Despacho nº 22, de 8 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que os ministros da Sardenha, da Prússia e da Rússia partiram para Lisboa com suas respectivas legações, assim como o encarregado de negócios da Dinamarca. Relata que todos deixaram aqui Cônsules ou Vice-cônsules.
Despacho nº 100, de 9 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que, após a partida de D. João, dirigiu-se ao Palácio para cumprimentar D. Pedro em razão da sua nova qualidade de Príncipe Regente. Como não o encontrou, dirigiu-se ao Conde de Arcos. Nesta ocasião apresentou seus cumprimentos ao referido Conde e expôs que era seu dever como agente francês comunicar ao seu ministério as intenções e os pontos de vista do Príncipe Regente perante as mudanças ocorridas com a partida de D. João, objetivando transmitir ao seu governo o máximo de informações e explicações para que este pudesse prescrever as instruções convenientes. Diz que até o momento não havia recebido uma resposta oficial a respeito de suas questões.
Despacho nº 101, de 10 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual anuncia a chegada da Divisão Naval Francesa, comandada pelo contra-almirante Jurien, ao Rio de Janeiro em 7 de abril. Comunica o pedido de D. João de partir para Lisboa escoltado por navios franceses. Maler relata que atendeu o tal pedido, mas as embarcações não estavam preparadas para partir naquele momento.
Despacho nº 102, de 11 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que, no dia 18 de maio, apresentou o contra-almirante Jurien, comandante da Divisão Naval Francesa, e seus principais oficiais ao Rei. Relata que a Divisão foi bem acolhida pelo ministro da marinha e pelos agentes públicos.
Despacho nº 103, de 12 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata a competência do Príncipe Regente ao tomar as rédeas do governo. Informa o envio, em anexo, do exemplar nº 9 da Gazeta, contendo cópia de uma ordem do Príncipe suspendendo o direito do sal, na entrada e passagem pelos Registros, ou Alfândegas de portos secos, cessando o pagamento de 750 réis por alqueire. Conclui que medidas como essa ajudariam o Brasil a prosperar. Maler também envia, em anexo, o exemplar nº 10 da Gazeta com o balancete da receita e das despesas do Tesouro Real depois de 26 de fevereiro até 26 de abril.
Despacho nº 104, de 17 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata as comemorações por ocasião do aniversário de D. João. As tropas se reuniram antes do meio-dia em grande parada na Praça do Palácio e desfilaram diante do Príncipe e sua esposa, às 13h30 estes receberam as felicitações do corpo diplomático, em seguida, tiveram suas mãos beijadas pelos admitidos nesta solenidade. Diz ter sido muito bem recebido pelo príncipe nesta ocasião e que uma prova de consideração do governo foi a reserva de um camarote para ele no espetáculo que aconteceria na mesma noite.
Despacho nº 105, de 18 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento da correspondência nº 22, datada de 24 de fevereiro, e da cópia da nota verbal, de 20 de fevereiro, enviada pelo governo francês ao congresso de Laibach. Comunica que conforme as instruções recebidas, levou o conteúdo da correspondência e da nota ao conhecimento do Conde dos Arcos.
Despacho nº 106, de 26 de maio de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a eleição, no dia 21 de maio, de cinco deputados e dois substitutos para representar a Província do Rio de Janeiro nas cortes de Lisboa. Foram eleitos pelos quinze votantes, na qualidade de deputados: Luís Nicolau Fagundes Varella, com 11 votos; João Soares de Lemos Brandão, com 8 votos; D. Francisco de Lemos, com 8 votos; D. José Joaquim da Cunha de Azevedo Coutinho, com 11 votos; Luiz Martins Basto, com 11 votos, e na qualidade de suplentes, foram eleitos: Custódio Gonçalves Ledo, com 8 votos; Francisco Vilella Barbosa, com 13 votos. Informa também o envio, em anexo, do decreto de 21 de maio relativo ao direito de propriedade.
Despacho nº 24, de 28 de maio de 1821, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual o emissor acusa o recebimento de correspondências datadas até 8 de março de 1821. Conclui que os eventos ocorridos no Rio de Janeiro, relatados nas referidas correspondências, como eram muito recentes, não permitiriam dizer ao certo que seriam determinantes para a volta de D. João a Europa. O emissor instrui o Cônsul a continuar no Brasil caso o Rei decida partir, velando pelos interesses dos franceses aqui estabelecidos e mantendo uma relação amistosa com o governo.
Despacho nº 109, de 5 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que nesta mesma data muitas pessoas partiram para o interior e as lojas da cidade foram fechadas. Havia um clima de medo devido à insurreição do batalhão português, combatida pelas tropas brasileiras. Informa a criação de um decreto desta mesma data aprovando os deputados da Junta Provisional.
Despacho nº 110, de 9 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que, próximo ao dia 10 do mês de maio, o Príncipe Regente insistiu para que 4 oficiais dos batalhões de Portugal retornassem a Lisboa, visto que estes participaram ativamente na insurreição militar do dia 26 de fevereiro. Maler conclui que após o ocorrido em 5 de junho o governo da regência estava desprestigiado e enfraquecido politicamente. Por fim, o Cônsul francês também comunica a destituição do Conde dos Arcos e a votação para a escolha de um substituto, foram escolhidos três nomes para disputarem o cargo: José Albano Fragoso, Pedro Álvares Diniz e Manoel Moreira de Figueiredo.
Despacho de 9 de junho de 1821, de Pedro Álvares Diniz (s.d.), ministro das Relações Exteriores, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica sua nomeação para o Ministério das Relações Exteriores.
Despacho de 9 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Pedro Álvares Diniz (s.d.), ministro das Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento da nota do ministro informando sobre sua nomeação e apresenta seus cumprimentos.
Despacho nº 111, de 13 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a nomeação de Pedro Álvares Diniz (s.d.) para o Ministério das Relações Exteriores. Faz um breve resumo de sua trajetória política no cargo de desembargador do Paço e secretário da Rainha.
Despacho nº 112, de 19 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual alega que os perpetradores da anarquia e os adeptos da revolução aproveitavam-se das diferenças entre as tropas portuguesas e brasileiras para alcançar seus objetivos. Comunica a nomeação do Bispo para o cargo de presidente da Junta Provisória e do doutor Mariano José Pereira da Fonseca para o cargo de secretário. Relata que alguns oficiais portugueses foram até o Bispo para solicitar o embarque imediato do Conde dos Arcos para Lisboa. Temendo a animosidade destes oficiais, o Conde dos Arcos partiu juntamente com sua família no dia 10 de junho.
Despacho nº 113, de 21 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata, com pesar, que as diversas capitanias se aproveitavam do enfraquecimento político do governo legítimo para não reconhecê-lo como tal, apesar de não atacarem frontalmente o governo, ignoraram suas ordens sob os pretextos mais frívolos. Comunica que D. João partiu deixando os cofres do Tesouro Real completamente vazios e grandes dívidas.
Despacho nº 114, de 23 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual considera inconcebível que o gabinete de Madrid negligencie, depois de tanto tempo, o envio de forças navais aos mares do Pacífico para se opor as do almirante Cochrane. Diz que, segundo o capitão Shirref, o almirante estava determinado a usar táticas de guerrilha em Lima para tomar a cidade. Informa que Lady Cochrane e Madame Pezzuella, juntamente com seus filhos, estavam a bordo da embarcação l’Andromaque retornando à Europa.
Despacho nº 115, de 25 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento de notícias do falecimento de Bonaparte. Relata que, no dia 24 de junho, foi ao Palácio da cidade por ocasião do dia de São João e da festa do Rei, os outros membros do corpo diplomático também estavam presentes. Informa o envio, em anexo, de um exemplar da Gazeta de 19 de junho. Comunica que no referido exemplar era possível encontrar informações a respeito das embarcações de comércio de escravos, e sobre a dispensa do envio de caixas de medicamentos nestes navios a fim de diminuir tarifas alfandegárias.
Despacho nº 29, de 30 de junho de 1821, de Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual informa não ter suspendido o envio de Hyde de Neuville ao Brasil, até obter a confirmação da partida de D. João para Portugal. Solicita notícias das negociações comerciais a respeito da restituição da Banda Oriental do Rio da Prata e da situação das diferentes Províncias do Brasil.
Despacho nº 116, de 20 de julho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual afirma que, segundo notícias recebidas de Montevidéu, D. João expediu, antes de partir com destino a Lisboa, ordens ao general Lecor para informar às embarcações da costa Oriental da Prata que tomem um partido e manifestem suas verdadeiras intenções.
Despacho nº 117, de 21 de julho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual afirma que, segundo notícias recebidas de Santos, aproximadamente trezentos homens de tropas brasileiras que lá estavam em guarnição, insurgiram no dia 14 solicitando o pagamento do mesmo soldo das tropas portuguesas. Acrescenta que o governo não tinha fundos para tal e atacou os motins, 33 pessoas morreram.
Despacho de 27 de julho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Pedro Álvares Diniz (s.d.), no qual informa o envio, em anexo, da carta do naturalista Auguste de Saint-Hilaire, em que este solicita ao governo brasileiro permissão para o desembarque, sem o pagamento de tarifas, de caixas contendo objetos de história natural.
Despacho de 7 de agosto de 1821, de Pedro Álvares Diniz (s.d.), endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual acusa o recebimento da nota do dia 27 de julho e da carta do naturalista Auguste de Saint-Hilaire, em que solicita permissão para o desembarque, sem o pagamento de tarifas, de caixas com objetos de história natural. Informa que o Príncipe Regente atendeu o pedido e expediu ordens ao juiz aduaneiro para liberação das caixas.
Despacho de 8 de agosto de 1821, de Pedro Álvares Diniz (s.d.), endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica a ordem do Príncipe Regente prescrevendo que os dias 24 de agosto e 15 de setembro fossem celebrados, no Reino do Brasil, como os dois dias em que a cidade do Porto e Lisboa proclamaram sua “regeneração política”.
Despacho nº 118, de 11 de agosto de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a ordem do Príncipe Regente, transmitida por Pedro Álvares Diniz (s.d.), prescrevendo que os dias 24 de agosto e 15 de setembro fossem celebrados, no Reino do Brasil, como os dois dias em que a cidade do Porto e Lisboa proclamaram sua “regeneração política”.
Despacho nº 119, de 12 de agosto de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio de uma série de exemplares da Gazeta contendo, em sua maioria, cópias das sessões das cortes reunidas em Lisboa. Acrescenta que o exemplar nº 68, datado de 7 de agosto, discorre sobre a receita e a despesa do Tesouro Real durante o mês de junho. Maler também comenta sobre o descontentamento da população com o valor das despesas relativas à família real diante das dificuldades financeiras pelas quais passava o país.
Despacho nº 120, de 12 de agosto de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que a solicitação feita ao governo brasileiro pelo naturalista Auguste de Saint-Hilaire para o desembarque, sem o pagamento de tarifas, de caixas com objetos de história natural, foi atendida e as 19 caixas foram liberadas.
Despacho nº 121, de 14 de agosto de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que o comitê diretor da insurreição em Portugal enviou, desde sua formação, emissários e dinheiro para o Brasil a fim de introduzir a revolução. Comenta sobre o contexto político de desorganização e revoltas nas diversas províncias e do enfraquecimento político do Príncipe Regente. Informa a criação do decreto de 24 de abril de 1821 e traduz os dois primeiros artigos do mesmo.
Despacho nº 122, de 20 de agosto de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa a chegada de um Cônsul português à Buenos Aires enviado pela corte do Brasil. Retoma o assunto da carta nº 116 e comunica que a assembleia convocada pelo general Lecor em Montevidéu, votou pela a incorporação desta província ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Despacho nº 123, de 4 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a chegada da embarcação La Sapho ao Rio de Janeiro no dia 22 de agosto, e a partida no dia 2 de setembro, comandada pelo capitão de navio, De La Salle d’Harader. Informa que o referido capitão manifestou a vontade de apresentar suas homenagens ao Príncipe Regente e que este o recebeu no dia 26, às 13h, no Palácio da Boa Vista.
Despacho nº 125, de 4 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento da carta de 2 de maio, anunciando sua nomeação como cavaleiro da Ordem Real da Légion D’Honneur.
Despacho nº 126, de 5 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento da carta de nº 24, de 28 de maio, com instruções para continuar no Brasil caso o Rei decida partir, velando pelos interesses dos franceses aqui estabelecidos e mantendo uma relação amistosa com o governo. Certifica ao ministro o cumprimento de suas instruções.
Despacho nº 127, de 19 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio do exemplar nº 78 da Gazeta, datado de 30 de outubro, juntamente com a tradução, comentando a respeito das ideias liberais do Príncipe Regente. Conclui serem inconvenientes e revoltantes as opiniões do Príncipe após a viagem de seu pai. Lamenta a negligência que presidiu a educação do Príncipe real e o isolamento completo em que este se encontrava no meio de circunstâncias políticas tão difíceis até mesmo para um regente experiente.
Despacho nº 128, de 20 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que o corpo municipal da capital celebrou o aniversário do dia 15 de setembro com uma grande festa de Ação de Graças, na Igreja de São Francisco de Paula. Comunica o envio, em anexo, da tradução do convite recebido para a referida solenidade.
Despacho nº 129, de 20 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a chegada do brique de guerra português, Providência, após 54 dias, trazendo notícias da chegada de D. João e da família real a Portugal.
Despacho nº 131, de 22 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica que em breve, Portugal enviaria dois mil homens ao Rio de Janeiro. Relata o episódio em que um desconhecido disse em voz alta no teatro “Viva o Príncipe Regente nosso senhor” e se retirou, em seguida outras pessoas gritaram dizendo o mesmo. Após o ocorrido, o ministro da guerra escreveu ao general comandante a fim de cessar esse tipo de manifestação, solicitando que as medidas necessárias fossem tomadas para identificar e punir este desconhecido pela saudação ao Príncipe e afronte às cortes. Menciona que um aviso aos habitantes da cidade estava fixado em diversos lugares. Maler envia uma tradução do referido aviso, em anexo.
Despacho de 22 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual consta a tradução do “Aviso aos habitantes da cidade” – Alerta Português. O aviso diz que após gritos de saudação ao príncipe no teatro, os verdadeiros portugueses devem evitar cair na armadilha que os infames satélites do antigo despotismo lhes prepararam ao incutir a ideia de um reino independente de Portugal.
Despacho de 23 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica ter recebido os despachos de 28 de junho. Maler comenta sobre a situação positiva da província brasileira, porém, alerta acerca de algumas manifestações desorganizadas em algumas capitais. Solicita o envio de dinheiro e tropas para a Província do Rio de Janeiro. O Cônsul francês também narra alguns acontecimentos, principalmente relacionados a assuntos de guerra, referentes às Províncias da Bahia, Pernambuco, São Paulo e Minas Gerais.
Cópia do despacho de 26 de setembro de 1821, de Lainé, Cônsul da França em Pernambuco, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual relata a instalação, no dia 29 de agosto, de uma Junta Provisória na vila de Goiana, região norte da Província de Pernambuco.
Despacho nº 134, de 28 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de um exemplar impresso do ato de incorporação da Cisplatina ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e de uma cópia de um jornal de Buenos Aires noticiando a chegada do Cônsul Juan Manoel de Figueiredo na dita cidade.
Despacho de 4 de outubro de 1821, de Francisco José Vieira, ministro das Relações Exteriores, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica sua nomeação para o ministério das Relações Exteriores.
Cópia do despacho de 6 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Francisco José Vieira, ministro das Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento da nota do ministro, em que informava sua nomeação para o ministério.
Despacho nº 135, de 9 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que, diante da falta de medidas do governo para cessar os motins, a situação era cada vez mais preocupante, cartazes e cartas anônimas que objetivavam favorecer as revoltas, tomavam a cidade. Maler também comunica a saída de Pedro Álvares Diniz (s.d.) e a nomeação de Francisco José Vieira para o ministério das Relações Exteriores, assim como a chegada da fragata francesa, La Clorinde, comandada pelo Barão de Macaú.
Despacho nº 136, de 20 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual anuncia a chegada, no dia 13 de outubro, do navio Jean-bart, comandado pelo contra-almirante Jacob. Comunica que apresentou Jacob e os dois comandantes das embarcações L’Antigone e La Clorinde ao Príncipe Regente. Relata que houve uma festa em sua casa, no dia 15 de outubro, para receber os oficiais da divisão naval francesa.
Despacho nº 137, de 23 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de uma cópia da carta que recebeu de Lainé, Cônsul da França em Pernambuco, relatando a instalação, no dia 29 de agosto, de uma Junta Provisória na vila de Goiana, região norte da Província de Pernambuco.
Despacho nº 138, de 8 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual anuncia a existência de um novo jornal na cidade chamado O Espelho e informa o envio, em anexo, dos seis primeiros exemplares. Envia também, em anexo, o exemplar nº 101 da Gazeta em que há menção da discussão entre o ministério português e a legação da Áustria. Comunica o início da instrução do processo contra o Conde dos Arcos, conforme as ordens das cortes de Lisboa, e conclui que os crimes imputados ao conde pela Junta da Bahia, dificilmente seriam provados. Maler também transmite a partida de Luís do Rego para Lisboa no dia 26 de novembro.
Despacho nº 139, de 13 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de uma carta impressa em Madrid no mês de junho e reproduzida no Rio de Janeiro sobre a situação da America Meridional Espanhola.
Despacho nº 140, de 15 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que, no seu ponto de vista, a anarquia progredia e a tendência geral dos últimos movimentos revolucionários conduziam à independência. Comenta que, segundo a população, se a sede do governo e da representação nacional não se estabelecessem no Brasil, seria necessária sua separação de Portugal. Anuncia a partida dos deputados nomeados pela Província de São Paulo para as cortes de Lisboa. Acrescenta que os mesmos receberam da Junta da dita província instruções visivelmente tendenciosas à independência.
Despacho de 16 de novembro de 1821, de Jacques-Marie Aymard (s.d.-1837), Conde de Gestas, endereçado ao secretário da embaixada, no qual relata que a situação política do Brasil e a certeza de que o Barão Hyde de Neuville não viria ao Rio de Janeiro o obrigam a solicitar novas instruções para guiar sua conduta.
Despacho nº 141, de 17 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que os meios empregados pelos dirigentes de Portugal para desorganizar o Brasil progrediam trazendo terríveis resultados, e devido a isso, o país havia se tornado um verdadeiro vulcão após os movimentos liberais ocorridos em várias províncias. Diz que o dia 5 de junho, dia em que as tropas portuguesas obrigaram D. Pedro a jurar as bases da Constituição da monarquia portuguesa, foi considerado pelas cortes uma data gloriosa e memorável em que a causa da justiça havia triunfado.