Antonio José Gomes Ferreira Brandão (1806-1897), nasceu em Portugal. Bacharel em Direito. Foi cônsul-geral encarregado de negócios na Bolívia (1831). Após a abdicação de D. Pedro I, passou a servir como secretário de nossa legação em Paris (1832). Eleito sócio benemérito do IHGB em 1890, por benefícios prestados. Latinista, tornou-se conhecido como tradutor das obras de Marco Aurélio. Publicou, em 1832, Aurelius Antoninus, Imperador de Roma: 121-180.
Antônio Teles da Silva Caminha e Meneses (1790-1875), Marquês de Resende. Diplomata, serviu ao primeiro Império, tendo promovido o reconhecimento da Independência pela Áustria-Hungria. Nomeado, a 5 de abril de 1823, como ministro em missão especial em Viena, sendo alçado a titular efetivo do posto em agosto de 1824 e apresentando as credenciais em 1825. Assinou um tratado de Comércio e Navegação em 1827. Foi Plenipotenciário na França e mais tarde na Rússia (1830). Com a abdicação de D. Pedro I, o Marquês voltou a Portugal com a Família Real e conservou-se como devotado mordomo-mor da Imperatriz viúva, D. Amélia.
Francisco Carneiro de Campos (1765-1842). Político, ministro e secretário dos Negócios Estrangeiros. Eleito deputado à Constituinte em 1823. Senador pela Bahia no período de 1826-1842 e um dos redatores do projeto da Constituição do Brasil em 1823. Em 1830, ocupou por duas vezes a pasta dos Negócios Estrangeiros. Nos anos que se seguiram, já no governo provisório pós-1831, foi lembrado por emitir uma nota ao corpo diplomático alocado no Rio de Janeiro, em defesa dos estrangeiros que residiam na cidade.
José Joaquim da Rocha (1777-1848), nasceu em Mariana. No período colonial foi tabelião na cidade natal. Em 1808, veio para o Rio de Janeiro, onde exerceu, durante 40 anos, a advocacia. Eleito deputado às Cortes Portuguesas, preferiu ficar no Brasil para bater-se pela Independência. Foi deputado à Assembleia Constituinte (1823), partilhando o desterro com os irmãos Andrada, dos quais era particular amigo. De volta ao Brasil, foi nomeado ministro plenipotenciário em Paris, onde representou a Regência Provisória junto ao governo de Luís Filipe (abril de 1831). Por ocasião de melindrosa questão entre o Vaticano e o Brasil, foi nomeado para Roma (julho de 1834). Exonerado em 1835, coberto de dívidas, contraídas pelas despesas que fez para remodelação da sede da legação brasileira em Roma, voltou para o Rio de Janeiro, onde começou sua atividade de advogado. Ingressou no IHGB em 16 de março de 1839 como sócio efetivo, passando, em 1847, para honorário. Publicou a obra Memória Histórica da Capitania de Minas Gerais, em 1797.
Luiz Pereira Sodré (s.d), natural da antiga província da Bahia, faleceu no Rio de Janeiro em 1885. Serviu no exército desde a campanha da Independência, reformando-se no posto de tenente. Entrou para a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e foi encarregado dos negócios do Brasil em Viena e nos Estados Unidos. Foi condecorado com a medalha de Cavaleiro da Ordem de Cristo e comendador da Ordem de Carlos II da Espanha. Escreveu Direito Internacional, obra relativa aos tratados do Brasil com os países estrangeiros.