Francisco Carneiro de Campos (1765-1842), político, ministro e secretário dos Negócios Estrangeiros, eleito deputado à constituinte em 1823, senador pela Bahia no período de 1826-1842 e um dos redatores do projeto da Constituição do Brasil em 1823.
José Joaquim da Rocha (1777-1848), nasceu em Mariana. No período colonial foi tabelião na cidade natal. Em 1808, veio para o Rio de Janeiro, onde exerceu, durante 40 anos, a advocacia. Eleito deputado às Cortes Portuguesas, preferiu ficar no Brasil para bater-se pela Independência. Foi deputado à Assembleia Constituinte (1823), partilhando o desterro com os irmãos Andrada, dos quais era particular amigo. De volta ao Brasil, foi nomeado ministro plenipotenciário em Paris, onde representou a Regência Provisória junto ao governo de Luís Filipe (abril de 1831). Por ocasião de melindrosa questão entre o Vaticano e o Brasil, foi nomeado para Roma (julho de 1834). Exonerado em 1835, coberto de dívidas, contraídas pelas despesas que fez para remodelação da sede da legação brasileira em Roma, voltou para o Rio de Janeiro, onde começou sua atividade de advogado. Ingressou no IHGB em 16 de março de 1839 como sócio efetivo, passando, em 1847, para honorário. Publicou a obra Memória Histórica da Capitania de Minas Gerais, em 1797.
Bento da Silva Lisboa (1793-1864), Barão de Cairu. Filho do economista José da Silva Lisboa, um dos principais responsáveis pela abertura dos portos em 1808 e futuro visconde de Cairu. Em 22 de agosto de 1809, foi nomeado oficial da Secretaria de Estado dos Negócios da Guerra e Estrangeiros pelo conde de Linhares. Quatro anos depois, passou a assessorar o ministro Conde das Galvêas na chefia do órgão. Com a revolução portuguesa, que levou à convocação das Cortes Constitucionais, deu fim a todos os lugares de embaixadores, enviados extraordinários e diplomatas residentes, substituindo-os por encarregados de Negócios Políticos e Comerciais. Assumiu, no entanto, uma posição na Secretaria dos Negócios Estrangeiros em Lisboa, então sob a chefia de Silvestre Pinheiro Ferreira. Em abril de 1823, pediu sua demissão e retornou ao Brasil, sendo integrado na posição de oficial da Secretaria de Estado no fim do ano. Em meados de 1826, assumiu a posição de oficial maior de forma interina, sendo efetivado por decreto de 13 de dezembro de 1827. Em 1838, foi convidado para ser um dos colaboradores no IHGB, do qual chegou a ser segundo vice-presidente.
Joaquim José Rodrigues Torres (1802-1872),Visconde de Itaboraí, iniciou seus estudos no Seminário de São José, no Rio de Janeiro, e cursou matemática na Universidade de Coimbra (1821-1825). Retornou ao Brasil e, no ano seguinte, em 1826, foi nomeado lente substituto da Academia Militar. Em 1827 retornou à Europa com o objetivo de aperfeiçoar seus estudos de matemática, permanecendo em Paris até 1829. De volta ao Brasil reassumiu o magistério na Academia Militar, da qual se desligou em 1833. Neste período passou a atuar também como jornalista, tendo sido redator do jornal O Independente, que circulou de 1831 a 1833. Iniciou na política ao assumir a Secretaria da Marinha (1831-1832) após a abdicação de d. Pedro I, na regência de Lima e Silva, Bráulio Muniz e Costa Carvalho. A partir daí teve início uma longa carreira na administração imperial, assumindo a pasta da Marinha em outras ocasiões: durante a regência permanente (1832-1833), por duas vezes na regência de Pedro Araújo Lima (1837-1839 e 1840), e sob o reinado de d. Pedro II (1843-1844). Acumulou a pasta da Marinha com a da Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda no primeiro gabinete da Regência Trina Permanente, em 1832, em substituição a Bernardo Pereira de Vasconcelos. Foi o primeiro presidente da Província do Rio de Janeiro, de 1834 a 1836. Em abril de 1839 foi secretário de Estado dos Negócios da Guerra por um breve período e, em julho do ano seguinte, repetiu a experiência na Secretaria de Estado dos Negócios do Império. Voltou à Secretaria da Fazenda em outras ocasiões, em 1848-1850, 1851-1853 e 1868-1870. Foi ainda inspetor-geral da Instrução Primária e Secundária da Corte (1854-1855), e presidente do Banco do Brasil, de 1856 a 1857 e 1859. Filiado ao grupo liberal moderado, em 1837 ingressou no Partido Conservador, tornando-se um importante líder ao lado de Eusébio de Queiroz e Paulino José Soares de Sousa, a chamada ‘trindade saquarema’, unidos a favor do projeto regressista. Foi deputado geral pela Província do Rio de Janeiro em três legislaturas: 1834-1837, 1838-1841 e 1843, e senador de 1843 a 1872. Foi nomeado conselheiro de Estado (1853) e presidente do Conselho de Ministros, 1852-1853 e 1868-1870. Recebeu o título de visconde de Itaboraí de d. Pedro II (1854) e foi ordenado oficial da Imperial Ordem do Cruzeiro, sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1839). Morreu no Rio de Janeiro, em 8 de janeiro de 1872.