Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1824 (Produção)
- Londres, Inglaterra (Produção)
Nível de descrição
Item documental
Dimensão e suporte
Textual, manuscrito, 344 páginas.
27,3 cm X 21,3 cm
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Entidade detentora
História do arquivo
As origens da BHI remontam aos acervos transferidos pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Reino de Portugal (1736-1822) quando da mudança de sede do império português de Lisboa para o Rio de Janeiro em 1808. Neste cenário, centenas de documentos, mapas e livros relativos à política externa do reino de Portugal e suas colônias espalhadas pelo mundo, foram trazidos entre 1808 e 1810. Antônio Peregrino Maciel Monteiro, Barão de Itamaracá (1804-1868), secretário dos estrangeiros no final do período Regencial, criou a Biblioteca da Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil em 1838. Após a transferência do Ministério das Relações Exteriores para Brasília, trasladou-se, em 1971, parte representativa do acervo do Rio de Janeiro para as novas instalações na Capital Federal. Em 1975, esse núcleo passou a constituir a atual Biblioteca Azeredo da Silveira, instalada no Ministério das Relações Exteriores.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Maria Dundas Graham (1785-1842). Escritora, botânica, pintora e viajante britânica. Filha do almirante britânico George Dundas, em 1808 acompanhou o seu pai em sua primeira viagem à Índia a serviço da Companhia Britânica das Índias Orientais. No ano seguinte, casou-se com o capitão da Marinha Real inglesa, Thomas Graham, e juntos fizeram uma nova viagem à Índia, retornando à Inglaterra somente em 1811. Em 1821, a bordo da fragata Doris, comandada pelo seu esposo, veio para a América do Sul, visitando Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro. Enquanto a fragata esteve no porto de Recife, foi hóspede do governador Luiz do Rego Barreto (1777-1840) e testemunhou as primeiras lutas constitucionais e os movimentos políticos insurgentes daquela província. Depois de passar pela Bahia, a autora chegou ao Rio de Janeiro em dezembro de 1821, onde permaneceu até março de 1822, quando a fragata zarpou rumo ao Chile. Em abril do mesmo ano, o seu esposo faleceu, levando Maria a se recolher em Valparaíso, no Chile. Retornou a cidade do Rio de Janeiro em março de 1823 e viveu ali até outubro, nesse período passou a frequentar a corte, onde estabeleceu uma forte amizade com a imperatriz Leopoldina (1797-1826), que duraria até a morte precoce da última. Passou a oferecer os seus serviços como preceptora da princesa D. Maria da Glória (1819-1853), que viria a se tornar Rainha do Reino de Portugal. Antes de assumir a função, partiu para a Inglaterra em busca de material didático, retornando ao Brasil em setembro de 1824, com paradas em Pernambuco e na Bahia, onde enfrentou o bloqueio do porto devido à Confederação do Equador e recebeu a missão de ocupar o cargo de mediadora das negociações entre o governo D. Pedro I (1798-1834) e as lideranças da Confederação do Equador. Assumiu o cargo de preceptora na casa imperial entre 5 de setembro e 10 de outubro de 1824, após o fim dessa breve ligação, optou por não retornar imediatamente à Inglaterra, permanecendo no Rio de Janeiro até setembro de 1825, onde se dedicou à escrita, pintura e herborização. Em setembro de 1825, deixou o Brasil e após retornar à Inglaterra, casou-se novamente em 1827 com o pintor britânico Augustus Wall Callcott. Faleceu em 28 de novembro de 1842, aos 57 anos, de causas desconhecidas. Durante as suas viagens pelo Brasil publicou uma série de livros, com gravuras e pinturas, retratando tanto a composição social do país – o cotidiano das cidades e forte presença de escravizados no meio urbano – quanto os aspectos biológicos relativos à fauna brasileira.
O livro “Diário de uma viagem ao Brasil e de uma estadia nesse país: durante parte dos anos de 1821, 1822 e 1823”, foi originalmente publicado no ano de 1824 por uma editora britânica, localizada na cidade de Londres. A obra, que de acordo com a autora não havia a pretensão de ser publicada, é uma descrição baseada nas percepções pessoais de Maria Graham acerca de movimentos, situações e cenários que compunham a paisagem natural e o cenário sociopolítico e cultural do Império do Brasil durante a primeira metade do século XIX. Considerado como um dos relatos de viajantes mais detalhados acerca do território brasileiro, o livro encontra-se inserido em um momento de remodelação política mundial, nos apresentando uma narrativa responsável pela circulação da cultura material de um país, bem como o interesse econômico do Império britânico pela natureza presente nos territórios dos trópicos.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)
Condiçoes de reprodução
Idioma do material
- inglês
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Documento em suporte de papel
Instrumentos de descrição
Disponível em: https://atom.itamaraty.gov.br/index.php/bhi.
Instrumento de descrição documental
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Nota
Na contracapa encontra-se um adesivo escrito “Da Bibiolteca de J. M. da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco”.
O livro em questão contém vinte gravuras e pinturas retratando aspectos sociais e naturais do Brasil
Contém em anexo uma tabela dos gêneros importados na província do Maranhão entre os anos de 1812 e 1820, uma tabela dos gêneros exportados da Província do Maranhão entre os anos de 1812 e 1821 e três tabelas referentes aos setores de indústria, produção e agricultura da província do Maranhão.
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Janeiro de 2024 a janeiro de 2025
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
FILGUEIRAS, Tarciso de Sousa; PEIXOTO, Ariane Luna. Maria Graham: anotações sobre a flora do Brasil. Brasília: Acta Botânica Brasília, v. 22, n. 4, dez. 2008.
SILVA, Isadora Eckardt da. O viés político e histórico de Maria Graham em Diário de uma viagem ao Brasil. Campinas, SP: Dissertação - UNICAMP, 2009.
SOUZA, Maria de Fátima Medeiros de. Viajar, observar e registrar: coleção e circulação da produção visual de Maria Graham. Brasília: Tese - UnB, 2020.
Nota do arquivista
Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Yan Melo de Almeida (Descritor). Nayara de Sousa Leite (Descritora). Thiago Souza de Mendonça (Coordenador de Revisão). Maiara De Souza Domequis (Revisora). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Luis Henrique Souza de Santos (Pesquisador/Historiador). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês). Fábio Eduardo Gomes (Estagiário em História).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.