- RIO-AHI-SNEIB-FIM-LEG-RecLeg-Sse-Ofíc_408-2-18_1831-05-07
- Item documental
- 07/05/1831
Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuiabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juizo ecclesiastico na reitoria do Seminário de São José. Em 1829 foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.
Carlos Alberto (1798–1849), apelidado de "o Hesitante", foi Rei da Sardenha de 1831 até sua abdicação em 1849 após a derrota na Batalha de Novara, contra o Império Austríaco. Filho de Carlos Emanuel, Príncipe de Carignano, e da princesa Maria Cristina da Saxônia, ascendeu ao trono após a morte de seu primo, o rei Carlos Félix. Educado durante a dominação napoleônica, Carlos Alberto teve simpatias pela Revolução Francesa, o que o tornou suspeito para alguns. Em 1821, seu envolvimento em agitações constitucionais gerou controvérsia, mas posteriormente assumiu a regência da Sardenha. Em seu reinado, promoveu reformas sociais e econômicas, mas sua política externa foi marcada pelo apoio ao legitimismo monárquico e a alianças com a Áustria, embora tenha tentado se distanciar após a eleição do Papa Pio IX. Internamente, concedeu uma constituição em 1848, mas sua hesitação e incapacidade militar foram evidenciadas durante a Revolução de 1848 e a subsequente guerra contra a Áustria, culminando na derrota em Novara e sua abdicação em favor de seu filho, Vítor Emanuel II. Morreu em Porto, Portugal, pouco depois. Sua figura é lembrada por suas contradições políticas e indecisões, ganhando o apelido de "Ítalo Amleto". Em Porto, é homenageado por uma capela e uma praça em sua memória. Seu corpo foi trasladado para o Panteão dos Saboia, na Itália.
José Matheus Nicolay