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Minuta de nota diplomática dirigida ao ministro de estado dos negócios estrangeiros do Estado Oriental do Uruguai com data de 11 de dezembro de 1830, respondendo ao pedido de liberação de alguns uruguaios que estavam a serviço do corpo militar no Rio de Janeiro.

As relações entre Brasil e Uruguai precedem a existência de ambas as nações como entidades independentes. Desde o século XVII, portugueses e espanhóis disputaram a posse da região hoje conhecida como Uruguai e os limites na vasta área de influência e presença dos indígenas da etnia guarani. Ao longo de cerca de 200 anos, o Brasil, tanto colonial quanto imperial, se envolveu diretamente em pelo menos quatro grandes eventos na região: primeiro, na disputa pela posse da Colônia do Sacramento, localizada na banda oriental do Rio da Prata; depois, na invasão e incorporação ao Império Português da Cisplatina, nome pelo qual a província era conhecida, em 1808; em 1828, quando a província alcançou sua independência do Brasil, passando a se chamar Uruguai; e, finalmente, durante a Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870.
O Brasil também desempenhou um papel importante na mediação e intervenção na guerra contra Rosas (na Argentina) e Oribe (no Uruguai), que, a partir dos anos 1850, controlavam a política regional e ameaçavam os interesses brasileiros e de parte das elites argentinas e uruguaias. Nesse contexto, apoiados pelo Brasil, Urquiza, chefe federalista argentino revoltado contra o presidente Rosas, e os colorados uruguaios puseram fim ao domínio de Rosas e Oribe. Esse conflito, no entanto, preparou o terreno para a maior oposição militar que resultou no maior conflito da América do Sul no século XIX: a Guerra do Paraguai.

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