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Ministério das Relações Exteriores
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Cópia de ofício enviado por Eustáquio Adolfo de Mello Mattos (1795-s.d.), para o Monsenhor Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838), em data de 25 de maio de 1830, acusando recebimento de despachos e assegurando que os remeterá a seus respectivos destinos.

Eustáquio Adolfo de Melo Matos (1795 - s. d.), nasceu em 1795 em Salvador, Bahia. Em 1808, aos trezes anos, ingressou no exército português como cadete, em 1814, aos 19 anos, conquistou a patente de alferes, e em 1816 ingressou na Universidade de Coimbra, motivo pelo qual se transferiu para Portugal. Já em Coimbra a carreira militar de Melo Matos prosperou e em 1817 foi promovido a tenente e mais tarde em 1821 foi promovido a capitão do Corpo de Engenharia do Exército. Em 1825 foi nomeado como agente diplomático junto ao ducado de Mecklemburgo, o qual não pode exercer pois o Grão Duque de Mecklemburgo não o receberia na qualidade de agente diplomático até que a Independência do Brasil fosse reconhecida formalmente por aquele território. Em 1828 foi nomeado como secretário da legação do Brasil em Londres, missão chefiada à época pelo diplomata Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (s.d.-1846), Visconde de Itabaiana; já em 1829, com o retorno de Gameiro Pessoa ao Brasil, Eustáquio assumiu o papel de chefe da missão, na qualidade de encarregado de negócios. Em 1832 é elevado à categoria de encarregado extraordinário e ministro plenipotenciário em Londres, onde permaneceu até 1834 quando foi nomeado para missão diplomática em Viena, Áustria.

Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuiabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juizo ecclesiastico na reitoria do Seminário de São José. Foi enviado extraordinário à corte papal, por nomeação de Dom Pedro, em 7 de agosto de 1824, com a missão de convencer a Santa Sé a reconhecer a Independência do Brasil e assinar uma Concordata estabelecendo as condições que deveriam reger as relações entre Igreja e Estado no Brasil. As negociações não avançaram entre o Brasil e a Santa Sé até que Portugal oficializasse o reconhecimento da Independência, em 29 de agosto de 1825, no pontificado de Leão XII. Monsenhor Vidigal foi recebido pelo papa como representante do Brasil em 23 de janeiro de 1826, quando foram concedidos os documentos pontificais que tratavam da relação entre Igreja e Estado no novo país. Em 1829, foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.

Eustaquio Adolfo de Mello Mattos (1795-s.d.)

Cópia de ofício enviado por Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (s.d. – 1846), Visconde de Itabaiana, plenipotenciário brasileiro na Corte Inglesa, ao Monsenhor Francisco Correa Vidigal (s.d. – 1838), representante brasileiro na corte de Roma, em data de 07 de agosto de 1826, acusando recebimento de ofícios. Informa o pagamento de vencimentos, referente a obtenção da bula para edificação de bispados em Goiás e Cuiabá, na Casa Baring.

Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (1800-1846), Visconde de Itabaiana. Diplomata luso-brasileiro. Foi secretário da legação portuguesa no Congresso de Viena em 1822, ano em que foi nomeado por José Bonifácio como Ministro Plenipotenciário do Brasil na França. Quatro anos mais tarde, exerceu a função em Londres, sendo o responsável pelo reconhecimento formal da independência do Brasil pela Grã-Bretanha. Posteriormente, serviu no reino das Duas Sicílias (atual Itália) e em Viena.

Francisco Corrêa Vidigal (s.d-1838) nasceu na cidade do Rio de Janeiro, sendo filho legítimo do Dr. Bartholomeu Corrêa Vidigal. Formado em direito canônico pela Universidade de Coimbra. De Portugal mudou-se para Roma para apurar seus estudos, onde tomou ordens de presbítero. De volta ao Brasil, foi nomeado Vigário para Cuiabá, trabalhando na administração paroquial e adotou a profissão de advogado, ganhando notável reputação. D. Pedro o nomeou Conde da Catedral e o Bispo D. José Caetano o conferiu a vara de provisor do juizo ecclesiastico na reitoria do Seminário de São José. Foi enviado extraordinário à corte papal, por nomeação de Dom Pedro, em 7 de agosto de 1824, com a missão de convencer a Santa Sé a reconhecer a Independência do Brasil e assinar uma Concordata estabelecendo as condições que deveriam reger as relações entre Igreja e Estado no Brasil. As negociações não avançaram entre o Brasil e a Santa Sé até que Portugal oficializasse o reconhecimento da Independência, em 29 de agosto de 1825, no pontificado de Leão XII. Monsenhor Vidigal foi recebido pelo papa como representante do Brasil em 23 de janeiro de 1826, quando foram concedidos os documentos pontificais que tratavam da relação entre Igreja e Estado no novo país. Em 1829, foi nomeado ministro do Império do Brasil junto à corte de Roma. Já com o título de Monsenhor nas eleições para a primeira legislatura, foi Corrêa Vidigal eleito primeiro deputado pela província do Rio de Janeiro.

Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (1800 – 1846), Visconde de Itabaiana

Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior, para o juiz da Alfândega do Rio de Janeiro, datado de 17 de outubro de 1829. Informa a remessa do manifesto da carga que conduzia a embarcação “Restaurador”, do capitão Vicente José Ferreira, assinado e selado por ele.

Na década de 1820 a Argentina passava por um período de instabilidade política, principalmente com as disputas entre os partidos unitaristas e federalistas, e social na qual a unidade nacional ficou indiscutivelmente quebrada no momento em que parte das províncias argentinas, incluindo Buenos Aires, declararam autonomia. Em 1825 Rivadavia (1780 - 1827) tenta uma tentativa de unificação fracassada visto que a essa altura a Argentina usou boa parte de seu poder bélico em meio a guerra com o Brasil. Em meio aos conflitos externos, as guerras civis se tornaram ainda mais intensas e em 1829 Juan Manuel de Rosas (1793 - 1877), filiado ao Partido Federal, ascendeu como representante político no país.

José Agostinho Barboza Junior

Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior, para Gonçalves Gomes de Mello, cônsul em Montevidéu, datado de 16 de outubro de 1829. Solicita o pagamento ao capitão Joaquim Marques Lisboa (1807-1897), Marquês de Tamandaré, do valor dos suprimentos utilizados pelos dezesseis prisioneiros brasileiros resgatados das tropas de linha argentinas, embarcados na escuna “Rio da Prata”.

Na década de 1820 a Argentina passava por um período de instabilidade política, principalmente com as disputas entre os partidos unitaristas e federalistas, e social na qual a unidade nacional ficou indiscutivelmente quebrada no momento em que parte das províncias argentinas, incluindo Buenos Aires, declararam autonomia. Em 1825 Rivadavia (1780 - 1827) tenta uma tentativa de unificação fracassada visto que a essa altura a Argentina usou boa parte de seu poder bélico em meio a guerra com o Brasil. Em meio aos conflitos externos, as guerras civis se tornaram ainda mais intensas e em 1829 Juan Manuel de Rosas (1793 - 1877), filiado ao Partido Federal, ascendeu como representante político no país.

Joaquim Marques Lisboa (1807-1897), Patrono da Marinha de Guerra do Brasil. Filho de um capitão de milícias, desde jovem demonstrou interesse pela navegação, observando as manobras dos barcos e as práticas de navegação. Aos 15 anos, alistou-se como voluntário na Marinha após a Independência do Brasil. Participou de várias batalhas importantes, como a luta contra o general Inácio Luís Madeira de Melo na Bahia e a perseguição da esquadra portuguesa até a foz do rio Tejo. Ingressou na Academia dos Guardas-Marinhas, mas abandonou-a para participar dos combates da revolução em Pernambuco sob o comando de Lorde Cochrane. Destacou-se em diversas ações da Marinha, incluindo a setembrada, os motins pela restauração de D. Pedro I, a cabanagem, a sabinada e a revolução farroupilha. Em 1850, recebeu o título de Barão, de D. Pedro II. Comandou as forças navais do Prata durante a guerra da Tríplice Aliança, ordenando o bloqueio dos rios Uruguai e Paraguai. Promovido a almirante em 1867, participou de batalhas decisivas, como a batalha de Riachuelo. Recebeu os títulos de conde e marquês em reconhecimento a seus serviços. Amigo próximo de D. Pedro II, entristeceu-se com a Proclamação da República e exonerou-se do cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar pouco antes de sua morte, em 20 de março de 1897. O dia de seu nascimento, 13 de dezembro, é celebrado como o Dia do Marinheiro.

José Agostinho Barboza Junior

Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior para Jacinto Roque de Sena Pereira (1784-1850), comandante das Forças Navais brasileiras no Rio da Prata, datado de 16 de outubro de 1829, acusando o recebimento de ofícios. Informa que já havia embarcado na escuna “Rio da Prata” dezesseis prisioneiros resgatados das tropas de linha argentinas, bem como havia remetido pelo capitão Joaquim Marques Lisboa (1807-1897), Marquês de Tamandaré, uma ordem para pagamento dos suprimentos deles, endereçada ao cônsul Gonçalves Gomes de Mello, da legação em Montevidéu.

Na década de 1820 a Argentina passava por um período de instabilidade política, principalmente com as disputas entre os partidos unitaristas e federalistas, e social na qual a unidade nacional ficou indiscutivelmente quebrada no momento em que parte das províncias argentinas, incluindo Buenos Aires, declararam autonomia. Em 1825 Rivadavia (1780 - 1827) tenta uma tentativa de unificação fracassada visto que a essa altura a Argentina usou boa parte de seu poder bélico em meio a guerra com o Brasil. Em meio aos conflitos externos, as guerras civis se tornaram ainda mais intensas e em 1829 Juan Manuel de Rosas (1793 - 1877), filiado ao Partido Federal, ascendeu como representante político no país.

Jacinto Roque de Sena Pereira (1784–1850) foi um marinheiro português que serviu com distinção à monarquia luso-brasileira e, posteriormente, ao Império do Brasil. Nascido em Lisboa, Pereira alcançou o posto de Chefe de Esquadra em sua carreira naval. Durante uma década, comandou a Esquadra do rio Uruguai a bordo da fragata insígnia Oriental. Ele foi notável por sua participação na Invasão Portuguesa de 1816, que resultou na derrubada das tropas lideradas por José Gervasio Artigas e na instauração da Província Cisplatina. Reconhecido por suas habilidades táticas e diplomáticas, Pereira também se destacou por seu casamento com uma dama oriental, desposando Eugenia Gadea Paredes. Nomeado chefe da 3ª Divisão Naval Brasileira, Pereira foi capturado após a Batalha de Juncal, sendo elogiado por sua bravura pelo almirante Guillermo Brown. Posteriormente, ele participou da entrega da praça de Montevideo em consequência do Convênio Preliminar de Paz. Pereira faleceu aos 66 anos, em Rio de Janeiro, em condições financeiras precárias.

Joaquim Marques Lisboa (1807-1897), Patrono da Marinha de Guerra do Brasil. Filho de um capitão de milícias, desde jovem demonstrou interesse pela navegação, observando as manobras dos barcos e as práticas de navegação. Aos 15 anos, alistou-se como voluntário na Marinha após a Independência do Brasil. Participou de várias batalhas importantes, como a luta contra o general Inácio Luís Madeira de Melo na Bahia e a perseguição da esquadra portuguesa até a foz do rio Tejo. Ingressou na Academia dos Guardas-Marinhas, mas abandonou-a para participar dos combates da revolução em Pernambuco sob o comando de Lorde Cochrane. Destacou-se em diversas ações da Marinha, incluindo a setembrada, os motins pela restauração de D. Pedro I, a cabanagem, a sabinada e a revolução farroupilha. Em 1850, recebeu o título de Barão, de D. Pedro II. Comandou as forças navais do Prata durante a guerra da Tríplice Aliança, ordenando o bloqueio dos rios Uruguai e Paraguai. Promovido a almirante em 1867, participou de batalhas decisivas, como a batalha de Riachuelo. Recebeu os títulos de conde e marquês em reconhecimento a seus serviços. Amigo próximo de D. Pedro II, entristeceu-se com a Proclamação da República e exonerou-se do cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar pouco antes de sua morte, em 20 de março de 1897. O dia de seu nascimento, 13 de dezembro, é celebrado como o Dia do Marinheiro.

José Agostinho Barboza Junior