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Nota diplomática enviada por Francisco Vilela Barbosa, Visconde de Paranaguá (1769-1846), para Manoel José García (1784-1848), Ministro das Relações Exteriores da Argentina, datada de 10 de outubro de 1825, comunicando que chegou ao seu conhecimento que alguns revolucionários saídos de Buenos Aires juntaram-se às forças amotinadas de Fructuoso Rivera na Província Cisplatina e iniciaram hostilidades contra o Império, de modo que tropas foram designadas para o combate. Expressa o desprazer e a estupefação do Império diante da indiferença do governo de Buenos Aires face à situação revolucionária no Uruguai, já que nem mesmo uma nota de desaprovação havia sido emitida pelas autoridades argentinas. Posto isto, Barbosa assevera que o Governo brasileiro não deseja envolver-se em outra guerra após ter concluído a que travou com Portugal, mas que o faria caso Buenos Aires continuasse a manifestar esta postura hesitante diante da situação na Cisplatina.

Francisco Vilela Barbosa (1769-1846), Visconde e Marquês de Paranaguá, estudou matemática em Coimbra no ano de 1796. Iniciou sua carreira na Marinha Portuguesa. Desempenhou o cargo de deputado pelo Rio de Janeiro nas Cortes de Lisboa e, em seu retorno para o Rio de Janeiro, atuou na Constituinte de 1823. Senador do Rio de Janeiro, desenvolveu várias atividades diplomáticas, como o reconhecimento da Independência do Brasil por Portugal e fez negociações com a França. Assumiu, interinamente, a secretaria de Negócios Estrangeiros - de 04 de outubro a 21 de novembro de 1825 -, sucedendo a Luiz José de Carvalho e Melo (Visconde de Cachoeira).

Manuel José García (1784-1848), diplomata e político argentino, reconhecido como o primeiro ministro da Fazenda da República Argentina, também sendo fundador do “Banco de la Provincia de Buenos Aires”. Atuou como embaixador plenipotenciário do Diretório das Províncias Unidas do Rio da Prata na Corte Portuguesa no Rio de Janeiro. Também desempenhou o cargo de redator da Gazeta de Buenos Aires.

Francisco Vilela Barbosa