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Cópia de ofício enviado pelo Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal (s.d.-1838) para João Antônio Pereira da Cunha, com data de 31 de maio de 1827, comunicando o recebimento, por parte do Duque Torlonia, de valores para o pagamento das despesas com execução de documentos pontifícios do arcebispo da Bahia, D. Romualdo Antônio de Seixas (1787-1860). Informa terem chegado naquele mês os processos remetidos de Londres em dezembro, e solicita que futuramente fosse enviado pelo correio ordinário.

Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuiabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juízo eclesiástico na reitoria do Seminário de São José. Foi enviado extraordinário à corte papal, por nomeação de Dom Pedro, em 7 de agosto de 1824, com a missão de convencer a Santa Sé a reconhecer a Independência do Brasil e assinar uma Concordata estabelecendo as condições que deveriam reger as relações entre Igreja e Estado no Brasil. As negociações não avançaram entre o Brasil e a Santa Sé até que Portugal oficializasse o reconhecimento da Independência, em 29 de agosto de 1825, no pontificado de Leão XII. Monsenhor Vidigal foi recebido pelo papa como representante do Brasil em 23 de janeiro de 1826, quando foram concedidos os documentos pontificais que tratavam da relação entre Igreja e Estado no novo país. Em 1829, foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.

João Antônio Pereira da Cunha (s.d. - s.d.). Diplomata brasileiro, nascido em Lisboa, serviu como encarregado de negócios e ministro residente em vários postos, notadamente na França em 1827, na Prússia em 1828-1830 e na Áustria em 1836. Em 1825, o tenente-coronel João Antônio Pereira da Cunha, comandante do 1º Batalhão de Caçadores da Corte, solicita a pensão de estudos ao Ministério dos Negócios da Guerra. Seu pedido é deferido e, assim, o coronel parte em viagem de estudos para estudar no Estado-Maior da França, exercendo simultaneamente funções diplomáticas.
Romualdo Antônio de Seixas (1787-1860), Arcebispo da Fé do Pará para ser Arcebispo da Bahia, depois Conde (1858) e Marquês de Santa Cruz (1860), nomeado cônego da Sé paraense e Cavaleiro da Ordem de Cristo; aos vinte e três recebeu ordens de Presbítero, foi nomeado pároco de sua cidade natal (Cametá) e logo a seguir vigário-geral da província, sendo mais tarde, por morte do diocesano, vigário capitular. Em 1841, presidiu a solenidade da ordenação do Imperador D. Pedro II, recebeu o título de Pregador da Capela Imperial e agraciado com a Grande Dignitária da Ordem da Rosa, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, com o título de Conde e depois com o de Marquês de Santa Cruz. Foi eleito Deputado pela Província do Pará para a 1ª legislatura no período 1826 a 1829. Foi eleito Deputado pela Província da Bahia para a 3ª legislatura no período de 1834 a 1837. Foi eleito Deputado pela Província do Pará para a 4ª Legislatura no período de 1838 a 1841. Foi Presidente da Câmara dos Deputados de 1828 a 1829, e em 1841.

Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal (s.d.-1838)