Abaixo-assinado datado de 2 de janeiro de 1839 em que o mestre, o piloto e os membros da tripulação do brigue-escuna português Feliz apresentam detalhes da sua viagem e do apresamento do seu navio pelo brigue inglês Wizard, queixando-se do longo período em que ficaram incomunicáveis e protestando seus prejuízos, perdas e danos
Intimação datada de 26 de janeiro de 1839 e apresentada pelo oficial de justiça da Comissão Mista Brasileira e Inglesa a João Manoel Pereira da Silva, procurador de João dos Santos, mestre do brigue português Feliz, exigindo que apresentasse até o dia 28 daquele mês a escritura de venda do referido brigue e um documento autêntico que comprovasse que o Feliz satisfez os artigos de números 6, 7 e 8 do decreto do governo português de 10 de dezembro de 1836
Aviso com data de 5 de março de 1839 em que Joaquim Antônio Pereira da Cunha comunica ao conselheiro João Carneiro de Campos que no dia anterior havia recebido do comandante inglês do brigue-escuna Feliz o referido navio e os duzentos e vinte e dois africanos que ali eram transportados para fins de tráfico escravagista, além de três marinheiros negros
Aviso com data de 15 de abril de 1839 em que Joaquim Antônio Pereira da Cunha comunica a Braz Martins da Costa Passos que remete, por meio do escrivão José Alves Barroso, a quantia de um conto e oitocentos e noventa mil réis referentes à arrematação do brigue-escuna Feliz
Aviso com data indeterminada em que Antônio Peregrino Maciel Monteiro comunica a João Carneiro de Campos o recebimento do seu ofício que trazia em anexo cópia da sentença da Comissão Mista Brasileira e Inglesa sobre o navio português Feliz, apresado com africanos pelo brigue inglês Wizard
Depoimento prestado em 7 de janeiro de 1839 por José Joaquim da Silva, contramestre do brigue-escuna português Feliz, à Comissão Mista Brasileira e Inglesa responsável por investigar navios que haviam sido detidos realizando tráfico de escravizados
Depoimentos prestados em 8 de janeiro de 1839 à Comissão Mista Brasileira e Inglesa pelos seguintes indivíduos: Sebastião da Fonseca, piloto do brigue-escuna Feliz; João Pedro Ferreira, passageiro do brigue-escuna Feliz; e João Pereira da Costa, também passageiro do mesmo brigue-escuna. O referido navio havia sido apresado por um brigue inglês por estar realizando tráfico de escravizados
Depoimento prestado em 11 de janeiro de 1839 à Comissão Mista Brasileira e Inglesa por João Pedro Ferreira, passageiro do brigue-escuna Feliz que fora apresado por um navio inglês por estar realizando tráfico de escravos
Depoimento prestado em 12 de janeiro de 1839 à Comissão Mista Brasileira e Inglesa pelo caixeiro-viajante português Antônio da Costa Ferreira, passageiro a bordo do brigue-escuna Feliz apresado pelo brigue de guerra inglês Wizard por estar realizando tráfico de escravizados
Notificação do advogado João Manuel Pereira da Silva apresentada à Comissão Mista Brasileira e Inglesa informando que embarga a sentença proferida por esta. A resposta da Comissão está na parte superior do documento, datada de 31 de janeiro de 1839, reportando a existência de divergência entre os juízes responsáveis com relação ao embargo
Cópia da certidão da escritura de compra do brigue-escuna português Feliz em nome de Manuel José de Carvalho. Esta certidão foi emitida por Bernardo Ribeiro de Carvalho, chanceler do consulado geral de Portugal no Rio de Janeiro, a pedido do advogado João Manuel Pereira da Silva em 28 de janeiro de 1839
Documento da Secretaria do Governo Militar e Civil da Província de Benguela, com data de 27 de novembro de 1838, que apresenta a matrícula e rol da equipagem do navio português “Feliz”, que àquela altura seguia viagem para Moçambique com escala no Rio de Janeiro. Traz informações sobre seus tripulantes e o nome do proprietário, Manoel José de Carvalho.
Lista de medicamentos, fármacos e itens médicos encomendados em janeiro e fevereiro de 1839 por Carl Tross & Cia. para o tratamento dos escravizados encontrados a bordo do navio Feliz
Listagem de escravizados encontrados e classificados por idade e gênero a bordo do navio Feliz, apresado por um brigue britânico em 27 de dezembro de 1838. Esta listagem possui data de 9 de janeiro de 1839
Listagem, com data de 30 de janeiro de 1839, dos africanos que se encontravam a bordo do navio apresado “Feliz”. Mostra também a quantidade dos que foram dirigidos ao hospital ou que faleceram. Este documento traz anexos em que os representantes da Comissão Mista ordenam que o autor da listagem, João Baptista Cosmelli, suba a bordo da embarcação para tomar nota das nacionalidades, sexos, idades, marcas e outras observações dos africanos.
Lista das despesas médicas pagas por Carlos Tross & Cia. para o tratamento na Santa Casa de Misericórdia de uma africana e três africanos resgatados do brigue-escuna português Feliz, apresado pelo brigue de guerra inglês Wizard. Esta lista é datada de 4 de fevereiro de 1839 e possui a assinatura de Antônio Bento de Vassimon, administrador da Santa Casa de Misericórdia, confirmando que recebeu de Carlos Tross & Cia. a quantia devida. Documento possui anexo
Relação datada de 19 de fevereiro de 1839 que apresenta uma listagem de africanos que se encontravam a bordo da escuna Feliz. Apresenta seus nomes, nações, marcas, lugares e idades, além de trazer observações e notificar falecimentos. Também disponibiliza a contagem de africanos a bordo dos navios Wizard e Diligente
Listagem, datada de 28 de fevereiro de 1839, dos valores pagos à Santa Casa de Misericórdia por Carlos Tross pelo tratamento e sepultamento de dois africanos oriundos do carregamento do brigue-escuna português Feliz. Possui em anexo segunda via do mesmo documento
Listagem das compras que Guilherme (ou William) Johnston, oficial do brigue de guerra inglês Wizard e encarregado do navio português apresado Feliz, efetuou junto a Carlos Tross & Cia. em janeiro e fevereiro de 1839. Esta listagem possui a certificação dos preços feita pelos negociantes Domingos de Barros e Antônio José Pinto Guimarães, informando também que os artigos e produtos comprados foram destinados ao consumo dos africanos resgatados do Feliz
Versão traduzida para o inglês da listagem das compras que Guilherme (ou William) Johnston, oficial do brigue de guerra inglês Wizard e encarregado do navio português apresado Feliz, efetuou junto a Carlos Tross & Cia. em janeiro e fevereiro de 1839. Esta listagem possui a certificação dos preços feita pelos negociantes Domingos de Barros e Antônio Pinto Guimarães, informando também que os artigos e produtos comprados foram destinados ao consumo dos africanos resgatados do Feliz
Conta datada de 15 de abril de 1839 que apresenta uma listagem do produto líquido da arrematação do brigue-escuna Feliz em cumprimento da sentença da Comissão Mista Brasileira e Inglesa
Listagem da importância da arrematação do brigue-escuna Feliz, datada de 16 de abril de 1839
Listagem das despesas feitas pela Comissão Mista Brasileira e Inglesa com o brigue-escuna Feliz em janeiro e fevereiro de 1839
Cópia de nota diplomática com data de 4 de julho de 1839 em que Joaquim César de Figamiére e Morão, ministro português no Brasil, comunica a Cândido Batista de Oliveira, ministro e secretário dos Negócios Estrangeiros do Brasil, que recebeu sua nota a respeito do exame dos papéis de dois navios portugueses apresados por um brigue de guerra inglês sob suspeita de tráfico de escravizados. Menciona as graves acusações feitas ao chanceler encarregado do expediente do consulado geral de Portugal no Rio de Janeiro e a questão em torno da desnacionalidade do brigue Feliz, um dos navios apresados. Discorre também sobre os termos e as condições legais da convenção instituída entre Inglaterra e Brasil para o fim do tráfico de escravizados
Instrumento público de procuração declarado em 9 de janeiro de 1839 por João dos Santos, capitão do brigue-escuna português Feliz apresado pelo brigue inglês Wizard
Recibo de 12 de março de 1839 em que Jacinta Rosa de Castro confirma o pagamento feito por Charles Tross & Cia. no valor de oito mil e oitocentos e oitenta réis relativos a suprimentos e itens para os escravizados resgatados do navio apresado Feliz. Este documento contém anexo
Recibo de 12 de abril de 1839 em que Alexandre Dyott confirma o recebimento de oitenta e quatro mil réis pagos pelo escrivão José Alves Barroso relativos ao depósito do brigue-escuna Feliz
Recibo datado de 10 de julho de 1839 em que James Davey confirma o pagamento de quatro mil réis relativos às despesas de reparo com o navio apresado Feliz. Documento possui anexo que se trata de sua própria cópia
Instruções de códigos e sinais náuticos compilados pelo capitão-de-mar-e-guerra João Batista Lourenço e Silva a bordo da fragata Príncipe Imperial em 24 de julho de 1838
Certificado com data de 28 de novembro de 1838, em que Antônio Manoel Nogueira Campos, governador interino militar e civil de Benguela, atesta que o navio português “Feliz” partia do porto daquela cidade com direção a Moçambique, fazendo antes uma escala no Rio de Janeiro.
Termo acertado em 5 de janeiro de 1839 entre Thomas Frederico Birch, capitão do brigue de guerra inglês Wizard e captor do brigue-escuna português Feliz, e João dos Santos, capitão do referido brigue-escuna. A realização deste termo se deu na sala de conferências da Comissão Mista Brasileira e Inglesa
Juramentos prestados à Comissão Mista Brasileira e Inglesa em 5 de janeiro de 1839 por João Baptista Cosmelli, intérprete designado para o processo do brigue-escuna português Feliz, e Leodegário Antônio dos Reis, oficial de justiça designado para o mesmo processo
Juramento prestado à Comissão Mista Brasileira e Inglesa em 5 de janeiro de 1839 por Thomas Frederico Birch, comandante do brigue de guerra inglês Wizard, e mediado por João Baptista Cosmelli, intérprete designado pela Comissão Mista. Com este juramento, o comandante Birch ratificava suas declarações apresentadas naquela mesma data, cujos originais e cópias traduzidas encontram-se anexadas junto a outros documentos entregues pelo capitão à Comissão. Entre estes documentos, contam-se diários náuticos, cartas privadas, passaportes e autorizações de viagens de diferentes passageiros, faturas, cartas de ordens e registros e manifestos náuticos
Intimação datada de 8 de janeiro de 1839 e feita por Leodegário Antônio dos Reis, oficial de justiça da Comissão Mista Brasileira e Inglesa, aos seguintes indivíduos: Sebastião da Fonseca, piloto do brigue-escuna Feliz; João Pedro Ferreira, passageiro do mesmo brigue, e João Ferreira da Costa, também passageiro, chamando-os a depor diante da supracitada Comissão Mista
Intimação datada de 11 de janeiro de 1839 e feita por Leodegário Antônio dos Reis, oficial de justiça da Comissão Mista Brasileira e Inglesa, a João Antônio Ferreira, chamando-o a depor diante da supracitada Comissão
Intimação com data de 12 de janeiro de 1839 feita a Antônio da Costa Ferreira, passageiro a bordo do brigue-escuna Feliz, para que comparecesse perante a Comissão Mista Brasileira e Inglesa
Relatório datado de 22 de janeiro de 1839 por via do qual o advogado João Manuel Pereira da Silva elabora a tese de que a Comissão Mista Brasileira e Inglesa não possuía competência para julgar a legalidade ou não da apreensão do brigue-escuna Feliz pelo brigue inglês Wizard, uma vez que o Feliz era propriedade do súdito português Manuel José de Carvalho e não poderia ser submetido a julgamento de autoridades do Império do Brasil
Relatório datado de 30 de janeiro de 1839 em que o secretário da Comissão Mista Brasileira e Inglesa apresenta os pormenores envolvendo a compra do brigue-escuna Feliz pelo português Manuel José de Carvalho, as viagens de tráfico de escravizados que esta embarcação realizou e os subterfúgios e fraudes utilizados para encobrir a prática desta atividade criminosa. Em vista do apresentado, os comissários juízes João Carneiro de Campos e G. Jackson sentenciaram como procedente a detenção do Feliz pelo brigue de guerra inglês Wizard, ordenando a emancipação dos africanos encontrados a bordo
Relatório datado de 30 de janeiro de 1839 em que o advogado João Manuel Pereira da Silva informa à Comissão Mista Brasileira e Inglesa que obteve a cópia da certidão de escritura de compra do brigue-escuna Feliz em nome de Manuel José de Carvalho. No entanto, comunica que o segundo documento requerido pela comissão acerca do cumprimento de artigos do decreto português de 10 de dezembro de 1836 não pôde ser recolhido, pois este decreto não poderia ser executado por cônsules portugueses em países estrangeiros
Protesto datado de 5 de fevereiro de 1839 em que o advogado João Manuel Pereira da Silva comunica à Comissão Mista Brasileira e Inglesa que o brigue-escuna português Feliz foi conduzido para as Ilhas de Sandwich pelos ingleses apresadores, incorrendo assim, na opinião de Pereira da Silva, em uma atitude ilegal e despótica. Em resposta no topo do documento, os comissários juízes da Comissão Mista declaram não ter recebido qualquer notícia acerca disso, mas informam que incluiriam o protesto do advogado nos autos
Expedição de sentença para chancelaria determinada pela Comissão Mista Brasileira e Inglesa e escrita pelo seu secretário, Braz Martins Costa Passos. Este documento possui em anexo as cópias de um aviso de 14 de fevereiro de 1839 e de uma nota da Secretaria de Estado de Negócios Estrangeiros tratando do referido aviso, ambos constituintes da sentença.
Cópia da avaliação do valor do navio Feliz apresado por vaso de guerra inglês, com data de 7 de março de 1839. O valor foi fixado em dois contos de réis por um parecer conjunto de profissionais do Arsenal da Marinha
Cópia do auto de arrematação do brigue-escuna Feliz pela quantia de dois contos e cem mil réis, datado de 11 de abril de 1839. O navio foi arrematado em leilão pelo negociante português residente em Angola José Francisco de Sousa, que ofereceu cem mil réis pela compra
Conta do produto da arrematação do brigue-escuna Feliz, datada de 16 de abril de 1839. Possui em anexo a duplicata de um recibo em que Carlos Tross & Cia. confirma o recebimento de um conto e oitocentos e quarenta nove mil e oitocentos e vinte réis pagos pela Comissão Mista Brasileira e Inglesa, quantia relativa ao fornecimento de víveres feito aos africanos do brigue-escuna Feliz
Tradução de documento datado de 20 de abril de 1839 e levado a bordo do navio Stag no Rio de Janeiro. Seu comandante, William Preston, justifica um erro na contagem dos africanos transportados no navio Carolina. Este documento possui em anexo seu original em inglês
Passaporte emitido em 10 de junho de 1843 em favor do bergantim Dois Amigos, cujo proprietário era José Bernardino de Sá. Este documento autorizava a embarcação a realizar navegação de cabotagem e a seguir viagem para Cotinguiba sob o comando do mestre Jacob Maria Maurity
Diário náutico do brigue-escuna português Feliz relatando sua viagem da Ilha do Príncipe para Moçambique fazendo escala pela África e Rio de Janeiro. Os acontecimentos descritos neste diário dizem respeito aos dias 25, 26 e 27 de abril de 1838
Traslado de documentos que compõe os autos da ação judicial movida em 30 de setembro de 1812 por José Gomes Pereira, negociante baiano, queixando-se dos prejuízos causados pela apreensão do seu navio, Feliz Americano, pela fragata britânica Amelia, que o conduziu de Porto Novo a Serra Leoa sob a acusação de tráfico de escravizados. Gomes Pereira requer que o governo da Inglaterra lhe pague uma indenização pelo apresamento e por isso notifica o cônsul daquela nação no Rio de Janeiro, Frederico Lindemann. Este documento possui em anexo a conta demonstrativa do prejuízo reclamado por José Gomes Pereira; a fatura dos gêneros que o Feliz Americano carregava em sua viagem da Bahia para a Costa da Mina; a matrícula de equipagem do navio emitida pela Intendência da Marinha; um recibo de transporte de escravizados em Porto Novo e a inquirição juramentada de testemunhas convocadas por José Gomes Pereira, entre as quais se achava o comandante do seu navio, Manoel Isidoro Cardoso
Requerimento datado de janeiro de 1839 em que Antônio da Costa Ferreira, passageiro do brigue-escuna português Feliz apresado pelo brigue de guerra inglês Wizard, solicita à Comissão Mista Brasileira e Inglesa que lhe seja concedida permissão para desembarcar e tratar-se no Hospital da Marinha ou na casa de algum amigo devido à grave condição da sua moléstia
Requerimento com data de 6 de janeiro de 1839 em que o advogado João Manuel Pereira da Silva solicita aos comissários juízes da Comissão Mista Brasileira e Inglesa que mandem devolver três escravizados a bordo do brigue-escuna português Feliz ao seu senhor, um negociante residente no Rio de Janeiro