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Lista de ofícios produzida em 17 de junho e 5 de setembro de 1817. Ofícios enviados aos governadores do Reino de Portugal: Marquês de Castello Melhor; Luis Antonio de Lancastre Basto Baharem (1751-1830), Conde de Lousã; João Diogo de Barros Leitão de Carvalhosa (1757-1818), Visconde de Santarém; Miguel Pereira Forjaz (1769-1827), e ao governador da Ilha da Madeira, informando sobre os preparativos para a chegada da Arquiduquesa Leopoldina (1797-1826) à corte no Brasil.

Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena (1797-1826) nasceu em Viena, na Áustria. Filha do último imperador do Sacro-Império Romano Germânico, Francisco II – que se tornaria imperador da Áustria, transformando-se em Francisco I – e de sua segunda esposa, Maria Teresa do reino das Duas Sicílias ou de Bourbon. Sobrinha-neta de Maria Antonieta, que se casou com Luís XVI, rei de França, sua irmã Maria Luísa foi a segunda mulher de Napoleão I, uma união que selou a aliança com a França, após a derrota da Áustria em Wagran (1809). Seu casamento resultou também de um acordo político de Portugal com a casa de Habsburgo num cenário de rearranjo europeu após a derrota de Napoleão em 1815. Para Portugal interessava ligar-se a uma das mais tradicionais monarquias européias, o comércio com os domínios ultramarinos lusos seria extremamente vantajoso. Negociado por Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, então Marquês de Marialva, o casamento foi assinado em Viena em 28 de novembro de 1816, e a cerimônia ocorreu em 13 de maio de 1817, sendo D. Pedro foi representado pelo arquiduque Carlos, tio paterno da noiva. No Brasil a cerimônia ocorreu em 6 de novembro de 1817, um dia após sua chegada ao Rio de Janeiro, na capela real. Muito culta, recebeu uma educação exemplar, interessava-se por ciências naturais, como mineralogia e botânica, artes e dominava o francês, o inglês, o italiano e o latim, e antes de vir para o Brasil aprendeu o português.

Miguel Pereira Forjaz (1769- 1827), nasceu em 1 de novembro de 1769, na Casa da Freiria, em Arcozelo, Ponte de Lima, e morreu em Lisboa, em 6 de novembro de 1827, ficando sepultado no Convento da Madre de Deus. Considerado como o grande obreiro da defesa de Portugal contra o invasor francês, tendo providenciado a mobilização de toda a população para a defesa do país. Em virtude dos seus prestimosos serviços, foi distinguido, pelo Decreto de 13 de maio de 1820, com o título de Conde da Feira.

Luis Antonio de Lancastre Basto Baharem (1751-1830), conhecido como segundo Conde de Lousã, nobre e militar, atingiu o posto de tenente-coronel, exerceu o cargo de Conselheiro da Casa e Estado das Rainhas, havia sido deputado da Junta da Administração do Tabaco e ainda governador-geral do Estado de Minas Gerais, entre os anos de 1780 e 1783, e da Bahia, entre os anos de 1784 e 1788. Contraiu matrimónio por duas vezes, sendo a primeira em março de 1782 com D. Maria Rosa de Saldanha Rohan da Câmara, senhora do morgado de Cadafais, filha de José Pedro da Câmara, governador da Índia. O segundo matrimónio foi em junho de 1820, sendo a noiva D. Francisca de Saldanha da Gama, nascida em 1802, dama de honra da rainha D. Carlota Joaquina.

João Diogo de Barros Leitão de Carvalhosa (1757-1818), conhecido como o Visconde de Santarém. Casou duas vezes, a primeira em 1788, com D. Mariana Rita Xavier Porcille O'Kelly Ribeiro Rangel; a segunda, com D. Maria José de Sampaio, ao longo de sua trajetória acumulou alguns títulos e cargos, como: o de Comendador da Ordem de S. Thiago, escrivão da Fazenda da Real Casa de Bragança, secretário da Casa do Infantado e guarda-mor do Lastro.

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Documento referente a notícias comunicadas por Ofícios de José Gervásio Artigas (1764-1850), ao Comandante da Guarda Nova de S. Luiz no Rio Negro.

José Gervasio Artigas (1764-1850), era um militar que hoje é considerado um herói nacional para o Uruguai, figura de grande importância para a emancipação da região das Províncias Unidas do Rio da Prata. Governou a Banda Oriental em 1815 após a vitória contra os argentinos e dominou a região que hoje é o Uruguai, porém devido a devastação ocasionada pela guerra, os comerciantes da região insatisfeitos pediram uma intervenção de Portugal. É nesse contexto em 1816 que começa a Guerra contra Artigas, pois a Corte Portuguesa, que está instalada no Rio de Janeiro, determina a invasão de Montevidéu por tropas comandadas por Carlos Frederico Lecor, o Barão da Laguna, com o intuito de controlar o lado oriental do Rio da Prata e obter mais territórios colônias com grande concentração de matéria-prima e possibilidades de maior renda vinda da economia pecuarista. Sem grandes dificuldades, nesse primeiro momento, em janeiro de 1817, Portugal consegue anexar a região ao Brasil. Mesmo após a derrota, Artigas em 1819 conseguiu mobilizar dois exércitos que um invadiria Buenos Aires e o outro o Rio Grande do Sul, porém tropas portuguesas se posicionaram em Bagé – RS para conter os ataques. As ocupações das forças luso-brasileiras foram eficazes, tendo fim a Guerra contra Artigas, em 1820 com a morte do general.

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Protocolo enviado para Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) em 20 de agosto de 1831 acerca da recepção dos ofícios de nº 5 a 11 e dos documentos comprobatórios das despesas da legação no 1º trimestre de 1831.

Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuyabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juizo ecclesiastico na reitoria do Seminário de São José. Em 1829 foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.

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Lista com as referências dos documentos referente a Província da Cisplatina. Contém ofícios e documentos de Fructuoso Rivera (1784-1854), Juan José Durán (s. d.), Bento Corrêa da Câmara (1786-1851), Nícolas Herrera, Carlos Frederico Lecor (1764-1836) e outros, datados de 1821 até 1823.

José Fructuoso Rivera (1784-1854), militar e político paraguaio, desempenhou o cargo de primeiro presidente da República do Uruguai de 1830 a 1834 e teve um segundo mandato de 1839 a 1843. Participou da Guerra contra Artigas lutando contra os portugueses, porém, após a derrota em 1820 continuou no Uruguai e foi integrado como Coronel das tropas portuguesas. Juntamente com Carlos Frederico Lecor auxiliou na anexação da Província da Cisplatina com o Império do Brasil em 1823.

Juan José Durán (s. d.), político e militar uruguaio que participou ativamente da anexação da região da Banda Oriental ao Reino de Portugal, Brasil e Algarves. Exercia o cargo de deputado de Montevidéu e foi encarregado de promover a Assembleia que decidiu que a Cisplatina seria incorporada ao Império Português.

Bento Corrêa da Câmara (1786-1851), assentou Praça no Regimento de Dragões do RS, estreando nas guerras de 1801 por ocasião da incursão de Borges do Canto nas Missões. Tomou parte de várias batalhas, entre elas, Santa Maria, Palomas, Passo de São Borja e Taquarembó. Ferido na batalha de Catalan, continuou a combater até que o Marquês de Alegrete o obrigou a abandonar a luta. Foi Comandante da fronteira do Rio Grande, Jaguarão e Bagé. Brigadeiro, 1819, Marechal de Campo e Tenente-General, 1830. Recebeu duas sesmarias. A primeira concedida por D. Diogo de Souza em 1814, com uma extensão de 1 por 3 léguas. Sua segunda sesmaria foi concedida quando ele era Sargento-mor pelo Marechal de Campo Luiz Teles da Silva Caminha e Menezes em 1815, com uma extensão de 1/2 léguas por 2 e meia léguas. Em 1823 comprou terras de Bárbara Joaquina do Espírito Santo Fontoura entre os rios Santa Maria e Ponche Verde.

Nicolás Herrera (1744-1833), grande nome da política e da diplomacia uruguaia, participou ativamente do processo de Independência das Repúblicas da região do Rio da Prata: Argentina e Uruguai. Atuou como Secretário da Fazenda do Primeiro Triunvirato em Buenos Aires, Chefe Civil da Província da Cisplatina e em 1830 foi Senador da República Oriental do Uruguai.

Carlos Frederico Lecor (1764-1836), Barão e posteriormente Visconde de Laguna, nasceu no Reino de Algarve e se naturalizou brasileiro. Considerado um importante militar com atuação assídua no processo de independência do Brasil. Nos primeiros anos de sua trajetória ele dedicou-se ao comércio, ingressando no exército luso em 1790. Com as invasões napoleónicas em Portugal, ele ainda compôs o exército português e auxiliou na vinda da Família Real para o Brasil. Com a expansão territorial de Portugal sobre as Américas, em 1680 os domínios de D. João chegaram ao Rio da Prata, inicialmente com a colônia de Sacramento e posteriormente com a anexação da Banda Oriental (atual Uruguai). Por auxiliar na expulsão dos ingleses e incorporar a região ao seu império, D. João VI colocou-o como governador da nova província nomeada de Cisplatina (1817-1826).

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Relação dos votos apurados pela Câmara da Cidade de São Fernando de Maldonado e relações dos colégios eleitorais de Maldonado e de Colônia do Sacramento para nomeação de um deputado por parte do Estado Cisplatino. O documento é datado de 25 de dezembro de 1823 e os candidatos eram: Lucas José Obes (1782-1838), Francisco Llambi (1788-1837) e Tomás García de Zuñiga (1780-1843). Assinado por Juan Machado, Vicente Rodriguez, Manuel Nuñes, Cayo Aparisyo, Francisco Lopez, Felipe Alvarez e outros.

Lucas José Obes (1782-1838) nasceu em Buenos Aires, porém dedicou a sua vida atuando na política uruguaia. Foi preso ao final de 1810, acusado pelo governador militar de Montevidéu, Gaspar de Vigodet, de apoiar a Junta Governativa de Buenos Aires. Obes conseguiu provar sua inocência, mas passou 3 anos exilado em outros países. Em sua volta a Montevidéu, exerceu os cargos de Procurador Geral do Estado, Ministro da Fazenda e Ministro das Relações Exteriores do Uruguai. Em 1836, no governo do General Oribe, foi acusado de participar do movimento revolucionário de Rivera e por consequência se exilou no Rio de Janeiro, onde faleceu.

Tomás García de Zuñiga (1780-1843), General rioplatense, teve forte participação nas questões da Banda Oriental e da Cisplatina, era a favor da anexação da província da Cisplatina ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Exerceu o cargo de deputado do Congresso Cisplatino em 1821 e foi designado como Síndico Procurador Geral do Estado da Cisplatina. Se tornou presidente da Província da Cisplatina em 1826.

Francisco Toribio Llambí (1788-1837), político uruguaio, exerceu o cargo de assessor do Cabildo de Montevidéu, foi um dos deputados do Congresso Cisplatino que decidiu pela incorporação da província ao Reino de Portugal, Brasil e Algarves e foi ministro do governo e relações exteriores nomeado por Fructuoso Rivera em 1833.

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Relação com a lista de documentos relacionados a Cisplatina datados de 1822 a 1824. Contém documentos da incorporação da banda oriental ao Reino de Portugal, Brasil e Algarves; atas de aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil e sobre a incorporação da Cisplatina ao Império Brasileiro.

Após a aclamação de D. Pedro I como Imperador do Brasil em 12 de outubro de 1822, as províncias brasileiras que estavam a favor do movimento de Independência aderiram ao novo governo. Na Província da Cisplatina ocorreu uma dualidade entre os cabildos das vilas, Montevidéu foi contra a Independência e a adesão ao Império Brasileiro pois era a favor de continuar ligada ao Reino de Portugal, porém, outras vilas da região aclamaram D. Pedro I como Imperador devido aos esforços de Carlos Frederico Lecor e seus aliados.

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Protocolo de demonstração das novidades da Real Fazenda de Santa Cruz datada de junho de 1818. Neste documento consta a entrada, nascimento, morte e venda de escravizados, gado e cavalos. A relação destaca o quantitativo de mortos no campo, mortos no açougue e escravos fugidos.

A antiga real fazenda de Santa Cruz, localizada na Zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, pode ser considerada como parte integrante da História nacional. A antiga fazenda estendia-se sobre as atuais regiões de Guaratiba, Mangaratiba e Vassouras, no sul do estado do Rio de Janeiro. Sua História foi iniciada com a Coroa Portuguesa convertendo a vasta faixa de terra na Baixada de Santa Cruz em sesmaria e doando-a ao sesmeiro Cristóvão Monteiro, em agradecimento aos serviços prestados na luta contra a invasão francesa na região da Guanabara (155 – 1560). Depois da morte de Monteiro, sua esposa a Marquesa Ferreira, doou as ricas terras para os Padres Jesuítas. Contexto em que a fazenda foi considerada como o berço da organização instrumental e coral do primeiro conservatório de música do país. Com a expulsão dos Jesuítas dos domínios portugueses, a Fazenda de Santa Cruz passou a ser posse da Coroa, se tornando Real Fazenda de Santa Cruz. Com a vinda da Família Real para o Brasil 1808, a Corte adotou o local como casa de veraneio e usava o Caminho Real para se deslocar do palácio em São Cristóvão, para a Fazenda. D. Pedro I e D. Miguel foram criados no local.

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Protocolo de demonstração das novidades da Real Fazenda de Santa Cruz datada de julho de 1818. Neste documento consta a entra, nascimento, morte e venda de escravizados, gado e cavalos. A relação destaca o quantitativo de mortos no campo, mortos no açougue e escravos fugidos.

A antiga real fazenda de Santa Cruz, localizada na Zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, pode ser considerada como parte integrante da História nacional. A antiga fazenda estendia-se sobre as atuais regiões de Guaratiba, Mangaratiba e Vassouras, no sul do estado do Rio de Janeiro. Sua História foi iniciada com a Coroa Portuguesa convertendo a vasta faixa de terra na Baixada de Santa Cruz em sesmaria e doando-a ao sesmeiro Cristóvão Monteiro, em agradecimento aos serviços prestados na luta contra a invasão francesa na região da Guanabara (155 – 1560). Depois da morte de Monteiro, sua esposa a Marquesa Ferreira, doou as ricas terras para os Padres Jesuítas. Contexto em que a fazenda foi considerada como o berço da organização instrumental e coral do primeiro conservatório de música do país. Com a expulsão dos Jesuítas dos domínios portugueses, a Fazenda de Santa Cruz passou a ser posse da Coroa, se tornando Real Fazenda de Santa Cruz. Com a vinda da Família Real para o Brasil 1808, a Corte adotou o local como casa de veraneio e usava o Caminho Real para se deslocar do palácio em São Cristóvão, para a Fazenda. D. Pedro I e D. Miguel foram criados no local.

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Tratado de 24 de março de 1827, no qual cita membros do corpo diplomático da Prússia e do Brasil, tais como: D’Olfers, encarregado dos negócios da Prússia; João Severiano Maciel da Costa (1769-1833), Marquês de Queluz; Marquês de Maceió e o Visconde de São Leopoldo. Trata-se do projeto que visa a relação amistosa de navegação e de comércio, contendo artigos em que o Rei da Prússia e o Imperador do Brasil expressam suas intenções no que diz respeito ao comércio entre seus territórios, com interesses e objetivos comuns que beneficiam reciprocamente as duas nações.

João Severiano Maciel da Costa (1769-1833), Marquês de Queluz. Nasceu em Mariana, Minas Gerais. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da magistratura até alcançar o cargo de desembargador do Paço do Rio de Janeiro. Nomeado governador da Guiana Francesa (1809-1819). Acompanhou sua majestade, D. João VI, a Portugal na volta do soberano a sua corte em 1821. Fez parte do conselho do Imperador D. Pedro I, exercendo a função de conselheiro de Estado. Eleito deputado por sua província natal e senador pela província da Parahyba. Regeu a pasta dos negócios do Império (1823-1824) e a dos estrangeiros (1827).

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