Item documental Rela_417-3-2_1870-05-30 - Relatório do tesoureiro João Henrique Ulrich (s.d.) apresenta relação das pessoas que subscreveram para solenizar em Lisboa as vitórias alcançadas pelo exército brasileiro na Guerra do Paraguai. Constam 65 nomes que contribuíram com diferentes valores para tal fim. Também detalha a conta da receita e despesa a cargo da comissão que foi encarregada de solenizar em Lisboa as vitórias do exército brasileiro na Guerra do Paraguai, sendo a receita oriunda, principalmente, de contribuições clérigas.

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Código de referência

BR DFMRE RIO-AHI-SNEIB-MEIO-ORG-Rel-Rela_417-3-2_1870-05-30

Título

Relatório do tesoureiro João Henrique Ulrich (s.d.) apresenta relação das pessoas que subscreveram para solenizar em Lisboa as vitórias alcançadas pelo exército brasileiro na Guerra do Paraguai. Constam 65 nomes que contribuíram com diferentes valores para tal fim. Também detalha a conta da receita e despesa a cargo da comissão que foi encarregada de solenizar em Lisboa as vitórias do exército brasileiro na Guerra do Paraguai, sendo a receita oriunda, principalmente, de contribuições clérigas.

Data(s)

  • 30/05/1870 (Produção)
  • Lisboa, Portugal (Produção)

Nível de descrição

Item documental

Dimensão e suporte

Texto impresso, 03 páginas
27,5 cm x 21,5 cm

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

História do arquivo

O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

A Guerra do Paraguai (1864 - 1870) foi um conflito entre Brasil, Argentina, Uruguai e o Paraguai, países localizados na América do Sul. A guerra pertence ao contexto de consolidação dos estados nacionais latinoamericanos que se formaram ao longo do século XIX, com a crescente tensão entre o império brasileiro e as repúblicas argentina, uruguaia e paraguaia. Por se tratar de um episódio histórico de grande importância, a Guerra do Paraguai tem sido fruto de constantes revisões historiográficas.
Em termos gerais, a narrativa histórica tradicional, sob a perspectiva brasileira, toma como início da guerra a invasão do Mato Grosso pelo presidente do Paraguai Francisco Solano López (1827 - 1870). Por sua vez, os paraguaios justificam seu movimento em virtude de restrições da livre navegação dos rios que deságuam no Atlântico e da intervenção brasileira na sucessão presidencial uruguaia, pondo fim ao governo de Atanásio Aguirre (1801 - 1875).
O desenrolar da guerra contou com a assinatura do Tratado da Tríplice Aliança, que selou um acordo de participação na guerra do Império do Brasil e as Repúblicas da Argentina e Uruguai. Dentre os argumentos para a formação dessa aliança, estava a rejeição às iniciativas consideradas excessivamente militaristas do Paraguai, e a necessidade de libertar o povo paraguaio da ditadura de Solano López.
Ao longo da construção da história do conflito, Solano López foi caracterizado como um tirano que sacrificou seu povo à revelia do bem-estar paraguaio mesmo quando a guerra se encaminhava para o fim. Em paralelo, o Brasil foi pintado como principal mantenedor das campanhas militares, com maior comprometimento estatal, inclusive com a presença dos Voluntários da Pátria com a promessa de liberdade a escravizados. Ainda, são creditados ao Brasil sucessivos horrores cometidos contra a população civil paraguaia nos momentos derradeiros da guerra, quando da ausência de soldados treinados e da utilização de crianças nas frentes de batalha.
Os resultados da guerra foram distintos para os países envolvidos. O Paraguai ficou destruído pelo conflito, perdendo territórios sobretudo para a Argentina e tendo a maior parte de sua população masculina dizimada. Tanto Argentina quanto Uruguai tiveram um vivo incremento comercial por serem importantes entrepostos para abastecimento de víveres e manutenção de comunicações que circulavam pela Bacia do Rio da Prata, além de experimentarem maior maturidade militar com o treinamento e organização de suas tropas. Já para o Brasil, o resultado foi paradoxal: ao mesmo tempo que fortaleceu a imagem da monarquia em virtude da vitória contra o Paraguai, desgastou-a, pelo aumento de importância de setores do Exército na política nacional, com pleitos de maiores direitos frente às classes políticas tradicionais e pelas críticas enfrentadas especialmente no tema da escravidão, de onde advinham grande parte de seus soldados.

Avaliação, selecção e eliminação

A documentação do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889) encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Condiçoes de reprodução

Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Documento em suporte de papel

Instrumentos de descrição

Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-br/chdd/arquivos-chdd/pesquisa/catalogoahi_1822_1889.pdf

Instrumento de descrição documental

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Nota

Documento em bom estado de conservação.

Nota

Impresso na Lallemant Frères, tipografia de Lisboa.

Nota

Menciona o Reverendo Padre Fernando Thomaz de Brito e pelas administrações do Jornal do Commercio, Diario Popular e Diário de Noticias.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Janeiro de 2024 a janeiro de 2025

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.
GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.
SALLES, Ricardo. Guerra do Paraguai: escravidão e cidadania na formação do exército. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990
DORATIOTO, Francisco Fernando Monteoliva. Maldita Guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.

Nota do arquivista

Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Gabriel Michylles dos Santos (Descritor). Juliana Batista (Descritora). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Éden Pimentel Coutinho (Revisor). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Fátima Cristina Gonçalves (Pesquisadora). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.

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