Duarte da Ponte Ribeiro (1795-1878), Barão de Ponte Ribeiro, nascido em Portugal em 1795, formou-se em medicina pelo Real Hospital Militar do Morro do Castelo, exerceu os cargos de cônsul-geral em Madri, na Espanha (1826), cônsul-geral no Peru (1829-1831), representante do Brasil no 1° Congresso das Nações Americanas, no México (1833), encarregado de negócios no México (1833-1835), encarregado de negócios na Confederação Peru-Boliviana (1836-1837), Exerceu tarefas burocráticas na Secretaria do Ministério das Relações Exteriores (1841-1842), foi ministro residente em Buenos Aires (1842-1843), chefe da 3ª Seção da Secretaria de Estado dos Negócios Exteriores (1844) e conselheiro dos ministros de Estado dos Negócios Estrangeiros (1853-1857). Faleceu no Rio de Janeiro em 1878.
Mariano Alejo Álvarez Vera (1781 - 1855) foi um advogado, político e jurista peruano, considerado um dos precursores ideológicos da independência do Peru, tendo escrito em 1811 o Discurso sobre la preferencia que deben tener los americanos en los empleos de América. Este documento circulou clandestinamente, uma vez que foi proibido pelas autoridades coloniais de ser impresso e circular livremente. Recebeu o bacharelado em direito pela Universidad Mayor, Real y Pontificia de San Francisco Xavier de Chuquisaca, na Bolívia, onde também participou de um movimento fracassado de cisão com a metrópole espanhola em 1809; após esse fracasso, dirige-se a Lima. O Discurso sobre la preferencia que deben tener los americanos foi sua tese de admissão ao Colégio de Advogados de Lima, cuja leitura foi proibida pelo decano da instituição.
Quando do avanço do Exército Libertador de José de San Martín sobre o Peru em 1821, Mariano Álvarez foi empossado na comissão responsável por redigir a primeira constituição peruana. Nos anos seguintes, fez parte dos esforços de formação de um governo republicano e seu devido modelo. Mas se destacou durante a ditadura de Simón Bolívar que, em 1826, impôs uma nova carta magna, a Constituição Vitalícia, ainda que se opusesse à aspiração vitalícia de Bolívar, renunciando às suas funções. Foi então nomeado Ministro Plenipotenciário no Chile, cargo que exerceu até 1827, quando retorna a Lima para se eleger para a nova constituinte peruana, onde foi nomeado presidente do Congresso Geral Constituinte em 1828. Em 1829 esteve a frente do Ministério das Relações Exteriores do Peru e, no ano seguinte, foi enviado como Ministro Plenipotenciário na Bolívia, onde estabeleceu tratados de amizade e comércio entre os dois países. Em 1831 retornou ao Peru e assumiu como juiz na Corte Suprema de Justiça, onde exerceu a presidência em diversas oportunidades, se aposentando em 1852 e falecendo pouco tempo depois.