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Cópia de um ofício enviado de Londres, por Manoel Garrotear, Bernardino Rivadavia (1780 – 1845) e Manoel Belgrano (1770 – 1820), em 16 de maio de 1815 ao senhor D. Carlos Duarte solicitando sua presença nas Províncias Unidas do Rio da Prata, para que este instaure um governo monárquico na região. A mesma também informa que no caso de falecimento do rei aclamado, quem assumiria seria sua D. Maria Luíza de Borbon (1751 – 1819).

Bernardino de la Trinidad Gónzalez Rivadávia y Rodríguez de Rivadeneyra (1780-1845), nascido em Buenos Aires, era filho de um advogado de ascendência espanhola. Iniciou na carreira militar, aos 27 anos, como voluntário contra a dominação inglesa na Argentina. Após a Independência do país em 1810, tornou-se ministro da Guerra, Fazenda e do Governo, proibindo o tráfico de escravos. Em 1826 foi eleito primeiro presidente da Argentina, quando declarou guerra ao Brasil pela posse do território da província Cisplatina, ao fim do qual, a província foi denominada território independente de ambos os países, passando a se chamar Uruguai. Após assinar o tratado de paz que encerrou a guerra, renunciou a presidência, e abandonou a vida pública, sendo forçado ao exílio na Europa por opositores políticos em 1829. Tentou voltar ao país, sendo novamente exilado na Espanha, onde residiu até sua morte.

Manuel Belgrano (1770-1820), advogado, político e militar argentino, foi um dos principais atores da Revolução de Maio, participando da Primeira Junta Revolucionária em 1810. Possuía ideias iluministas contrárias à monarquia absolutista da época. Foi o criador da Bandeira Nacional da Argentina.

Maria Luísa de Bourbon (1751-1819), Princesa de Parma e rainha da Espanha por ter-se casado com Carlos IV, em 1765. Maria Luísa de Bourbon nasceu na Itália. Era filha de Filipe I de Parma e de Isabel de Bourbon, princesa de França. O seu pai, Filipe I de Parma era filho de Isabel Farnésio, Princesa de Parma e de Filipe V de Espanha. Em 1759, a mãe de Maria Luísa de Parma faleceu, o que fez com que a jovem Maria Luísa partisse para França, para ser educada na corte do avô materno, Luís XV de França. Em 1765, com apenas 14 anos, Maria Luísa de Bourbon casa-se com o primo Carlos IV de Espanha, que nessa altura ainda era infante, filho de Carlos III de Espanha e de Maria Amália da Saxónia. Em 1765, Filipe I de Parma faleceu, deixando Maria Luísa de Parma órfã. Nenhuma outra consorte espanhola foi tão odiada, acusada ou abusada como a moralmente corrupta Maria Luisa. Teve numerosos amantes enquanto seu marido se ocupava em armar e desarmar relógios. Um dos amantes, o mais famoso deles, foi Manuel Godoy, apelidado “El Choricero”, chegou a ser Príncipe da Paz, serviu como Primeiro Ministro por anos. Sua paixão pelo jovem Manuel foi a causa dos vários problemas da Espanha da década de 1790 à primeira década do XIX. A Espanha, enquanto Maria Luísa governava porque dominava seu marido o Rei, foi presa fácil das forças de Napoleão. Apesar disto, Maria Luísa de Parma educou os seus filhos e casou, juntamente com o marido, a sua filha, Carlota Joaquina de Bourbon com o Infante João, futuro João VI de Portugal, em 1785. Maria Luísa de Bourbon, princesa de Parma, foi rainha de Espanha de 1788 a 1808, altura em que Napoleão conquistou o território.

Manoel Garrotear