Item documental Cart _312-3-30_S-d_02 - Carta original assinada por Dom Pedro I (1798-1834) e endereçada para Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, Primeiro Visconde do Reguengo e Primeiro Conde de Avilez (1785-1845), o convidando a apresentar-se em São Cristóvão, para de lá seguirem para caçar em Santa Cruz, solicita que Tavares providencie espingarda e pólvora.

Open original Objeto digital

Zona de identificação

Código de referência

BR DFMRE RIO-AHI-SNEIB-FIM-ROPFJ-Prov-Cor-Cart _312-3-30_S-d_02

Título

Carta original assinada por Dom Pedro I (1798-1834) e endereçada para Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, Primeiro Visconde do Reguengo e Primeiro Conde de Avilez (1785-1845), o convidando a apresentar-se em São Cristóvão, para de lá seguirem para caçar em Santa Cruz, solicita que Tavares providencie espingarda e pólvora.

Data(s)

  • [S.d.] (Produção)
  • Rio de Janeiro, Brasil (Produção)

Nível de descrição

Item documental

Dimensão e suporte

Textual, manuscrito, 02 páginas.
25 cm x 19,5 cm

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

História do arquivo

O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Jorge de Avilez Zuzarte de Sousa Tavares, primeiro Visconde do Reguengo e primeiro Conde de Avilez (1785 - 1845), iniciou sua carreira no exército como cadete e foi nomeado Coronel do Regimento de Milícias do Crato em 24 de junho de 1804. Em 1807, assumiu também o cargo de Superintendente das Coudelarias de Portalegre, sucedendo ao seu pai nessa função. Em 1809, foi promovido a Tenente-Coronel. Em 1816, alcançou o posto de Brigadeiro, e em 1817, em meio à formação da Divisão de Voluntários do Príncipe, enviada ao Brasil para auxiliar na conquista de Montevidéu, foi nomeado Marechal de Campo. Em 1818, tornou-se Governador de Montevidéu, destacando-se na campanha na Banda Oriental do Uruguai, especialmente na batalha de Paço de Arenas, em setembro de 1819. Em 1821, ainda no Brasil, foi promovido a Tenente-General e nomeado Governador das Armas da Corte e Província do Rio de Janeiro, onde enfrentou tumultos decorrentes da partida do rei e da corte para Lisboa. Em 5 de julho de 1821, enquanto liderava as tropas portuguesas no Rio, dirigiu um ultimato ao príncipe D. Pedro, exigindo que jurasse as bases da Constituição, demitisse o conde dos Arcos e nomeasse uma junta governativa. Mais tarde, em outubro, exigiu novamente que D. Pedro anunciasse publicamente sua adesão às decisões das Cortes reunidas em Lisboa. D. Pedro acatou novamente, mas em janeiro de 1822 declarou publicamente sua decisão de permanecer no Brasil, marcando o "dia do Fico". Jorge de Avilez renunciou ao governo das armas e recuou para a Praia Grande, temendo um ataque das tropas brasileiras. A divisão portuguesa embarcou em fevereiro, chegando a Lisboa em maio. De volta a Portugal, foi eleito deputado em 1822. Em 1823, foi nomeado pelas Cortes como comandante-em-chefe do Exército para enfrentar as movimentações do Infante D. Miguel. No entanto, não conseguiu evitar o golpe de estado que restaurou o regime absolutista, sendo preso no Castelo de São Jorge e posteriormente transferido para a Torre de Belém. Foi julgado, destituído de seu posto de tenente-general e condenado a um ano de prisão em Castelo de Vide. Em junho de 1827, durante a regência da Infanta D. Isabel Maria, foi absolvido e reconduzido ao seu posto. Com o retorno de D. Miguel, Avilez pediu licença para ir para Portalegre, mas foi novamente preso em junho de 1828 e enviado para São Julião da Barra. Em 1832, foi transferido para Almeida e depois para Bragança, de onde conseguiu fugir para a Espanha. Enquanto isso, sua esposa foi presa na Torre de Belém, no Limoeiro e no Aljube, mas o corpo diplomático em Lisboa exigiu sua libertação, que foi concedida. Após reconciliação com D. Pedro ao fim da guerra civil, Avilez foi nomeado governador militar da Corte e província da Estremadura, sendo promovido a tenente-general efetivo. Com a reorganização do exército, comandou a 1ª divisão militar e, posteriormente, a 7ª, por motivos políticos. Em 1835, foi nomeado Par do reino e recebeu o título de Visconde do Reguengo. Em 1836, aderiu ao Setembrismo e foi nomeado senador de acordo com a Constituição de 1838. Em abril de 1838, recebeu o título de Conde de Avilez.

Avaliação, selecção e eliminação

A documentação do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889), encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Condiçoes de reprodução

Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Documento em suporte de papel envernizado e timbrado pelo Arquivo Histórico do Itamaraty. Inclui marca d’água.

Instrumentos de descrição

Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-br/chdd/arquivos-chdd/pesquisa/catalogoahi_1822_1889.pdf

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Nota

Documento em estado regular de conservação.

Nota

O documento passou por restauração e foi envernizado.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Janeiro de 2024 a janeiro de 2025

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.
GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.
LACERDA, F. S. Machado de. O Tenente-general Conde de Avilez (1785-1845), 2º vols., Lisboa: Editora Gaia,1931.

Nota do arquivista

Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Gabriel Michylles dos Santos (Descritor). Juliana Batista (Descritora). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Éden Pimentel Coutinho (Revisor). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Fátima Cristina Gonçalves (Pesquisadora). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.

Objeto digital (Matriz) zona de direitos

Objeto digital (Referência) zona de direitos

Objeto digital (Ícone) zona de direitos

Zona da incorporação

Assuntos relacionados

Pessoas e organizações relacionadas

Géneros relacionados

Locais relacionados