Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a procissão da festa de Santa Rosália, padroeira dos negros. Ao centro da imagem, vemos um homem e uma mulher negros ornados com coroas, representando um rei e uma rainha. À esquerda da mulher, há um homem de tricórnio e peruca. Rodeando-os está uma multidão em polvorosa, dando salvas e vivas à procissão. Acima deles, agitam-se estandartes. Na extremidade da margem do quadrante inferior esquerdo, dois observadores brancos a cavalo acompanham o andamento da procissão e um homem negro de gorro traz um estandarte em seu ombro. No quadrante inferior direito, vemos um quarteto de músicos regidos por um homem de cartola com uma adaga na cintura. Em segundo plano, um homem dispara uma pistola para o alto. Mais ao fundo, vemos a fachada distante de uma igreja e parte de uma cidade, cujas edificações estão parcialmente ocultas pelos estandartes, pela fumaça e pela vegetação.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma roda de capoeira. Ao centro da imagem vemos os dois desafiantes: um homem de camisa e calça claras, à esquerda, e um homem de calça listrada e torso nu, à direita. Entre eles, em segundo plano, há uma mulher agachada os observando e uma mulher de turbante, também agachada, que entrega uma cuia a um homem que está de pé com o chapéu na mão esquerda. Perto da extremidade esquerda da imagem, atrás do capoeirista de vestes claras, dois rapazes vibram com a luta. Na porção direita da imagem, temos mais quatro espectadores: um homem que ergue uma vara de bambu com sua mão direita, dois homens de gorro, um rapaz de bicorne que batuca um tambor e uma mulher que equilibra um cesto de frutas em sua cabeça. Na metade superior da imagem vemos, da esquerda para a direita, três telhados, uma edificação no topo de uma elevação montanhosa e o topo de duas palmeiras.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a dança lundu. Mais ou menos ao centro da metade inferior da imagem, vemos um casal executar os passos da dança em frente a um casebre, tendo como espectadores três pessoas: uma mulher com uma criança de colo, outra mulher com um cesto na cabeça e um rapaz negro com algo parecido com uma caixa em suas mãos. Atrás deles, em segundo plano, um homem montado em um jumento interpela uma mulher no limiar do casebre. No quadrante inferior esquerdo, uma mulher com um cesto na cabeça observa a dança; atrás dela, um menino olha para um cachorro. No quadrante inferior direito, sob a sombra de uma grande árvore, há mais quatro espectadores da dança: um homem negro com uma mochila nas costas sentado em um grande tronco de árvore, uma mulher de turbante e chapéu sobre os joelhos e duas crianças, uma menina e um menino menor. Escondida atrás do tronco e sob um grande cesto de palha, uma criança apanha itens de dentro de uma pequena cesta.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma dança que o autor intitula de batuca. Ao centro da imagem, vemos a roda de dança, constituída por pessoas negras. No centro da roda, à esquerda, um homem de camisa de botões e calças observa outro participante que está à direita, portando um chapéu, uma camisa desabotoada e calças até os joelhos. De costas para o observador, há um homem com o chapéu guardado às costas e uma adaga na cintura. Na metade superior da imagem, vemos, da esquerda para a direita, uma árvore de galhos finos e ramos arredondados e a lateral de uma casa, além de outros componentes da vegetação local.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um açoitamento público na Praça de Santa Ana no Rio de Janeiro. No centro da imagem, um escravizado amarrado a um tronco é açoitado por um homem negro de calças listradas. Em toda a extensão da imagem, da esquerda para a direita, vemos os componentes da multidão reunida para assistir ao suplício. No quadrante inferior direito, outro escravizado é carregado de mãos amarradas para receber o castigo. Logo abaixo, um escravizado caído ao chão, provavelmente recém-saído do açoite, é ajudado por outro, que ergue os olhos em direção a dois homens com trajes finos da elite carioca. Ao fundo no horizonte, percorrendo também toda a extensão da imagem, temos um panorama da cidade, das montanhas e das densas nuvens no céu.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata transportadores de água. Na porção direita da imagem, vemos uma aglomeração de pessoas negras em torno de um chafariz; ali elas abastecem barris e os transportam em seguida pelas ruas; algumas os equilibram na cabeça. Acima do muro do chafariz, no quadrante superior esquerdo da imagem, vemos folhas de bananeira e a folhagem de uma árvore. No quadrante superior direito, vemos três janelas da casa contígua ao muro do chafariz. Ao centro da imagem, na metade inferior da imagem, vemos um soldado que tenta apartar uma briga entre dois rapazes negros. No quadrante inferior direito, mais pessoas negras aguardam em fila para abastecerem seus barris. Vemos ao fundo uma porta em um muro e a vista parcial de uma casa.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um mercado na Praia dos Mineiros, no Rio de Janeiro. Em primeiro plano no quadrante inferior esquerdo, vemos duas mulheres sentadas no chão com frutas e legumes dispostos em caixotes. Acima delas, de pé, um homem negro conversa com um homem branco, tendo próximos a si dois animais. Em segundo plano, ao fundo, pessoas caminham por uma passagem elevada; também divisamos tendas e tapagens de folha de bananeira. Mais ao centro da imagem, também em segundo plano e bem distante, temos uma breve vista das casas de um vilarejo. Na porção direita inferior da imagem predomina um grande aglomerado de freqüentadores do mercado: vendedores ambulantes, transportadores de cargas, feirantes e clientes, alguns sob tapagens de folhas de bananeira.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata marinheiros negros e brancos que interpelam duas mulheres negras e suas crianças em uma praia a, aparentemente, seguirem viagem em suas embarcações. Esta cena se desenrola na porção esquerda da imagem; na porção oposta, vemos os barcos à margem da praia. É possível notar que um homem negro carrega em seus ombros um homem da elite saído de uma das embarcações. Em pé em um dos barcos, um homem acena com seu chapéu. Na extremidade esquerda inferior da imagem, vemos três pessoas próximas a duas palmeiras e casas distantes ao fundo. Na linha do horizonte, seguindo a extensão de toda a imagem da esquerda para a direita, temos um panorama do mar, das montanhas e da cidade.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata lavadeiras no Rio de Janeiro. Uma mulher de meia-idade com uma colher na mão direita senta-se diante de um tacho fumegante à beira de um córrego. Na porção esquerda da imagem, há três pessoas: um homem negro sentado de costas para o observador e com um embrulho próximo a si estende a mão direita; de pé, uma mulher com um embrulho na cabeça fuma um cachimbo; atrás dela, um homem negro com uma camisa de botões traz um cesto na cabeça e um bastão na mão direita. Mais ao centro da imagem, em segundo plano, uma mulher negra com uma criança às costas estende um pano em suas mãos e outra pousa as mãos sobre um barril em cima de uma rocha. Na porção direita da imagem, vemos uma mulher de seios desnudos golpear um pano sobre uma pedra no córrego. Ao lado dela, um homem repousa as mãos sobre outro pano em uma pedra no mesmo córrego. As extremidades esquerda e direita da imagem trazem a figura de duas bananeiras.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata castigos domésticos praticados contra escravizados. Ao centro da imagem, um capataz portando um açoite conduz escravizados para sofrerem o castigo da palmatória pelas mãos do senhor sentado em uma cadeira. No quadrante inferior esquerdo, escravizados observam a aplicação dos castigos sentados entre as rodas de uma carroça e à sombra de uma árvore; um dos castigados, de costas para o observador, retorna da punição sofrida e caminha em direção a eles. No quadrante inferior direito, recostadas a uma parede, reúnem-se pessoas que aparentam ser da família do senhor de escravizados. Elas ocupam-se em diferentes atividades: uma mulher retira piolhos dos cabelos de um homem reclinado em seu colo, um bebê no colo de uma mulher brinca com um cão e a mulher que segura o bebê conversa com outra mulher e um homem ao seu lado.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um moinho de açúcar. Assomando ao centro da imagem, em segundo plano, observa-se a grande estrutura do maquinário do moinho sob o telhado de um pátio, telhado este que percorre quase toda a extensão superior da imagem da esquerda para a direita. Em primeiro plano no quadrante inferior direito, há três vacas e um bode. Ao centro e no quadrante inferior direito, escravizados descarregam colmos de cana de uma carroça e os levam para a prensa do moinho. Ainda no quadrante inferior direito, em segundo plano, pessoas que aparentam ser o senhor de engenho e sua mulher observam, da varanda de uma casa, o descarregamento da cana da carroça. No quadrante superior direito, temos um breve vislumbre de algumas árvores finas e de uma elevação montanhosa ao fundo.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a colheita de café executada por escravizados. No quadrante inferior esquerdo, capatazes conduzem o trabalho sob uma tapagem de folhas; mais ao fundo nesta tapagem, escravizados depositam uma saca sobre o lombo de uma mula. Em primeiro plano, um homem de costas para o observador remexe grãos de café no chão com um ancinho. Estes grãos são lançados ao chão por mulheres localizadas mais ao centro da imagem, que trazem os frutos do cafezal em cestos. No quadrante inferior direito, escravizados se ocupam propriamente da colheita dos pés de cafeeiro. A metade superior da imagem apresenta a densa vegetação da lavoura de café; ao fundo, temos uma vista do mar e de montanhas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o preparo da farinha de mandioca por parte de escravizados. No quadrante superior esquerdo, três mulheres negras se agrupam em torno de um tanque circular de pedra; uma delas tem a saia puxada por uma criança. Acima delas, um cesto está pendurado à janela do barracão. Mais ao centro da imagem, em primeiro plano, uma mulher de costas para o observador segura um cesto e observa três escravizados, localizados no quadrante inferior direito, descascando lascas de mandioca sob o olhar de um capataz. Ainda no centro da imagem, em segundo plano, um homem manipula a moagem da mandioca. Em segundo plano no quadrante inferior direito, dois escravizados trabalham em um forno a lenha.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o desmatamento de uma floresta. Ao centro da imagem, dispostos em uma encosta em segundo plano, há uma série de troncos de árvores cortadas. Mais ao fundo, no quadrante superior direito, vemos uma cabine de madeira e um cercado. Em primeiro plano no centro da metade inferior da imagem, um homem branco a cavalo olha na direção para a qual um rapaz negro aponta. Perto deles, três escravizados ocupam-se de tarefas relacionadas ao desflorestamento. No quadrante inferior direito, sob o olhar de um capataz sentado em uma pedra, dois escravizados portando machados derrubam uma árvore.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma senzala. Mais ao centro da imagem, vemos uma mulher no limiar da porta da habitação acender o cachimbo de um homem sentado em um tronco. Ao seu lado, uma mulher segura um bebê nos braços. Abaixo deles, no quadrante inferior esquerdo, um homem dorme em uma esteira e outro se recosta a um trançado de palha. No quadrante inferior direito, vemos um homem tecendo uma esteira. Acima dele, mais ao centro, uma mulher negra com uma tesoura na mão direita e um punhado de palha (ou talvez fumo) na mão esquerda ergue o rosto a um menino nu que está de pé. Outro menino nu, engatinhando, observa o trabalho do homem que está tecendo a esteira. No quadrante superior direito, um homem e um menino aproximam-se da senzala; há bananeiras e um abacaxizeiro próximos. No quadrante superior esquerdo, uma mulher branca observa a senzala do alto, debruçada na varanda de uma casa, tendo à esquerda, em primeiro plano, um mamoeiro.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o transporte de um comboio de escravizados. No quadrante superior esquerdo, vemos um homem branco montado a cavalo com um menino negro na garupa. Sob um pátio coberto, na porção esquerda da imagem, vemos escravizados reunirem-se ao redor de um tacho fumegante sobre lenha acesa. Atrás deles, vemos um homem negro com uma trave de madeira equilibrada na cabeça e um homem negro a cavalo. No quadrante superior direito da imagem, vemos um capataz dando ordens a um escravizado que estende um pedaço de tecido sobre o chão, três escravizados carregando barras de madeira e outros deles reunidos em roda atrás de dois homens brancos, um deles deitado em uma rede e o outro executando um instrumento de cordas. No quadrante inferior direito, uma escravizada dorme atrás de um conjunto de selas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um mercado de escravizados sob um pátio coberto. No quadrante superior esquerdo, vemos alguns meninos desenharem figuras na parede enquanto alguns escravizados aguardam em esteiras ou de pé sob o olhar de um homem branco de cartola, mais ao centro da imagem. Também mais ao centro, na metade inferior da imagem, escravizados reúnem-se em esteiras ao redor de um tacho fumegante. No quadrante superior direito, um comprador negocia com um traficante a respeito de um dos escravizados ali presentes. Na entrada do pátio, uma mulher de turbante com um cesto de frutos nas mãos troca palavras com três rapazes. Ao fundo, em segundo plano, vemos um navio e o campanário de uma igreja.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o desembarque de escravizados no cais de um porto. No quadrante superior esquerdo, vemos membros da administração portuária tratar com os traficantes a respeito da chegada dos cativos; um soldado faz guarda à porta de entrada do local de desembarque. Mais abaixo, no quadrante inferior esquerdo, três homens brancos ocupam um barco de popa coberta. Mais ao centro da imagem, vemos escravizados em um barco recebendo ordens para ascender ao registro da administração portuária. No quadrante inferior direito, em segundo plano, temos uma vista da cidade à beira-mar, alguns navios e dois barcos menores.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o porão de um navio de tráfico de escravizados. Eles estão presentes em toda a extensão da imagem; homens, mulheres e crianças distribuídos em beliches precários ou pelas tábuas do chão. Um deles, no quadrante superior esquerdo, está deitado numa rede de madeira suspensa por cordas ao teto do porão. No quadrante superior direito, o cadáver de um escravizado é erguido por capatazes brancos; um deles segura um lampião. Mais ao centro da imagem, vemos um escravizado estender uma cuia ao alçapão, de cuja borda alguém verte água de um cantil.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata pescadores na costa de Ilhéus. Na metade inferior da imagem, ao centro, vemos uma canoa composta por sete pessoas atracar na margem de um rio sob a sombra de uma árvore de farta e volumosa folhagem. Um dos ocupantes do barco ergue um jacaré da embarcação. No quadrante inferior direito da imagem, vemos mulheres com crianças de colo dando as boas-vindas às pessoas da canoa. Uma mulher, de costas para o observador, acena para uma casa ao fundo, em segundo plano, quase indistinguível. Na metade superior da imagem predomina a ampla folhagem da árvore ribeirinha e os ramos de uma palmeira.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a uma missa na igreja de Nossa Senhora da Candelária em Pernambuco. Na metade inferior da imagem vemos, em toda sua extensão, o conjunto de fiéis reunidos para o culto, negros e brancos. Não há bancos; todos estão de pé, ajoelhados ou sentados no chão. No quadrante inferior esquerdo, diante do altar, o padre lê um livro sagrado segurado por um menino negro enquanto outro menino negro segura um grande círio perto deles. De costas para o observador, uma menina branca e uma negra rezam ajoelhadas. Na metade superior da imagem vemos o teto do templo e as colunas gregas que lhe servem de base.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a Junta de Pernambuco. Representa uma reunião política de padres, militares e membros da elite da região na época, embora seja possível observar dois meninos negros presente; um deles abre a porta para um homem no quadrante superior direito da imagem. No quadrante superior esquerdo, uma ampla janela ilumina o interior do local de reunião, e alguns dos membros sentam-se de costas para ela, de onde é possível ver algumas árvores e palmeiras e o campanário de uma igreja.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma venda na cidade do Recife. No quadrante inferior direito, figura o balcão da loja, onde o comerciante atende um menino negro que está de costas para o observador. Ao redor deles vemos outras quatro pessoas. Uma mulher dorme apoiada em uma das folhas da porta da venda enquanto outro menino negro passa algo como um fiapo de palha em seus lábios. À direita deles, de pé, uma mulher negra com um bebê nas costas e um cesto na cabeça conversa com um homem negro de gorro que segura um longo bastão. Também há dois cães em frente à porta da loja. Mais ao centro da metade inferior da imagem, outra mulher negra com um bebê nas costas beija a caixa de esmolas de um padre enquanto um homem negro deposita ali uma moeda. Uma mulher com um grande cesto na cabeça fuma um cachimbo e observa a cena. Ao fundo, podemos ver dois homens conversando.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o Hospício de Nossa Senhora da Piedade, na Bahia. Na metade inferior da imagem predomina a multidão de pessoas que passam pela praça em frente à edificação religiosa. Já a metade superior apresenta a fachada da igreja do Hospício de Nossa Senhora da Piedade, da onde vemos uma procissão sair. À esquerda da igreja, divisamos algumas casas, e à sua direita, a vista parcial de outra casa com um recorte da vegetação da região ao fundo.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma plantação chinesa de chá no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No quadrante inferior esquerdo da imagem, em meio à miríade de plantas do jardim, uma mulher chinesa rega o solo. No quadrante oposto, dois chineses e dois homens brancos confabulam; um dos brancos esboça um desenho numa prancheta enquanto um dos chineses o protege do sol com uma sombrinha. Ao centro da metade inferior da imagem, vemos homens negros ocupados com o trabalho agrícola em primeiro e em segundo plano. Na metade superior da imagem predomina a folhagem do topo das árvores.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma colônia europeia em Ilhéus. No quadrante inferior direito, vemos uma família avançar por uma trilha rumo a um conjunto de casas que está no quadrante inferior esquerdo. Esta família está de costas para o observador e constitui-se de uma criança, um homem e uma mulher, além de um cão que os acompanha. Um coqueiro assoma na porção direita da imagem; ao fundo, bem distantes, vemos mais casas. A porção esquerda da imagem apresenta a vegetação rasteira, uma samambaia e um coqueiro mais ao longe. Na linha do horizonte, observam-se mais coqueiros e as formações montanhosas da região.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma cena de caça em meio à floresta virgem. Ao centro da metade inferior da imagem, vemos um homem apontar sua carabina para uma onça acossada por dois cães no quadrante inferior esquerdo. Ao fundo, em segundo plano, vemos outros dois homens se aproximarem com suas carabinas em punho. Uma grande árvore percorre a lateral esquerda da imagem de alto a baixo, e outra grande árvore assoma ao centro. A vegetação exuberante da mata fechada preenche vicejante toda a composição.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o processo de lavagem do ouro na montanha Itacolumi, em Minas Gerais. No quadrante superior direito, vemos a torrente de água que brota da montanha e é utilizada pelos escravizados para a operação de lavagem do mineral. Neste mesmo quadrante, é possível observar alguns que caminham em rampas improvisadas sobre as rochas e outro que sofre um castigo por parte de um capataz, que eleva uma vara na mão direita como que para desferir um golpe. Os quadrantes inferiores da imagem trazem os detalhes da lavagem: no esquerdo, vemos quatro escravizados com vasilhas e pedaços de couro remexendo a corrente de água sob os olhares de dois capatazes. Ao fundo, em segundo plano, mais escravizados envolvidos em diferentes etapas do processo de mineração. Já no quadrante inferior direito, vemos dois homens negros surrarem um grande pedaço de couro com golpes de vara, enquanto ao fundo capatazes e escravizados animam-se com a pesagem do ouro.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um comboio de diamantes passando pelo Catete. Vemos seis homens perfilados de frente para o observador na metade inferior da imagem; todos carregam carabinas nos ombros, com exceção dos dois homens negros nas extremidades da fileira. Atrás deles, em segundo plano, mais integrantes da comitiva; mais ao fundo, algumas edificações, entre as quais se conta uma igreja, e um homem que avança solitário a cavalo. Próximos às margens inferiores esquerda e direita da imagem, observadores abrem espaço para o comboio e observam sua passagem.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma caravana de mercadores seguindo em direção à Tijuca, no Rio de Janeiro. No quadrante inferior direito da imagem, observamos um cachorro latindo para os abutres que devoram a carcaça de um cavalo morto. Mais abaixo, outro cachorro bebe da água de um ribeirão. No quadrante inferior esquerdo e mais ao centro, vemos os membros da caravana avançando em fila pela trilha nas montanhas. No quadrante superior esquerdo, duas aves sobrevoam a comitiva. No quadrante superior direito, a caravana sobe pela trilha em formação triangular. Ao fundo, na porção esquerda da metade superior, vemos algumas edificações da região da Tijuca.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o repouso de uma caravana sob um acampamento de teto de palha. Ao centro da imagem, vemos sete integrantes desta caravana descansando: um deles dorme, outro bebe de uma garrafa, e um terceiro toca um instrumento de cordas. Suas bagagens e aparatos estão reunidos sob a tapagem. No quadrante inferior esquerdo há um homem negro com uma vasilha na cabeça, e ao seu lado três animais de carga. No quadrante inferior direito, vemos um jumento de costas para o observador e uma mulher negra estendendo um manto sobre o cercado. Ao fundo, distantes, divisamos três pessoas. No quadrante superior esquerdo predominam os galhos de uma árvore de ramos mirrados. Do centro para a direita da metade superior da imagem o teto de palha do acampamento predomina em primeiro plano, mas é possível observar bem ao fundo outras duas casas, uma parte da mata da região.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma dança de landu (lundu). Ao centro da imagem, um homem e uma mulher executam movimentos da dança. No quadrante inferior esquerdo, sentados sobre uma pilha de toras de madeira, uma mulher negra de xale, uma mulher branca e dois homens assistem à coreografia. Sentada ao chão com uma criança às costas, próxima à fogueira que ilumina a cena, uma mulher negra alimenta as chamas com alguns gravetos. No quadrante inferior direito, mais espectadores da dança e um homem tocando um instrumento de cordas sentado em uma pedra. No quadrante superior direito, um casal abraçado se entreolha no alpendre de uma casa. Mais ao centro da imagem, ao fundo, divisamos o telhado de outra casa.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma família de agricultores dirigindo-se à igreja em uma estrada rural. Ao centro da imagem, vemos a cabine coberta de um carro de bois conduzindo cinco mulheres; um homem, de costas para o observador, toca um instrumento de cordas enquanto avança junto ao carro. No quadrante inferior esquerdo, há um homem montado a cavalo. No quadrante oposto, vemos a parelha de bois e a cabeça de um homem de chapéu surgir por detrás do lombo dos animais. Mais à direita, outro homem também avança pela trilha. Ao fundo, em segundo plano vemos um trecho da estrada sinuosa, um pequeno rebanho em um pasto e um distante conjunto de edificações simples.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata o interior da casa de uma família de agricultores. No quadrante inferior esquerdo, vemos crianças, brancas e negras, sobre uma pele de onça estendida no chão, observadas por uma mulher negra em uma esteira ao lado, com um bebê branco em seu colo. Uma mulher branca está de pé e traz um jarro e uma cuia em suas mãos. No quadrante superior esquerdo, à luz de uma janela, vemos da esquerda para a direita as seguintes pessoas: uma mulher que se apoia no espaldar de uma cadeira em que um homem está sentado; outra mulher, deitada em uma rede; e um homem de calça e camisa listrada tocando um instrumento de cordas. Mais ao centro da imagem, uma mulher com um xale drapejado ao redor do seu torso ouve um menino negro que anuncia a chegada de um visitante, localizado no quadrante superior direito da imagem e visto por uma porta entreaberta.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma vista da Lagoa das Tretas (atual Lagoa Rodrigo de Freitas). Ao centro da metade inferior da imagem, vemos uma charrete avançar rumo à margem do corpo d’água. No quadrante inferior esquerdo, divisamos um barco com duas pessoas e, em cima de uma rocha, um homem e três mulheres e outro homem negro se dirige a elas. No quadrante inferior direito, vemos homens montados a cavalo e uma mulher negra próxima a um animal de carga, debaixo de uma palmeira. Na linha do horizonte, ao fundo, temos a vista da lagoa e do relevo da região, entre os quais se destaca o Pão de Açúcar, próximo da parte central da imagem.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um grande desfile militar em São Cristóvão. Na metade inferior da imagem predomina o panorama deste desfile, trazendo a marcha dos soldados em linha e a presença do público ao redor. Já na metade superior da imagem, ao fundo, temos um panorama das montanhas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma vista da Rua Direita, no Rio de Janeiro. No quadrante inferior esquerdo, vemos um agrupamento de pessoas negras, algumas das quais carregam panos na cabeça, e um homem de cartola e paletó. Mais ao centro da imagem e no quadrante direito inferior, vemos homens envolvidos no que parecem ser negociações mercantis: há barricas, pacotes e cargas depositadas no chão e no lombo de um jumento. Ao fundo, na linha do horizonte, Rugendas expressa a intensa movimentação na Rua Direita pontilhando-a com várias pessoas, entre elas soldados.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um grande agrupamento de pessoas em frente à igreja de São Bento, no Rio de Janeiro. No quadrante inferior esquerdo, vemos duas mulheres vendendo produtos sobre uma esteira; uma mulher com um cesto na cabeça; um homem de cartola com uma luneta; dois homens recostados à murada e três homens com uniformes militares. Mais ao centro da imagem, vemos duas jovens em trajes elegantes; uma criança de chapéu; um homem com a mão direita no bolso que conversa com outro homem, de costas para o observador; e, ao fundo, outras sete pessoas. No quadrante inferior direito, ao fundo, um homem negro descalço sobe os degraus com uma forragem às costas e um cajado na mão esquerda. Há dois homens, que a julgar pelas vestimentas, são clérigos católicos, e uma miríade de outras pessoas, negras e brancas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma cena na Praia dos Mineiros no Rio de Janeiro. Na metade inferior da imagem vemos dois barcos: um maior, em primeiro plano, visto em toda sua extensão, e outro menor, visto parcialmente. Há uma espécie de contenda ou negociação entre alguns dos ocupantes dos barcos. Um homem de chapéu nas mãos, em postura suplicante, trava uma conversa com um homem de uniforme militar que parece ter vindo do barco maior, onde outros homens de uniforme militar estão. No quadrante inferior, três pessoas se reúnem na popa do barco menor: um homem de chapéu, torso desnudo e remo na mão esquerda; uma mulher de lenço na cabeça e um homem negro, de braços cruzados. Já na proa do barco maior, de costas para o observador, vemos um homem negro de gorro e túnica com remo nas mãos e outro homem, sem camisa, também de costas para o observador. No quadrante inferior direito, um homem de chapéu eleva-se sobre a pequena cobertura da proa do barco maior.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma aldeia dos tapuios. No quadrante inferior esquerdo, vemos indígenas reunidos em torno de um padre, de batina e chapéu, apoiado em uma bengala. No quadrante inferior direito, há indígenas ocupados em capinar uma parte do terreno; ao fundo, vemos duas mulheres em frente a uma casa e próximas a uma carroça. Em segundo plano, dois homens se aproximam trazendo uma grossa trave nos ombros. No quadrante superior esquerdo, predominam os ramos de uma árvore; no quadrante oposto, vemos uma montanha assomar ao fundo. É possível também distinguir outras casas e edificações espalhadas pela paisagem.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata indígenas em uma plantação. No quadrante inferior esquerdo, vemos indígenas reunidos próximos ao alpendre de uma casa; um deles estende uma vasilha a um homem branco com uma garrafa na mão direita, como que pedindo alimento. Mais abaixo, duas crianças estendem cuias a um homem negro que carrega uma vasilha. Ao longo do muro do alpendre, há uma mulher negra de peito desnudo e turbante; duas mulheres e um bebê sentado no muro e um homem de chapéu e mais duas mulheres, estas atrás do homem com a garrafa na mão direita Ao centro da imagem e no quadrante direito inferior, um menino negro observa a chegada de dois indígenas que cruzam um ribeirão; na margem oposta, outros dois indígenas colhem frutos de uma árvore; mais abaixo, do outro lado do ribeirão, duas capivaras descansam na relva. Na metade superior da imagem, predominam, no quadrante esquerdo, o telhado da casa e o topo de uma palmeira.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata um sepultamento indígena. Ao centro da metade inferior da imagem, vemos o cadáver de um homem parcialmente coberto em uma cova, rodeado de indígenas de aparência consternada e lamuriosa; No quadrante inferior esquerdo, vemos dois homens próximos a uma árvore; um deles tem em suas mãos algo que assemelha a um pano, enquanto o outro, sentado de costas para o observador, assiste ao sepultamento. Ao fundo, em segundo plano, vemos um indígena atravessar um pequeno riacho com uma grande pedra em seus ombros. Na metade superior da imagem, assoma ao centro o tronco de uma grossa árvore, enquanto nas extremidades esquerda e direita vemos, respectivamente, o topo de uma árvore e os ramos de palmeiras.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma cena de guerra entre soldados e indígenas. Ao centro da metade inferior da imagem, vemos um soldado lanceando com sua baioneta um indígena caído ao solo; próximo deles, um homem negro de tronco nu é atingido no peito por uma flecha. No quadrante inferior esquerdo, três soldados se agrupam por trás de arbustos e uma nuvem de fumaça, proveniente dos disparos das armas de fogo, se eleva acima deles; mais abaixo, uma criança mexe no rosto de uma mulher morta no solo. No quadrante oposto, dois indígenas disparam suas flechas enquanto às suas costas mulheres e crianças correm em busca de abrigo. Em segundo plano no centro da imagem, vemos mais soldados avançando contra indígenas. A metade superior da imagem mostra árvores e folhas de palmeira.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata a dança do povo Puri. A porção direita inferior da imagem retrata um agrupamento de indígenas em torno de uma nuvem de fumaça, provavelmente proveniente de uma fogueira; um deles possui um adorno cobrindo toda a cabeça e manuseia um chocalho com a mão direita. O quadrante inferior esquerdo traz a figura de um homem branco de cartola, capote sobre os braços cruzados, observando os indígenas; atrás dele, há um homem negro. Vemos também indígenas reclinados sobre o solo, outro homem branco com uma carabina apoiada contra o peito e recostado a uma palmeira e um cavalo de costas para o observador. Na metade superior da imagem, predomina a vegetação da densa mata em que se desenrola a cena representada.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata uma canoa indígena. Na metade inferior da imagem, vemos em primeiro plano a canoa com treze indígenas a bordo; aqueles localizados mais ao centro da imagem estão ocupados em tarefas de pesca, enquanto aqueles no canto inferior direito ocupam-se dos remos. Ao fundo, vemos a vegetação ribeirinha, e mais distante, a floresta e montanhas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata indígenas caçando uma onça. Na porção esquerda da imagem, vemos três deles, sendo que um está fazendo mira com sua flecha na onça que está na porção direita da imagem, já ferida por uma flecha. Duas palmeiras atravessam o centro da imagem, que se passa em um ambiente de densa vegetação.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata indígenas em sua cabana. No quadrante inferior esquerdo, projeta-se o grosso tronco de uma árvore que distribui seus ramos no topo da imagem. Ao centro, um grupo de oito indígenas agrupa-se para o preparo de uma refeição. Um deles ajoelha-se diante de uma panela sobre lenha acesa e traz em suas mãos um animal morto espetado num graveto enquanto é observado por outro indígena sentado de pernas cruzadas numa rede. Há também um homem e uma mulher sentados no chão, um homem de pé que traz em suas mãos um filhote de onça morto, uma mulher deitada em uma rede e, por fim, uma mulher com uma criança apoiada contra seu peito.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata habitantes de Minas Gerais. No centro da imagem predominam as figuras de dois homens montados a cavalo; um deles possui uma carabina às costas, um sabre embainhado e uma vara na mão direita. No quadrante superior esquerdo, uma mulher com um ramo na mão direita está sentada em uma mula, tendo próxima a si um homem negro de chapéu. No quadrante inferior direito, uma mulher e uma criança observam a passagem da comitiva montada. Ao fundo, distinguem-se formações montanhosas.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata costumes de São Paulo. Ao centro da imagem, recostado em uma pedra, um homem de cartola e capa dedilha um alaúde em uma praia. Ao seu redor aglomeram-se diferentes espectadores: uma mulher sentada na areia, com o cotovelo direito apoiado na pedra e um leque na mão esquerda; um casal de pé; duas moças de pé e uma criança no quadrante inferior esquerdo da imagem; e um homem às costas do instrumentista, um pouco mais elevado. Ao fundo vemos um grande rochedo e, no quadrante inferior esquerdo, duas pessoas mais distantes, uma árvore e as janelas de uma casa.
Litografia em preto e branco, datada de 1835 e de autoria de Maurice Rugendas, retrata, em sentido horário, um homem de Benguela, um de Angola, outro do Congo e, por último, uma mulher de Monjolo. A mulher usa um colar e brincos.