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Cópia de despacho datado de 22 de dezembro de 1825 em que George Eyre, Contra-almirante e Comandante britânico, comunica ao Cônsul Geral britânico no Rio de Janeiro, Henry Chamberlain, que em breve partirá para o Rio da Prata e por isso deseja deixar explícito ao governo brasileiro a neutralidade da Grã-Bretanha na Guerra da Cisplatina, não lhe sendo cabível contribuir para o bloqueio naval no Rio da Prata. Para evitar mal-entendidos, também informa que haveria uma linha de comunicação livre entre os navios de guerra e paquetes ingleses e a cidade de Buenos Aires.

Relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra nas décadas de 1820-1830: A interação entre a Revolução Industrial britânica e a concorrência internacional moldou a política externa do Brasil colonial. A Grã-Bretanha buscava expandir sua supremacia comercial global, enquanto o Brasil lutava para conciliar seus interesses econômicos, especialmente na agricultura de exportação, com as demandas do comércio e da indústria. A política externa brasileira foi subordinada por três conjuntos de fatores: as ações do governo britânico, a inabilidade diplomática do governo brasileiro e as decisões políticas consentidas. Desde o século XVIII até o período pós-independência, os interesses britânicos prevaleceram, resultando na abertura do mercado brasileiro aos produtos ingleses e na exclusão dos produtos brasileiros do mercado britânico. A assinatura de tratados, como o de 1826, refletiu a influência britânica e levou o Brasil a adotar políticas anti-tráfico de escravos. O cumprimento desses acordos demonstrou a subjugação do Brasil às pressões externas, moldando seu desenvolvimento econômico e político até o século XIX.

George Eyre