Item documental Ico_GA23 - Dom Pedro I (1798-1834) ao centro com diferentes perspectivas de locais no rio de janeiro em volta, com representações na extremidade superior a esquerda da princesa D. Januária (1822-1901), extremidade superior a direita D. Francisca (1824-1898) e acima de D. Pedro, D. Pedro II (1825-1891) [Gravura]

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Cote

BR DFMRE RIO-MHI-SNEIB-PS-Ico_GA23

Titre

Dom Pedro I (1798-1834) ao centro com diferentes perspectivas de locais no rio de janeiro em volta, com representações na extremidade superior a esquerda da princesa D. Januária (1822-1901), extremidade superior a direita D. Francisca (1824-1898) e acima de D. Pedro, D. Pedro II (1825-1891) [Gravura]

Date(s)

  • Londres, Inglaterra (Création/Production)

Niveau de description

Item documental

Étendue matérielle et support

74,5 cm x 55,2 cm

Zone du contexte

Nom du producteur

Notice biographique

Nom du producteur

Notice biographique

Histoire archivistique

As origens da Mapoteca do Itamaraty se encontram no governo do presidente Hermes da Fonseca (1855-1923), tendo Lauro Müller (1863-1926), como chanceler. Por meio do Decreto nº 10.662 de 31/12/1913, que reorganiza a gestão do Itamaraty, criando uma unidade específica para gestão de documentos cartográficos.

O acervo da mapoteca tem suas origens com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Na Regência, com a atuação de diplomatas como Duarte da Ponte Ribeiro (1795-1878) e José Maria do Amaral (1812-1885) novos itens foram inseridos na coleção. Durante o II Reinado e República Velha houve acréscimos originados das representações brasileiras em várias partes do mundo.

Source immédiate d'acquisition ou de transfert

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zone du contenu et de la structure

Portée et contenu

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (1798-1834), D. Pedro I, nasceu no Palácio de Queluz, Lisboa, Portugal. Era o segundo filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina, tornou-se herdeiro do trono português em 1801, com a morte do primogênito, D. Antônio de Bragança. Foi o primeiro Imperador do Brasil (1822-1831), e Rei de Portugal com o título de D. Pedro IV (1826-1834). Casou-se por procuração, em 1817, com D. Maria Leopoldina, filha do Imperador austríaco Francisco I, resultado de um acordo de Portugal com a casa de Habsburgo, num cenário de rearranjo político europeu após a derrota de Napoleão em 1815. Compôs peças musicais, dentre as quais o Hino da Independência do Brasil e o Hino da Carta, considerado até o início do século XX, o hino nacional português. Com a morte de Leopoldina, em 1826, casou-se com D. Amélia Augusta Eugênia Napoleona von Leuchtenberg, Duquesa da família real da Bavária, em 1829, cujo contrato de matrimônio exigia o fim do relacionamento com Domitila de Castro. Teve atuação destacada na política após a Revolução Constitucionalista, que eclodiu em Portugal em 1820, e a convocação das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas com o objetivo de elaborar uma constituição para o império luso e seus domínios ultramarinos. Com a partida de D. João VI para Portugal, em 25 de abril de 1821, convocado pelas Cortes Gerais, assumiu o governo como príncipe regente. Conduziu o processo que culminou com a Independência brasileira, em 7 de setembro de 1822, defendendo os interesses dos diversos grupos que o apoiavam. Foi aclamado o primeiro imperador constitucional do Brasil, e outorgou a primeira Constituição brasileira, em 25 de março de 1824.

Januária Maria Joana Carlota Leopoldina Cândida Francisca Xavier de Paula Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança (1822-1901), Princesa Januária de Bragança, condessa d’Aquila, segunda filha do Imperador Dom Pedro I e Maria Leopoldina, casou-se com Luís Carlos María José, conde d’Áquila, após a renúncia do Imperador Dom Pedro I foi cogitada a se tornar regente do Brasil devido a menoridade de Dom Pedro II.

Francisca Carolina Joana Carlota Leopoldina Romana Xavier de Paula Micaela Rafaela Gabriela Gonzaga de Bragança (1824-1898), princesa Francisca de Bragança, Joinville, Orléans e França, quarta filha do Imperador Dom Pedro I , Casou-se com o príncipe Francisco de Orléans, residiu na França onde obteve o apelido de “La Belle Françoise“.

Évaluation, élimination et calendrier de conservation

A documentação da Mapoteca Histórica do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Accroissements

Mode de classement

O acervo da Mapoteca Histórica está divido em (3) três fundos documentais: Secretaria de Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal (1736 – 1822); Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889); e Ministério das Relações Exteriores (1889 – 1990). Tais fundos estão subdivididos em séries, como: Eventos e Personalidades e o Grupo Múndi, incluindo documentação cartográfica, correspondente à Mapas, Atlas, Cartas, Cartas náuticas, Planos, Plantas e etc, e documentação iconográfica, referente à Fotografias, Gravuras, Álbuns e etc.

Zone des conditions d'accès et d'utilisation

Conditions d’accès

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Conditions de reproduction

Os documentos cartográficos e iconográficos podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprio.

Langue des documents

  • portugais

Écriture des documents

Notes de langue et graphie

Caractéristiques matérielle et contraintes techniques

Gravura em preto e branco.

Instruments de recherche

Zone des sources complémentaires

Existence et lieu de conservation des originaux

Existence et lieu de conservation des copies

Unités de description associées

Descriptions associées

Zone des notes

Note

Documento em bom estado de conservação. Retratos de integrantes da família real adornados a ouro ao redor.

Note

A gravura de "D. Pedro I ao centro, com diferentes perspectivas de locais do Rio de Janeiro em volta" exibe em sua base, do lado direito de quem olha, a informação de que foi publicada em Londres por John James Stnoz, mas apresenta uma singularidade: reproduz integralmente, no meio da obra, outra litografia, de autoria de Charles Legrand.

A litografia de Legrand é acessível na Biblioteca Nacional de Portugal [1] e compõe-se de duas partes: acima, retrato intitulado "D. Pedro" e, abaixo, uma cena seguida dos dizeres "Com palavras mais duras que elegantes/ Glória bradou, e liberdade, e pátria". A cena, conforme esclarecimento do Dicionário de iconografia portuguesa, representa o "desembarque em Arnosa de Pampolido" [2], ou seja, desembarque de D. Pedro e das tropas liberais no Mindelo (em 1832). Em um dos lados da imagem de D. Pedro figura a assinatura de Charles Legrand e, do outro, a informação "Litografia de Manuel Luís, Rua Nova dos Mártires n° 12", em Lisboa [3].

Ao redor da litografia em duas partes de Legrand, a gravura publicada por John James Stnoz exibe uma série de desenhos representativos de lugares (por exemplo, Botafogo, Glória) e construções do Rio de Janeiro (p. ex;, Igreja da Candelária, Largo do Paço, Aqueduto, Quinta de São Cristóvão), assim como retratos de D. Pedro II jovem e das princesas D. Januária e D. Francisca.

A inscrição na gravura não esclarece se, além de publicá-la, Stnoz a criou, ou seja, se concebeu o conjunto e desenhou as imagens que circundam a litografia de Legrand. Há absoluta carência de informações sobre Stnoz. Na base da gravura, do lado esquerdo de quem olha, aparece o registro da casa litográfica responsável pela publicação, "Day & Haghe", que foi formada, cerca de 1830, pela associação entre o litógrafo britânico William Day e o belga Louis Haghe, recebeu, em 1837/1838, o patrocínio da realeza britânica e passou, a partir de 1845, a ser conhecida como "Day & Son" [4]. Uma vez que a inscrição na gravura se refere a Day e Haghe como "litógrafos da Rainha", pode-se presumir que sua impressão data do período entre 1837/1838 e 1845.

Diferentemente de Stnoz, existe boa disponibilidade de fontes de informação sobre a obra de Charles Legrand, de nacionalidade francesa, ainda que sejam escassos os dados biográficos do artista. Constitui referência particularmente útil o estudo A ilustração nas publicações periódicas portuguesas (1820-1850), de João Carlos de Vilhena e César Mesquita [5]. O trabalho arrola dezenas de obras de Legrand, que incluem estampas tanto de personalidades quanto de paisagens, e destaca sua "técnica apurada" e "refinada sensibilidade". Entre as paisagens retratadas por Legrand, há exemplos de cenários não só portugueses, mas também brasileiros, como a Basílica da Estrela, em Lisboa [6], e "uma vista do rio Doce, no Brasil" [7].

Embora ressalvem não ter sido possível "obter dados biográficos" de Legrand que permitissem "descrever seu trajeto até Portugal", Vilhena e Mesquita fornecem algumas informações biográficas de interesse, como as relativas à produção litográfica do artista para periódicos de Lisboa ("O beija-flor", "O mosaico", "Universo pitoresco", "Museu pitoresco", "Jornal Militar) e sua colaboração com duas casas litográficas de Madri, J. Donon, entre 1851 e 1854, e J. J. Martinaz.

LEGRAND, C. D. Pedro. [S.l. : s.n., entre 1839 e 1847]. 1 gravura. Disponível em: https://purl.pt/5425. Acesso em: 28 mar. 2023.

SOARES, Ernesto; LIMA, Henrique de Campos Ferreira. Dicionário de iconografia portuguesa (Retratos de portugueses e de estrangeiros em relações com Portugal), 3° volume. Lisboa: Instituo para a Alta Cultura, 1950, p. 138.

COSTA ,Manuel Luís da. D. Pedro. [entre 1839 e 1847]. 1 gravura. Disponível em: https://bdlb.bn.gov.br/acervo/handle/20.500.12156.3/4512. Acesso em: 28 mar. 2023

VILHENA, João Carlos de; MESQUITA, César. A ilustração nas publicações periódicas portuguesas. Dissertação (Mestrado em História da Arte) - Universidade do Porto, Porto, 1997.

A gravura da Basílica da Estrela e uma lista de outros "edifícios monumentais portugueses" retratados por Legrand encontram-se no estudo intitulado Karl Albrecht Haupt (1852-1932) e o "desenho de viagem". BELCHIOR,Lucília dos Santos. O registo dos monumentos nacionais: compreensão arquitectónica e fruição estética. Tese (Doutorado em História) - Faculdade de Letras, Universidade de Lisboa, Lisboa, 2010.

LEGRAND, C. Uma vista do rio Doce. 1850. 1 gravura. Disponível em: https://purl.pt/12545. Acesso em: 29 mar. 2023.

[1] Endereço eletrônico https://purl.pt/5425.

[2]Soares, Ernesto; e Lima, Henrique de Campos Ferreira. Dicionário de iconografia portuguesa (Retratos de portugueses e de estrangeiros em relações com Portugal), 3º volume. Lisboa: Instituto para a Alta Cultura, 1950, p. 138 [entrada com identificação Q3].

[3] A "Litographia de Manuel Luiz" ou "Litographia de Manuel Luiz da Costa" passou, em cerca de 1850, a tornar-se casa litográfica da firma "Lopes & Bastos". A gravura de Charles Legrand encontra-se entre as elencadas na Biblioteca Digital Luso-Brasileira, na série de "Navegação por autor 'Litografia de Manuel Luís da Costa", disponível em https://bdlb.bn.gov.br/acervo/browse?order=ASC&rpp=20&sort_by=-1&value=Litografia+de+Manuel+Lu%C3%ADs+da+Costa&etal=-1&offset=40&type=author.

[4] A propósito, vale consulta ao artigo "A Litographic House: Day & Son", de Kathy Kajander Tidman (in https://atlantic-cable.com/Article/GreatEastern/Documents/Day.htm) e ao texto "The Cotman Collection - Day & Haghe" (https://cotmania.org/constituents/12596?qidx=prod_cotmania&p=0&p=0&fR%5Bpeople%5D%5B0%5D=Day+%26+Haghe&is_v=1).

[5] Vilhena, João Carlos de; e Mesquita, César. A ilustração nas publicações periódicas portuguesas (1820-1850). Dissertação de Mestrado em História da Arte. Porto: Universidade do Porto/Faculdade das Letras, 1997, pp. 109-110.

[6] A gravura da Basílica da Estrela e uma lista de outros "edifícios monumentais portugueses" retratados por Legrand encontram-se no estudo intitulado Karl Albrecht Haupt (1852-1932) e o"desenho de viagem" - O registo dos monumentos nacionais: compreensão arquitectónica fruição estética, de Lucília dos Santos Belchior. Tese de Doutoramento em História. Lisboa: Universidade de Lisboa/Faculdade de Letras/Departamento de História, p. 119.

[7] Disponível na Biblioteca Nacional de Portugal, endereço https://purl.pt/12545.

Identifiant(s) alternatif(s)

Mots-clés

Mots-clés - Sujets

Mots-clés - Lieux

Mots-clés - Noms

Mots-clés - Genre

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Identifiant de la description

Identifiant du service d'archives

Règles et/ou conventions utilisées

Statut

Niveau de détail

Dates de production, de révision, de suppression

Julho - novembro de 2022.

Langue(s)

Écriture(s)

Sources

ARQUIVO NACIONAL. Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, d. Pedro I. Rio de Janeiro: Memória Da Administração Pública Brasileira, 2016. Disponível em:http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/395-pedro-de-alcantara-francisco-antonio-joao-carlos-xavier-de-paula-miguel-gabriel-rafael-joaquim-jose-gonzaga-pascoal-cipriano-serafim-de-braganca-e-bourbon-d-pedro-i. Acesso em: 15 ago. 2022.

NOGUEIRA, André. Tentaram Colocar no Poder: Januária de Bragança, a filha não tão conhecida de Dom Pedro. Aventuras na História, 2020. Disponível em: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/tentaram-colocar-no-poder-januaria-de-braganca-a-filha-nao-tao-conhecida-de-dom-pedro-i.phtm . Acesso em: 05 de setembro de 2022.

GEARINI, Victória. A saga de Francisca de Bragança, a princesa ofuscada da família imperial brasileira. Aventuras na História, 2020. Disponível em: < https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/francisca-de-braganca-a-princesa-esquecida-familia-real-brasileira.phtml> . Acesso em: 05 de setembro de 2022.

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização; Brasília: FUNAG, 2013.

GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.

Note de l'archiviste

Equipe da prestadora Cassis Ged e serviços diversos LTDA ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Catarine Villa Verde e Djalma P. Bernardes (Bibliotecários/Descritores), Jefferson Nascimento Albino (Historiador/descritor), Jéssica Almeida Alves (Fotógrafa), Marina Caldas da Rocha Ferreira (Tradutora), Rafael Martins de Moura (Arquivista), Susana Priscila Cerqueira Santos (Conservadora-Restauradora).

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