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Panfleto original assinado por Francisco Bernardino de Souza (1805-1875), da data de 18 de agosto de 1833, intitulado como “Breves memórias sobre o Seminário dos órfãos de S. Joaquim e seu instituidor o Irmão Joaquim Francisco do Livramento”. Detalha os esforços de Joaquim Francisco do Livramento (1761-1829), em auxiliar os órfãos da Bahia. Reconta que, em 1798, Livramento reuniu documentos e redigiu um requerimento para D. Maria I (1734-1816), pedindo concessão de licença para construir um hospital na Bahia, o qual foi concedido em 1799, pormenoriza doações, e outras questões administrativas do hospital. Finaliza comentando que Francisco de Assis Mascarenhas (1779-1843), Conde de Palma e Governador da Bahia, transferiu o seminário dos órfãos para um convento que pertencia aos jesuítas, além de ter promovido obras.

Assistência à Pobreza e Saúde na Bahia: Durante o período colonial, a chegada da família real ao Brasil em 1808 trouxe consigo importantes iniciativas no campo da medicina e saúde pública na Bahia. O Príncipe Regente criou a Provedoria-Mor da Saúde, responsável por inspecionar embarcações, matadouros e açougues, além de promover o saneamento e fiscalizar a medicina para garantir a saúde pública. Em 1808, foram estabelecidos cursos de cirurgia e anatomia nos hospitais militares de Salvador e Rio de Janeiro. Após a reforma de 1815, a Academia Médico-Cirúrgica da Bahia passou a operar no antigo Colégio dos Jesuítas, contribuindo para melhorar as condições de ensino e instalações. Médicos como José Lino Coutinho buscaram promover ideais políticos e civilizatórios, incluindo projetos de higienização urbana para o progresso da nação. Eles enfatizaram uma abordagem ambientalista da medicina, considerando as condições geográficas e climáticas do Brasil. Em 1838, o Conselho de Salubridade foi criado para fiscalizar o exercício ilegal da medicina e coordenar ações contra epidemias. Em 1846, o Instituto Vacínico do Império foi estabelecido para promover a vacinação em todo o país, enquanto as Juntas de Higiene Pública foram criadas para lidar com doenças como a febre amarela. A persistência da febre amarela levou à criação de um hospital isolado em 1853, embora sua operação irregular e a precariedade das instalações tenham sido alvo de críticas e inspeções periódicas.

Francisco Bernardino de Souza (1805 -1875)