Item documental Ofic_405-04-07_1831-10-22_02 - Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior para Francisco Lynch (1795-1840), comandante de matrículas e capitão do Porto de Buenos Aires, datado de 22 de outubro de 1831. Informa a remessa de um requerimento feito por Joaquim de Almeida Ribeiro, a respeito de um escravizado fugido e empregado no escaler da Capitania do Porto de Buenos Aires, pertencente ao proprietário Jozé Maria dos Santos, do Rio de Janeiro.

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Código de referência

BR DFMRE RIO-AHI-SNEIB-FIM-LEG-RecLeg-Bue-Ofic_405-04-07_1831-10-22_02

Título

Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior para Francisco Lynch (1795-1840), comandante de matrículas e capitão do Porto de Buenos Aires, datado de 22 de outubro de 1831. Informa a remessa de um requerimento feito por Joaquim de Almeida Ribeiro, a respeito de um escravizado fugido e empregado no escaler da Capitania do Porto de Buenos Aires, pertencente ao proprietário Jozé Maria dos Santos, do Rio de Janeiro.

Data(s)

  • 22/10/1831 (Produção)
  • Buenos Aires, Argentina (Produção)

Nível de descrição

Item documental

Dimensão e suporte

Textual, manuscrito, 01 página
39, 3 cm x 25 cm

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

História do arquivo

O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Na década de 1820 a Argentina passava por um período de instabilidade política, principalmente com as disputas entre os partidos unitaristas e federalistas, e social na qual a unidade nacional ficou indiscutivelmente quebrada no momento em que parte das províncias argentinas, incluindo Buenos Aires, declararam autonomia. Em 1825 Rivadavia (1780 - 1827) tenta uma tentativa de unificação fracassada visto que a essa altura a Argentina usou boa parte de seu poder bélico em meio a guerra com o Brasil. Em meio aos conflitos externos, as guerras civis se tornaram ainda mais intensas e em 1829 Juan Manuel de Rosas (1793 - 1877), filiado ao Partido Federal, ascendeu como representante político no país. Juan Lavalle (1797–1841), como general argentino e associado ao Partido Unitário, estava totalmente imerso no contexto político da Argentina participando ativamente na Revolução contra a Espanha e na Guerra contra o Brasil. Em 01 de dezembro de 1828 Lavalle tomou o poder em Buenos Aires através de um golpe, mas seu governo ficou condenado quando ele mandou fuzilar o ex-governador da província. Enfrentando levantes por toda província, seu governo durou menos de um ano, sendo exilado por dez anos no Uruguai, em 1839 ele retorna à Argentina e lança uma grande invasão com o intuito de derrubar a ditadura federalista nutrida por Rosas.

Francisco Lynch (1795 –1840), foi um militar argentino que participou ativamente na Guerra de Independência e nas guerras civis de seu país, além de ter contribuído na Guerra do Brasil. Lynch ingressou no exército independentista em 1812 e, no ano seguinte, juntou-se à marinha de guerra organizada por Guillermo Brown para a Campanha Naval de 1814. Ele comandou as forças terrestres na captura da Ilha Martín García em março de 1814. Posteriormente, participou do cerco de Montevidéu e foi encarregado de obter a rendição do capitão Jacinto Romarate após a queda da cidade nas mãos dos patriotas. No final desse mesmo ano, juntou-se ao Exército do Norte e lutou na Batalha de Puesto del Marqués, porém retornou a Buenos Aires devido a doença. Lynch foi nomeado comandante do Corpo de Infantaria Naval de Buenos Aires. Também participou das campanhas contra Santa Fé sob o comando do coronel Matías de Irigoyen. Em 1820, esteve presente na Batalha de Cepeda. Durante os eventos conhecidos como Anarquia do Ano XX, juntou-se ao grupo que apoiava Carlos María de Alvear e lutou contra os diferentes governos de Buenos Aires. Participou da derrota em San Nicolás de los Arroyos e fugiu para Montevidéu. Retornou no início do ano seguinte e prestou serviços em Carmen de Patagones. Em 1824, foi nomeado capitão do porto de Buenos Aires e, no ano seguinte, assumiu novamente o comando das tropas embarcadas na frota de Brown para a Guerra do Brasil. Participou do Combate de Los Pozos, da Batalha de Juncal e do assalto a Colônia. Posteriormente, voltou ao comando do porto de Buenos Aires até ser substituído por ordem do governador Manuel Dorrego. Ele se opôs fracamente à revolução de Juan Lavalle contra Dorrego e permaneceu em posições secundárias até o final do primeiro governo de Juan Manuel de Rosas. Lynch juntou-se ao grupo federal anti-rosista e apoiou Balcarce em sua resistência infrutífera contra a Revolução dos Restauradores em 1833. Por esse motivo, foi dispensado por ordem de Rosas em 1835. Em 1839, foi implicado na fracassada revolução de Ramón Maza e foi atacado pelas forças da Mazorca, a polícia política do regime de Rosas. No ano seguinte, quando Lavalle preparava sua invasão a Buenos Aires, decidiu fugir para Montevidéu com outras pessoas. Contratou um barqueiro para levá-lo do outro lado do rio à noite, mas foi traído pelo guia local. Os membros da Mazorca que estavam nas proximidades foram alertados e atacaram o grupo. Todos os membros da comitiva foram mortos, exceto José María Salvadores, um funcionário dos correios que se escondeu por 12 anos em sua casa para evitar perseguição. A novela "Amalia", de José Mármol, uma das obras fundadoras do romantismo na Argentina, começa com a narrativa fictícia da tentativa de fuga e do assassinato de Lynch e seus companheiros.

Avaliação, selecção e eliminação

A documentação do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889), encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Condiçoes de reprodução

Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Documento em suporte de papel

Instrumentos de descrição

Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-br/chdd/arquivos-chdd/pesquisa/catalogoahi_1822_1889.pdf

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

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Zona das notas

Nota

Documento em bom estado de conservação.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Janeiro de 2024 a janeiro de 2025

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Relatório, 1831: Relatório da Repartição dos Negócios Estrangeiros apresentado à Assembleia Geral Legislativa na sessão ordinária de 1831. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929.

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.

CUTOLO, Vicente, Nuevo diccionario biográfico argentino, 7º vol, Buenos Aires: Ed. Elche, 1968-1985.

DI TELLA, Torcuato S. História social da Argentina contemporânea. 2. ed. rev. Brasília: FUNAG, 2017. 424 p. Coleção Relações Internacionais. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/historia_social_da_argentina_contemporanea.pdf. Acesso em: 29 fev. 2024.

GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.

Nota do arquivista

Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Gabriel Michylles dos Santos (Descritor). Juliana Batista (Descritora). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Éden Pimentel Coutinho (Revisor). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Fátima Cristina Gonçalves (Pesquisadora). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.

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