Despacho de 1º de julho de 1822, de Karl Wilhelm von Theremin, Cônsul-geral da Prússia no Brasil, endereçado a José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), ministro das relações exteriores, no qual solicita uma portaria para que um parlamentar possa circular livremente na capitania do Rio de Janeiro e adjacências, cobrindo uma distância de mais ou menos cem léguas.
Ofício nº 36 (duplicata) de 30 de março de 1816, de Francisco José Maria de Brito (1760-1825), a Fernando José de Portugal, Marquês de Aguiar, abordando, dentre os assuntos, os 700 milhões que a França pagaria às províncias aliadas, por intermédio de comissários autorizados pelos governos português e francês. Neste documento, foi estabelecido um protocolo para esta transação financeira.
Ofício de Saint Simon, no qual comenta sobre a necessidade do envio de um embaixador ao Brasil para tratar de maneira adequada os interesses comerciais e políticos da França e fazer frente à Inglaterra, que neste momento já tinha bastante influência e desfrutava de vantagens comerciais em território brasileiro. Simon também expõe a necessidade da chegada do embaixador antes da expiração do tratado de 1810 e da criação de uma divisão naval francesa no Brasil.
Cópia da carta de 24 de fevereiro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçada a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, na qual informa o envio, em anexo, da tradução do exemplar de um manifesto do Rei a respeito de medidas a serem adotadas na atual situação de crise. Relata que o exemplar foi obtido antes de sua impressão para divulgação, e segundo informações, o ministério determinou que este ainda passaria por modificações antes da publicação. Comunica que depois das queixas da Princesa Leopoldina por não acompanhar seu marido na viagem a Portugal, o Rei se viu forçado a mudar sua decisão.
Tradução do despacho de 27 de abril de 1821, do Conde dos Arcos, dirigido a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica oficialmente o decreto do Rei do dia 22 de abril, e envia exemplar do mesmo em anexo.
Despacho nº 98, de 28 de abril de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, da tradução da nota oficial do Conde de Arcos a respeito do decreto do Rei de 22 de abril, e também de uma proclamação do Príncipe Regente tomando as rédeas do governo brasileiro.
Despacho nº 24, de 28 de maio de 1821, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual o emissor acusa o recebimento de correspondências datadas até 8 de março de 1821. Conclui que os eventos ocorridos no Rio de Janeiro, relatados nas referidas correspondências, como eram muito recentes, não permitiriam dizer ao certo que seriam determinantes para a volta de D. João a Europa. O emissor instrui o Cônsul a continuar no Brasil caso o Rei decida partir, velando pelos interesses dos franceses aqui estabelecidos e mantendo uma relação amistosa com o governo.
Despacho nº 109, de 5 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que nesta mesma data muitas pessoas partiram para o interior e as lojas da cidade foram fechadas. Havia um clima de medo devido à insurreição do batalhão português, combatida pelas tropas brasileiras. Informa a criação de um decreto desta mesma data aprovando os deputados da Junta Provisional.
Despacho de 9 de junho de 1821, de Pedro Álvares Diniz (s.d.), ministro das Relações Exteriores, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica sua nomeação para o Ministério das Relações Exteriores.
Ofício nº 113, de 19 de junho de 1821, de Pierre Barthélémy Portal d’Albarèdes, Barão Portal, ministro da marinha e das colônias, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual anuncia que a fragata La Junon está desde o mês de abril em Norfolk, de onde partiria para o Rio de Janeiro transportando Hyde de Neuville, embaixador da França no Brasil.
Despacho nº 113, de 21 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata, com pesar, que as diversas capitanias se aproveitavam do enfraquecimento político do governo legítimo para não reconhecê-lo como tal, apesar de não atacarem frontalmente o governo, ignoraram suas ordens sob os pretextos mais frívolos. Comunica que D. João partiu deixando os cofres do Tesouro Real completamente vazios e grandes dívidas.
Despacho nº 115, de 25 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual acusa o recebimento de notícias do falecimento de Bonaparte. Relata que, no dia 24 de junho, foi ao Palácio da cidade por ocasião do dia de São João e da festa do Rei, os outros membros do corpo diplomático também estavam presentes. Informa o envio, em anexo, de um exemplar da Gazeta de 19 de junho. Comunica que no referido exemplar era possível encontrar informações a respeito das embarcações de comércio de escravos, e sobre a dispensa do envio de caixas de medicamentos nestes navios a fim de diminuir tarifas alfandegárias.
Despacho nº 114, de 23 de junho de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual considera inconcebível que o gabinete de Madrid negligencie, depois de tanto tempo, o envio de forças navais aos mares do Pacífico para se opor as do almirante Cochrane. Diz que, segundo o capitão Shirref, o almirante estava determinado a usar táticas de guerrilha em Lima para tomar a cidade. Informa que Lady Cochrane e Madame Pezzuella, juntamente com seus filhos, estavam a bordo da embarcação l’Andromaque retornando à Europa.
Despacho de 8 de agosto de 1821, de Pedro Álvares Diniz (s.d.), endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica a ordem do Príncipe Regente prescrevendo que os dias 24 de agosto e 15 de setembro fossem celebrados, no Reino do Brasil, como os dois dias em que a cidade do Porto e Lisboa proclamaram sua “regeneração política”.
Despacho nº 124 de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica ao ministro a solenidade do dia 24 de agosto, em que foi cantado um Te Deum na Capela Real. Em seguida, próximo às 13h, informa que houve uma audiência pública para receber o corpo diplomático na qual esteve presente para cumprimentar o Príncipe e a Princesa.
Carta de 12 de setembro de 1821, escrita pelo escrivão do Senado da Câmara, José Martins Rocha, endereçada a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, na qual comunica um convite para solene festa de Ação de Graças, no dia 15 de setembro, na Igreja de São Francisco de Paula.
Despacho nº 128, de 20 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa que o corpo municipal da capital celebrou o aniversário do dia 15 de setembro com uma grande festa de Ação de Graças, na Igreja de São Francisco de Paula. Comunica o envio, em anexo, da tradução do convite recebido para a referida solenidade.
Despacho nº 134, de 28 de setembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de um exemplar impresso do ato de incorporação da Cisplatina ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, e de uma cópia de um jornal de Buenos Aires noticiando a chegada do Cônsul Juan Manoel de Figueiredo na dita cidade.
Despacho de 4 de outubro de 1821, de Francisco José Vieira, ministro das Relações Exteriores, endereçado a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, no qual comunica sua nomeação para o ministério das Relações Exteriores.
Despacho nº 135, de 9 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que, diante da falta de medidas do governo para cessar os motins, a situação era cada vez mais preocupante, cartazes e cartas anônimas que objetivavam favorecer as revoltas, tomavam a cidade. Maler também comunica a saída de Pedro Álvares Diniz (s.d.) e a nomeação de Francisco José Vieira para o ministério das Relações Exteriores, assim como a chegada da fragata francesa, La Clorinde, comandada pelo Barão de Macaú.
Despacho nº 136, de 20 de outubro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual anuncia a chegada, no dia 13 de outubro, do navio Jean-bart, comandado pelo contra-almirante Jacob. Comunica que apresentou Jacob e os dois comandantes das embarcações L’Antigone e La Clorinde ao Príncipe Regente. Relata que houve uma festa em sua casa, no dia 15 de outubro, para receber os oficiais da divisão naval francesa.
Despacho nº 144, de 22 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de três cópias de notas enviadas ao ministro brasileiro, sendo duas delas em favor de dois comerciantes franceses estabelecidos no Brasil. Expressa seu espanto ao saber que todas as solicitações feitas nas notas foram recusadas. Relata seu pedido ao ministro para interceder por ele junto ao Príncipe Regente para persuadi-lo da necessidade de uma resposta positiva às suas solicitações, mas o ministro não conseguiu reverter a decisão. Diante da negativa, continuou negociando com agentes do governo e, por fim, suas demandas foram atendidas.
Cópia da carta nº 2, de 14 de novembro de 1821, do contra-almirante Jacob, dirigida a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, na qual relata a queixa do tenente Perrey, relativa a um desentendimento com uma embarcação portuguesa que estava impedindo sua saída do porto.
Cópia da carta de 27 de novembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçada ao ministro Francisco José Vieira, na qual solicita ao ministro, isenção de tarifas aduaneiras para entrada de suprimentos destinados às embarcações da divisão naval francesa no Brasil.
Despacho nº 148, de 8 de dezembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica que a maioria do corpo diplomático estava de férias, e estavam no Rio de Janeiro apenas ele e Wenzel Philipp Leopold (1784-1851), Barão de Mareschal, embaixador da Áustria no Rio de Janeiro.
Despacho nº 149, de 11 de dezembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual comunica a eleição de uma nova junta provisória na Província de Pernambuco no dia 26 de outubro e a eleição de novos presidentes para as juntas provisórias. Cita a eleição de Gervásio Pires Ferreira em Pernambuco, envolvido na Revolução Pernambucana. Notifica que o Príncipe Regente foi chamado a Lisboa após uma decisão unânime das cortes.
Despacho nº 152, de 30 de dezembro de 1821, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata que o Arcebispo de Lima e notáveis negociantes chegaram ao Rio de Janeiro e apresentaram queixas em relação aos maus tratamentos do general San Martin.
Carta de 4 de janeiro de 1822, de Jacques-Marie Aymard (s.d.-1837), Conde de Gestas, endereçada ao Barão, na qual acusa o recebimento da carta de 2 de junho de 1821, e acrescenta que continua aguardando instruções quanto a sua posição política e o partido que deveria tomar diante da fragilidade da relação entre Brasil e Portugal e as revoltas nas diversas províncias brasileiras.
Nota de 9 de janeiro de 1822, de Jacques-Marie Aymard (s.d.-1837), Conde de Gestas, na qual comunica a visita de uma delegação, composta de representantes do povo, ao Palácio da Boa Vista, na presente data, para solicitar ao Príncipe Regente que continue no Brasil. Neste dia, D. Pedro declarou que não cumpriria as ordens das cortes portuguesas e ficaria no Brasil.
Despacho nº 156, de 14 de janeiro de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, no qual relata a crise das tropas portuguesas, as quais necessitam de ajuda financeira.
Carta de 23 de janeiro de 1822, de Jacques-Marie Aymard (s.d.-1837), Conde de Gestas, endereçada a Étienne Denis Pasquier (1767-1862), Barão Pasquier, ministro e secretário de Estado no departamento de Relações Exteriores, na qual relata que, depois das reverberações ocorridas na Bahia e em Pernambuco, as tropas apresentam uma aparente tranquilidade. Pasquier também narra diversos acontecimentos recentes no Brasil.
Nota de janeiro de 1822, de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), endereçada a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, na qual solicita a confirmação de um endereço.
Cópia da nota de 22 janeiro de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçada a José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), na qual solicita o nome e os endereços dos novos ministros e parabeniza José Bonifácio por seus êxitos alcançados.
Tradução da nota de 5 de fevereiro de 1822, do ministro José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), endereçada a Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, na qual apresenta seus cumprimentos ao Príncipe Regente e deseja que o referido Príncipe tome conhecimento de sua estima e lealdade.
Despacho nº 165, de 17 de fevereiro de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual retrata o episódio, nº 18, da gazeta da Capital, detalhando os ocorridos na capital em janeiro daquele ano. O Cônsul francês também comunica que não estará na província do Rio de Janeiro, pois terá que viajar para Europa.
Carta de 19 de fevereiro de 1822, de Jacques-Marie Aymard (s.d.-1837), Conde de Gestas, endereçada a ministro das Relações de Exteriores, na qual faz referência ao tratado de paz entre o Príncipe Regente e o Brasil, fato que tem trazido diversos benefícios. A carta também destaca as disputas pela Província de Minas Gerais e destaca a necessidade da manutenção da província para a integridade do Brasil. O Conde também aponta que o Rio de Janeiro é o centro visível da Europa no Brasil.
Despacho nº 170, de 5 de março de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual destaca as muitas dificuldades enfrentadas na Província de Pernambuco, por conta disso, solicita a urgente a cooperação da capital para com as províncias.
Despacho nº 178, de 25 de março de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual comenta sobre as disputas da trincheira da Baleia. Relata as cenas deploráveis vistas na batalha e chama atenção do governo do estado do Rio de Janeiro. Maler faz um retrato histórico dos últimos acontecimentos desde 28 de outubro de 1821 até fevereiro de 1822, destacando o Brasil e seus conflitos.
Despacho nº 175, de 15 de março de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual comunica a chegada de José de Bonifácio de Andrada e Silva. O Cônsul francês descreve a difícil situação da Província do Rio de Janeiro, e comenta sobre a possível adesão ao projeto de emancipação do Brasil
Despacho nº 181, de 1º de abril de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual ressalta a importância dos despachos do ministro Andrade, e aponta alguns descontentamentos em relação ao modo como a Princesa o respondeu.
Despacho nº 196, de 25 de maio de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.), Cônsul-geral da França no Brasil, endereçado ao Visconde de Montmorency, ministro das Relações Exteriores, no qual relata que está residindo na Provincia da Bahia, na capital dessa república célebre, em decorrência do seu serviço honroso. Informa que o Príncipe Regente espera chegar em breve à Igreja de São Francisco de Paula, assim ele obterá uma audiência com o referido Príncipe. Maler também comenta sobre a chegada da fragata Real Carolina.
Despacho de 6 de junho de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, ao Visconde de Montmorency, ministro das relações exteriores, na qual acrescenta informações sobre a carta do dia 1º de junho de 1822, informando que os dois procuradores gerais que foram eleitos juntamente com os eleitos das outras capitanias deveriam formar o Conselho, instituído pela ordem do príncipe regente de 16 de fevereiro de 1822. Maler também informa que no dia 3 de junho de 1822, segundo “uma pessoa recomendável” o príncipe regente teria mandado imprimir às pressas um aviso, que viria a público, convocando uma reunião de assembleia de deputados de todas as províncias para formar o corpo constituinte e legislativo do Brasil.
Despacho de 9 de junho de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, ao Visconde de Montmorency, ministro das relações exteriores, na qual transmite ao ministro notícias da Gazeta da capital, veiculadas até o dia 8 de junho de 1822, a respeito da convocação de uma assembleia geral constituinte e legislativa do Brasil e das circunstâncias que a precederam. Maler chama atenção para o seguinte fato: o corpo Municipal do Rio de Janeiro, encarregado de um abaixo assinado, apresentado no dia 23 de maio de 1822 ao Príncipe Regente, pedia a convocação da Corte no Brasil.
Despacho de 18 de julho de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, ao Visconde de Montmorency, ministro das relações exteriores, no qual reporta ao ministro francês a criação do Ministério da Justiça no Brasil no dia 3 de julho de 1822, em conformidade às disposições do Decreto da Corte de Lisboa, datado de 18 de agosto de 1821. Maler comunica a nomeação de Caetano Pinto de Miranda Montenegro para este departamento e a nomeação de Martin Francisco Ribeiro de Andrada para exercer o cargo presidente do tesouro público.
Cópia de um despacho redigida no mês de agosto de 1822, pelo Príncipe Regente, D. Pedro I (1798-1834), endereçado ao Rei de Portugal, na qual expressa o objetivo de manter e expandir as relações do Brasil com a França. O príncipe também frisa a importância de manter boas relações entre Brasil e Portugal, evitando uma guerra civil. Para alcançar tais propósitos, solicita o apoio do Rei.
Despacho de 13 de agosto de 1822, do ministro das relações exteriores da França, a Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, no qual expressa sua preocupação com a tensão política no Brasil. O ministro considera que a França, diante desta crise, deve continuar a zelar pelos interesses e pela segurança dos súditos do Rei.
Despacho de 13 de agosto de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, ao Visconde de Montmorency, ministro das relações exteriores, no qual acusa o recebimento de carta datada de 29 de março de 1822, em que relata os numerosos ataques de corsários na Córsega e em diferentes partes da América Espanhola.
Cópia de despacho de 20 de agosto de 1822, do encarregado de negócios e cônsul geral da França, dirigido ao ministro José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), na qual informa o envio, em anexo, de duas cartas do vice-cônsul da França ao intendente do prefeito, e uma terceira dirigida à Junta Provisória de Pernambuco reivindicando um marinheiro francês que tinha sido preso. A correspondência menciona uma escuna de guerra portuguesa chamada Maria Zeferina.
Despacho de 25 de agosto de 1822, de Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.), cônsul-geral da França no Brasil, ao Visconde de Montmorency, ministro das relações exteriores, no qual informa o envio, em anexo, de sua carta dirigida a José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), referente ao pedido de dispensa de pagamento de tarifas alfandegárias de Menuret de Chambaud.
Despacho de 30 de agosto de 1822, de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), ao encarregado de negócios da França, no qual responde ao convite da Princesa Real para um almoço no dia 31 de agosto de 1822, às 13h da tarde, para receber no Palácio da cidade o Sr. Jean-Baptiste Maler (s.d.-s.d.) e os dois oficiais franceses, Sr. Grinel e o Sr. Fleurian.