- BR DFMRE RIO-AHI-SNEGP-FIM-IMP-Guer-Desp_P186-1-4_1800-1820
- Item documental
- Portugal
João Rodrigues de Sá e Melo Meneses e Souto Maior (1755-1809), primeiro Visconde e primeiro Conde de Anadia, era filho de Aires de Sá e Melo, diplomata, secretário de Estado adjunto do Marquês de Pombal e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Foi ministro plenipotenciário em Berlim e sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa. Desempenhou em Portugal as funções de moço-fidalgo com exercício no Paço, fidalgo-escudeiro, senhor donatário da vila de Anadia, comendador de São Paulo de Maçãs, alcaide-mor de Campo Maior e membro do Conselho da Fazenda. Recebeu da rainha D. Maria I o título de Visconde de Anadia por carta em maio de 1786, e o de conde do príncipe regente D. João VI, em dezembro de 1808. Transferiu-se com a família real para o Brasil, onde foi nomeado secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos, cargo que exerceu até sua morte.
João de Almeida Melo Castro (1756-1814), o Conde das Galvêas, foi um diplomata português que exerceu o cargo de embaixador de Portugal em Viena e como ministro extraordinário e plenipotenciário junto às cortes de Haia, Roma e Londres. Em Portugal, foi nomeado secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, secretário de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos (1809-1814) e dos Negócios Estrangeiros e da Guerra (1812-1814), conselheiro de Estado, membro do Conselho da Fazenda e presidente da Real Junta de Fazenda dos Arsenais do Exército, Fábricas e Fundições.
João Rademaker (s.d), era embaixador inglês, ex-ministro dinamarquês junto à corte de Portugal e poliglota renomado. Foi recomendado por Lord Strangford a D. João, para atuar como seu instrutor nas línguas modernas ainda em Lisboa. João Rademaker, que falava a maior parte das línguas da Europa, era dotado de conhecimentos quase universais e no dizer de Monglave possuía todas as qualidades e virtudes sociais. Ele, que abandonou seu posto diplomático na Dinamarca e veio para o Brasil atrás do príncipe regente, foi representante de Portugal em diversas cortes europeias. Esforçando-se para manter a posição de que gozava na corte, Rademaker procurou ser um excelente preceptor para o jovem D. Pedro.
Karl-Alexander von der Goltz (1739-1818), Conde de Goltz, era filho do general prussiano Karl Christoph Friedrich, Barão Von der Goltz, entrou para o serviço militar do Rei da Prússia, tornando-se ajudante de campo do pai. Foi promovido a major em 1785, com a ascensão ao trono de Frederico Guilherme II. Membro do estado-maior do novo rei, a proximidade do trono fez com que em 1789 já fosse coronel. Enquanto membro do estado-maior, terá contribuído para as reformas militares introduzidas no início do reinado de Frederico Guilherme. Aceitou o convite para servir no exército dinamarquês, como tenente-general de cavalaria. Nomearam-no inspetor dos corpos de Caçadores do Schleswig preparou os Regulamentos, mas a crise política e social no ducado impediu qualquer desenvolvimento das propostas. Com a morte do príncipe de Waldeck, em 1797, o governo português tentou encontrar um novo general estrangeiro para comandar o exército em campanha, com isso a escolha recaiu sobre um general prussiano Goltz, em fevereiro de 1799. De setembro de 1800 a julho de 1801, estudou o exército, apresentou algumas propostas de reforma, mas nunca assumiu as mesmas funções do príncipe de Waldeck, que realizou várias viagens de inspeção.
Conde de Goltz (1739-1818)