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Cópia de ofício enviado pelo Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal (s.d.-1838) para João Antônio Pereira da Cunha, com data de 07 de abril de 1827, declarando ter recebido no dia anterior do Duque Torlona uma quantia para a execução da bula do bispo de Anemúria, frei Francisco Antônio de Arrábida (1771-1850), e solicitando que seja feito o respectivo ressarcimento.

Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuiabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juizo ecclesiastico na reitoria do Seminário de São José. Foi enviado extraordinário à corte papal, por nomeação de Dom Pedro, em 7 de agosto de 1824, com a missão de convencer a Santa Sé a reconhecer a Independência do Brasil e assinar uma Concordata estabelecendo as condições que deveriam reger as relações entre Igreja e Estado no Brasil. As negociações não avançaram entre o Brasil e a Santa Sé até que Portugal oficializasse o reconhecimento da Independência, em 29 de agosto de 1825, no pontificado de Leão XII. Monsenhor Vidigal foi recebido pelo papa como representante do Brasil em 23 de janeiro de 1826, quando foram concedidos os documentos pontificais que tratavam da relação entre Igreja e Estado no novo país. Em 1829, foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.

João Antônio Pereira da Cunha (s.d. - s.d.). Diplomata brasileiro, nascido em Lisboa, serviu como encarregado de negócios e ministro residente em vários postos, notadamente na França em 1827, na Prússia em 1828-1830 e na Áustria em 1836. Em 1825, o tenente-coronel João Antônio Pereira da Cunha, comandante do 1º Batalhão de Caçadores da Corte, solicita a pensão de estudos ao Ministério dos Negócios da Guerra. Seu pedido é deferido e, assim, o coronel parte em viagem de estudos para estudar no Estado-Maior da França, exercendo simultaneamente funções diplomáticas.

Francisco Antonio de Arrábida (1771-1850), nasceu em Lisboa, Portugal. Foi professor e bibliotecário
no Convento de Mafra. Viajou para o Brasil com D. João, que o fez seu confessor
e membro do conselho privado, sendo nomeado censor régio da Mesa do Desembargo
do Paço. Atuou também como aio e tutor dos príncipes. Foi bibliotecário
imperial, sendo o primeiro chefe da Biblioteca Imperial e Pública da Corte. Em
1827 por indicação régia tornou-se Bispo de Anemuria e coadjutor do capelão-mor

Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal (s.d.-1838)