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Minuta de despacho n. 7 enviado para José de Araújo Ribeiro (1800-1879), Barão e depois Visconde do Rio Grande, com data de 14 de maio de 1831, acusando recebimento de ofício em que pedia demissão por ser insuficiente o valor do ordenado.

José de Araújo Ribeiro (1800-1879), Barão e depois Visconde do Rio Grande, nasceu em Porto Alegre. Estudou Direito pela Universidade de Coimbra. Foi secretário da Legação Brasileira em Nápoles (1826), encarregado de Negócios nos Estados Unidos (1828) e ministro plenipotenciário na França (1837). desempenhou em 1843 missão especial na Inglaterra. Foi senador (1848-1879) e deputado geral do Rio Grande do Sul (1834-1837). Compôs o hall do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro - IHGB, além de ter escrito vários livros.

Não consta

Cópia de relatório contendo um mapa demonstrativo dos navios ingleses que aportaram no Tejo conduzindo tropas auxiliares para Portugal.

As Relações entre Brasil e Portugal após a independência no ano 1822 contam com períodos de maior e menor hostilidade e, principalmente, com longos momentos de acomodação. Passado o trauma da separação nos anos subsequentes, e com o apoio de Estados Unidos, México e Inglaterra, o Brasil buscou uma aproximação com sua antiga metrópole, em conformidade com a afinidade de suas respectivas Coroas mandatárias. Apesar de D. Pedro I ter proclamado sua permanência no Brasil independentemente das demandas das Cortes portuguesas de 1820, ele pertencia à mesma dinastia de seu pai, D. João VI, que retornou à Portugal na mesma altura.
Inicialmente marcadas por tensões e ressentimentos decorrentes do processo de separação, as duas nações gradualmente consolidaram laços diplomáticos mais amigáveis. A assinatura de tratados e acordos, como o Tratado de Amizade, Navegação e Comércio em 1825, estabeleceu bases para uma cooperação mútua em diversos setores, incluindo política, comércio e cultura.
Politicamente, as relações entre Brasil e Portugal evoluíram para uma dinâmica de cooperação e respeito mútuo. Ambos os países reconheceram a importância de manter canais de diálogo abertos e buscar soluções diplomáticas para eventuais desentendimentos. Essa aproximação política se refletiu em diversas iniciativas conjuntas em fóruns internacionais e em esforços para fortalecer os laços bilaterais em áreas como segurança, educação e turismo. Também foram mantidos consulados e ministros plenipotenciários de maneira a representar os interesses nacionais no país em foco, além de arcar com gastos de cidadãos ali presentes e dívidas de representantes de maneira geral.
No âmbito comercial, Brasil e Portugal desenvolveram uma relação de interdependência econômica ao longo dos anos. O comércio bilateral cresceu significativamente, com trocas de produtos agrícolas, industriais e serviços. Investimentos mútuos foram incentivados, contribuindo para o desenvolvimento econômico de ambos os países, especialmente com a execução de empreendimentos com base na riqueza de indivíduos de ambas as nações tanto no território brasileiro quanto no território português em áreas consideradas estratégicas. Além disso, acordos de livre comércio e cooperação em áreas como energia, tecnologia e infraestrutura foram estabelecidos, impulsionando ainda mais a relação comercial entre as duas nações.
Relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra nas décadas de 1820-1830: A interação entre a Revolução Industrial britânica e a concorrência internacional moldou a política externa do Brasil colonial. A Grã-Bretanha buscava expandir sua supremacia comercial global, enquanto o Brasil lutava para conciliar seus interesses econômicos, especialmente na agricultura de exportação, com as demandas do comércio e da indústria. A política externa brasileira foi subordinada por três conjuntos de fatores: as ações do governo britânico, a inabilidade diplomática do governo brasileiro e as decisões políticas consentidas. Desde o século XVIII até o período pós-independência, os interesses britânicos prevaleceram, resultando na abertura do mercado brasileiro aos produtos ingleses e na exclusão dos produtos brasileiros do mercado britânico. A assinatura de tratados, como o de 1826, refletiu a influência britânica e levou o Brasil a adotar políticas anti-tráfico de escravos. O cumprimento desses acordos demonstrou a subjugação do Brasil às pressões externas, moldando seu desenvolvimento econômico e político até o século XIX.

Não consta