- RIO-AHI-SNEIB-FIM-ROPFJ-Prov-Bah-Panf_312-3-30_1833-08-18
- Item documental
- 18/08/1833
Assistência à Pobreza e Saúde na Bahia: Durante o período colonial, a chegada da família real ao Brasil em 1808 trouxe consigo importantes iniciativas no campo da medicina e saúde pública na Bahia. O Príncipe Regente criou a Provedoria-Mor da Saúde, responsável por inspecionar embarcações, matadouros e açougues, além de promover o saneamento e fiscalizar a medicina para garantir a saúde pública. Em 1808, foram estabelecidos cursos de cirurgia e anatomia nos hospitais militares de Salvador e Rio de Janeiro. Após a reforma de 1815, a Academia Médico-Cirúrgica da Bahia passou a operar no antigo Colégio dos Jesuítas, contribuindo para melhorar as condições de ensino e instalações. Médicos como José Lino Coutinho buscaram promover ideais políticos e civilizatórios, incluindo projetos de higienização urbana para o progresso da nação. Eles enfatizaram uma abordagem ambientalista da medicina, considerando as condições geográficas e climáticas do Brasil. Em 1838, o Conselho de Salubridade foi criado para fiscalizar o exercício ilegal da medicina e coordenar ações contra epidemias. Em 1846, o Instituto Vacínico do Império foi estabelecido para promover a vacinação em todo o país, enquanto as Juntas de Higiene Pública foram criadas para lidar com doenças como a febre amarela. A persistência da febre amarela levou à criação de um hospital isolado em 1853, embora sua operação irregular e a precariedade das instalações tenham sido alvo de críticas e inspeções periódicas.
Francisco Bernardino de Souza (1805 -1875)