas sociais em Boston tinham uma visão diferente, desafiando as normas diplomáticas e promovendo o republicanismo e, ocasionalmente, a abolição. A Rebelião de Pernambuco desempenhou um papel crucial na dissidência republicana na América Portuguesa. Liderada por figuras como Manoel de Carvalho Paes de Andrade, que se inspiraram no exemplo dos EUA, os pernambucanos protestou contra a autoridade crescente da monarquia independente brasileira. Ativistas como Joseph Ray e James Rodgers foram fundamentais na conexão entre os movimentos de dissidência nos Estados Unidos e no Brasil. Enquanto alguns brasileiros buscavam inspiração nos ideais republicanos americanos, outro, como Emiliano Felipe Benício Mundrucu, influenciou o ativismo nos Estados Unidos, contribuindo para a luta pela abolição e igualdade racial. Embora muitos republicanos transnacionais tenham permanecido ambivalentes em relação à escravidão, dissidentes negros como Mundrucu pressionaram por mudanças. Suas ações, embora não tenham garantido uma parceria republicana entre os dois países, contribuíram para o fortalecimento dos movimentos abolicionistas em ambos os lados. Apesar do compartilhamento de um sistema econômico baseado na escravidão, ativistas continuaram a lutar pela liberdade e igualdade. O envolvimento de indivíduos como Mundrucu na Guerra Civil dos EUA e os esforços conjuntos de escravos e abolicionistas brasileiros ajudaram a pavimentar o caminho para a abolição e a queda da monarquia no Brasil. Em resumo, embora as relações entre os Estados Unidos e o Brasil no século XIX tenham sido moldadas por uma política de escravidão, a resistência transnacional de ativistas sociais contribuiu para um movimento contínuo em direção à liberdade e igualdade.
Évaluation, élimination et calendrier de conservation
Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, e se formou em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como Estados Unidos da América e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos Estados Unidos da América foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.
Relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos América: O reconhecimento precoce da independência brasileira pelos Estados Unidos, em 1824, foi uma surpresa agradável para D. Pedro I, que esperava por tal aprovação. Enquanto autoridades oficiais dos dois países formalizaram suas relações, ativistas sociais em Boston tinham uma visão diferente, desafiando as normas diplomáticas e promovendo o republicanismo e, ocasionalmente, a abolição. A Rebelião de Pernambuco desempenhou um papel crucial na dissidência republicana na América Portuguesa. Liderada por figuras como Manoel de Carvalho Paes de Andrade, que se inspiraram no exemplo dos EUA, os pernambucanos protestou contra a autoridade crescente da monarquia independente brasileira. Ativistas como Joseph Ray e James Rodgers foram fundamentais na conexão entre os movimentos de dissidência nos Estados Unidos e no Brasil. Enquanto alguns brasileiros buscavam inspiração nos ideais republicanos americanos, outro, como Emiliano Felipe Benício Mundrucu, influenciou o ativismo nos Estados Unidos, contribuindo para a luta pela abolição e igualdade racial. Embora muitos republicanos transnacionais tenham permanecido ambivalentes em relação à escravidão, dissidentes negros como Mundrucu pressionaram por mudanças. Suas ações, embora não tenham garantido uma parceria republicana entre os dois países, contribuíram para o fortalecimento dos movimentos abolicionistas em ambos os lados. Apesar do compartilhamento de um sistema econômico baseado na escravidão, ativistas continuaram a lutar pela liberdade e igualdade. O envolvimento de indivíduos como Mundrucu na Guerra Civil dos EUA e os esforços conjuntos de escravos e abolicionistas brasileiros ajudaram a pavimentar o caminho para a abolição e a queda da monarquia no Brasil. Em resumo, embora as relações entre os Estados Unidos e o Brasil no século XIX tenham sido moldadas por uma política de escravidão, a resistência transnacional de ativistas sociais contribuiu para um movimento contínuo em direção à liberdade e igualdade.
Accroissements
Mode de classement
O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889) encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).
Zone des conditions d'accès et d'utilisation
Conditions d’accès
Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)
Conditions de reproduction
Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.
Langue des documents
- portugais
Écriture des documents
Notes de langue et graphie
Caractéristiques matérielle et contraintes techniques
Documento em suporte de papel.
Instruments de recherche
Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em (...)
Instrument de recherche
Zone des sources complémentaires
Existence et lieu de conservation des originaux
Existence et lieu de conservation des copies
Unités de description associées
Zone des notes
Note
Documento em bom estado de conservação.
Note
Documento contém em anexo uma folha resumindo o conteúdo do documento.
Identifiant(s) alternatif(s)
Mots-clés
Mots-clés - Sujets
Mots-clés - Lieux
Mots-clés - Noms
Mots-clés - Genre
Zone du contrôle de la description
Identifiant de la description
Identifiant du service d'archives
Règles et/ou conventions utilisées
Statut
Niveau de détail
Dates de production, de révision, de suppression
Janeiro de 2024 a janeiro de 2025
Langue(s)
Écriture(s)
Sources
BASTOS, Aurélio Wander Bastos. O Ensino Jurídico no Brasil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000.
BRITO, Luciana da Cruz. Abolicionistas afro-americanos e suas interpretações sobre escravidão, liberdade e relações raciais no Brasil no século XIX. In: MACHADO, Maria Helena P.T.; CASTILHO, Celso Thomas Castilho. (ed.). Tornando-se livre: Agentes históricos e lutas sociais no processo de abolição. São Paulo: Edusp, 2015. p. 429-449.
CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.
GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.
OLIVEIRA, N. C. G. O Conselho Geral da Província: Espaço de Experiência política na Bahia, 1828-1834. Niterói: UFF, 2017.
RICUPERO, Rubens. A diplomacia na construção do Brasil (1750-2016). Rio de Janeiro: Versal, 2017.
SILVA, P. H.V.C. Os Ecos do Ipiranga: O Reconhecimento da Independência do Império do Brasil nas Américas (1822-25). Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais, Instituto de Relações Internacionais, Universidade de Brasília, 2018.
VASCONCELOS, Rodolfo Smith de Vasconcelos, barão de. Archivo Nobiliárquico Brasileiro. Lausanne: Imprimerie la Concorde, 1918.
Note de l'archiviste
Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Gabriel Martins (Descritor). Thiago Souza de Mendonça (Descritor). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Maiara De Souza Domequis (Revisora). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Luis Henrique Souza de Santos (Pesquisador/Historiador). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês). Fábio Eduardo Gomes (Estagiário em história).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.