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- Item documental
- [S.d.]
Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, primeiro Visconde do Reguengo e primeiro Conde de Avilez (1785 - 1845), iniciou sua carreira no exército como cadete e foi nomeado Coronel do Regimento de Milícias do Crato em 24 de junho de 1804. Em 1807, assumiu também o cargo de Superintendente das Coudelarias de Portalegre, sucedendo ao seu pai nessa função. Em 1809, foi promovido a Tenente-Coronel. Em 1816, alcançou o posto de Brigadeiro, e em 1817, em meio à formação da Divisão de Voluntários do Príncipe, enviada ao Brasil para auxiliar na conquista de Montevidéu, foi nomeado Marechal de Campo. Em 1818, tornou-se Governador de Montevidéu, destacando-se na campanha na Banda Oriental do Uruguai, especialmente na batalha de Paço de Arenas, em setembro de 1819. Em 1821, ainda no Brasil, foi promovido a Tenente-General e nomeado Governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro, onde enfrentou tumultos decorrentes da partida do rei e da corte para Lisboa. Em 5 de julho de 1821, enquanto liderava as tropas portuguesas no Rio, dirigiu um ultimato ao príncipe D. Pedro, exigindo que jurasse as bases da Constituição, demitisse o conde dos Arcos e nomeasse uma junta governativa. Mais tarde, em outubro, exigiu novamente que D. Pedro anunciasse publicamente sua adesão às decisões das Cortes reunidas em Lisboa. D. Pedro acatou novamente, mas em janeiro de 1822 declarou publicamente sua decisão de permanecer no Brasil, marcando o "dia do Fico". Jorge de Avilez renunciou ao governo das armas e recuou para a Praia Grande, temendo um ataque das tropas brasileiras. A divisão portuguesa embarcou em fevereiro, chegando a Lisboa em maio. De volta a Portugal, foi eleito deputado em 1822. Em 1823, foi nomeado pelas Cortes como comandante-em-chefe do Exército para enfrentar as movimentações do Infante D. Miguel. No entanto, não conseguiu evitar o golpe de estado que restaurou o regime absolutista, sendo preso no Castelo de São Jorge e posteriormente transferido para a Torre de Belém. Foi julgado, destituído de seu posto de tenente-general e condenado a um ano de prisão em Castelo de Vide. Em junho de 1827, durante a regência da Infanta D. Isabel Maria, foi absolvido e reconduzido ao seu posto. Com o retorno de D. Miguel, Avilez pediu licença para ir para Portalegre, mas foi novamente preso em junho de 1828 e enviado para São Julião da Barra. Em 1832, foi transferido para Almeida e depois para Bragança, de onde conseguiu fugir para a Espanha. Enquanto isso, sua esposa foi presa na Torre de Belém, no Limoeiro e no Aljube, mas o corpo diplomático em Lisboa exigiu sua libertação, que foi concedida. Após reconciliação com D. Pedro ao fim da guerra civil, Avilez foi nomeado governador militar da Corte e província da Estremadura, sendo promovido a tenente-general efetivo. Com a reorganização do exército, comandou a 1ª divisão militar e, posteriormente, a 7ª, por motivos políticos. Em 1835, foi nomeado Par do reino e recebeu o título de Visconde do Reguengo. Em 1836, aderiu ao Setembrismo e foi nomeado senador de acordo com a Constituição de 1838. Em abril de 1838, recebeu o título de Conde de Avilez.
D. Pedro (1798-1834)