Item documental Ico_INV14782 - Estatua de D. Pedro I (1798-1834), na Praça Tiradentes no Rio de Janeiro. [Fotografia]

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Código de referência

BR DFMRE RIO-MHI-SNEIB-PS-Ico_INV14782

Título

Estatua de D. Pedro I (1798-1834), na Praça Tiradentes no Rio de Janeiro. [Fotografia]

Data(s)

  • Rio de Janeiro, Brasil (Produção)

Nível de descrição

Item documental

Dimensão e suporte

9 cm x 5,6 cm

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

História do arquivo

As origens da Mapoteca do Itamaraty se encontram no governo do presidente Hermes da Fonseca (1855-1923), tendo Lauro Müller (1863-1926), como chanceler. Por meio do Decreto nº 10.662 de 31/12/1913, que reorganiza a gestão do Itamaraty, criando uma unidade específica para gestão de documentos cartográficos.

O acervo da mapoteca tem suas origens com a vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Na Regência, com a atuação de diplomatas como Duarte da Ponte Ribeiro (1795-1878) e José Maria do Amaral (1812-1885) novos itens foram inseridos na coleção. Durante o II Reinado e República Velha houve acréscimos originados das representações brasileiras em várias partes do mundo.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Marc Ferrez (1843-1923), fotógrafo brasileiro, um dos pioneiros da fotografia no brasil, responsável por importantíssimos registros fotográficos do Brasil Império, atuou como fotógrafo da marinha imperial, fotógrafo da comissão geológica e geográfica do império, registrou fotograficamente a construção de obras públicas, percorreu norte e nordeste do Brasil registrando tribos indígenas, tornou-se sócio do cinema Pathé, sendo a 3º sala de cinema no Rio de Janeiro.

Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon (1798-1834), D. Pedro I, nasceu no Palácio de Queluz, Lisboa, Portugal. Era o segundo filho de D. João VI e D. Carlota Joaquina, tornou-se herdeiro do trono português em 1801, com a morte do primogênito, D. Antônio de Bragança. Foi o primeiro Imperador do Brasil (1822-1831), e Rei de Portugal com o título de D. Pedro IV (1826-1834). Casou-se por procuração, em 1817, com D. Maria Leopoldina, filha do Imperador austríaco Francisco I, resultado de um acordo de Portugal com a casa de Habsburgo, num cenário de rearranjo político europeu após a derrota de Napoleão em 1815. Compôs peças musicais, dentre as quais o Hino da Independência do Brasil e o Hino da Carta, considerado até o início do século XX, o hino nacional português. Com a morte de Leopoldina, em 1826, casou-se com D. Amélia Augusta Eugênia Napoleona von Leuchtenberg, Duquesa da família real da Bavária, em 1829, cujo contrato de matrimônio exigia o fim do relacionamento com Domitila de Castro. Teve atuação destacada na política após a Revolução Constitucionalista, que eclodiu em Portugal em 1820, e a convocação das Cortes Gerais e Extraordinárias da Nação Portuguesa, instaladas com o objetivo de elaborar uma constituição para o império luso e seus domínios ultramarinos. Com a partida de D. João VI para Portugal, em 25 de abril de 1821, convocado pelas Cortes Gerais, assumiu o governo como príncipe regente. Conduziu o processo que culminou com a Independência brasileira, em 7 de setembro de 1822, defendendo os interesses dos diversos grupos que o apoiavam. Foi aclamado o primeiro imperador constitucional do Brasil, e outorgou a primeira Constituição brasileira, em 25 de março de 1824.

Avaliação, selecção e eliminação

A documentação da Mapoteca Histórica do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

O acervo da Mapoteca Histórica está divido em (3) três fundos documentais: Secretaria de Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal (1736 – 1822); Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889); e Ministério das Relações Exteriores (1889 – 1990). Tais fundos estão subdivididos em séries, como: Eventos e Personalidades e o Grupo Múndi, incluindo documentação cartográfica, correspondente à Mapas, Atlas, Cartas, Cartas náuticas, Planos, Plantas e etc, e documentação iconográfica, referente à Fotografias, Gravuras, Álbuns e etc.

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Condiçoes de reprodução

Os documentos cartográficos e iconográficos podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprio.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Fotografia em preto e branco.

Instrumentos de descrição

Instrumento de descrição documental

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

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Zona das notas

Nota

Documento em bom estado de conservação.

Nota

Marc Ferrez nasceu no Rio de Janeiro em 1843, filho de franceses [1], e faleceu na mesma cidade em 1923. É considerado por especialistas "indubitavelmente o maior fotógrafo brasileiro do século XIX e cuja produção é considerada a melhor de toda a América Latina" (...), "saudado em todas as publicações , nacionais e internacionais, como um dos maiores fotógrafos de seu tempo, comparado com os grandes mestres da fotografia da Europa e dos Estados Unidos" [2]; autor do trabalho "mais notável do período", em carreira que se estendeu "por mais de cinquenta anos" [3]; "principal fotógrafo brasileiro do século XIX, dono de uma obra que se equipara à dos maiores nomes da fotografia em todo o mundo" [4].

Ferrez aprendeu fotografia com Franz Keller, alemão, que dirigia a "Officina Photographica G. Leuzinger" (fundada no Rio de Janeiro pelo suíço George Leuzinger), "e, em 1865, aos vinte e um anos, estabeleceu-se por conta própria na Rua São José. Em pouco tempo tornava-se um dos mais requisitados fotógrafos do Rio de Janeiro" [5].

Marc Ferrez foi "mais conhecido do grande público por suas paisagens" [6], mas produziu também retratos de excepcional qualidade, muito populares, entre os quais as "fotografias duplas, ou dípticos, de negras da Bahia e de índios" [7].

O fotógrafo destacou-se como "um dos poucos profissionais que assumidamente dedicou-se ao registro da paisagem brasileira e, graças à oportunidade de participar da expedição da Comissão Geológica do Império", "teve a oportunidade de registrar quase todos os estados brasileiros" [8].

A inventividade é outra marca de Ferrez, "sempre sintonizado com os avanços tecnológicos" [9]. As suas "fotografias panorâmicas do Rio de Janeiro e arredores" foram feitas com "câmeras especiais em negativos de grande formato, técnica praticada por poucos fotógrafos do mundo" [10]. Ferrez "também aperfeiçoou um sofisticado sistema com o qual podia fotografar embarcações em qualquer situação, o que lhe valeu o título, único no Brasil, de 'Photographo da Marinha Imperial"' [11]. É citado como "pioneiro da fotografia em cores no Brasil" e produtor "de diversos filmes, entre eles Nhô Anastácio chegou de viagem, considerada a primeira comédia cinematográfica brasileira" [12].

A fotografia feita por Marc Ferrez de estátua equestre de D. Pedro I, pertencente à Mapoteca do Itamaraty (Rio de Janeiro), constitui imagem da "primeira escultura pública do Brasil", trabalho do escultor francês Louis Rochet, "inaugurada na Praça da Constituição, atual Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro, em 30 de março de 1862" [13].

INSTITUTO MOREIRA SALLES. Marc Ferrez. Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://ims.com.br/2017/08/28/sobre-marc-ferrez. Acesso em: 5 set. 2022.

COLEÇÃO MARC FERREZ. Rio de Janeiro: Instituto Moreira Salles. Disponível em: https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez. Acesso em: 25 jan. 2023.

Fernandes Junior, Rubens. O século XIX na fotografia brasileira. In: Fernandes Junior, Rubens; Lago, Pedro Corrêa do. O século XIX na fotografia brasileira: Coleção Pedro Corrêa do Lago. Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP: Francisco Alves e Fundação Armando Álvares Penteado, 2000, p. 25 e 27. Disponível em: https://enciclopedia.itaucultural.org.br/evento262263/o-seculo-xix-na-fotografia-brasileira-colecao-pedro-correa-do-lago. Acesso em: 25 jan. 2023.

[1] De acordo com informações do Instituto Moreira Salles, era filho de Alexandrine Caroline Chevalier e Zeferino Ferrez, que chegou, “com seu irmão Marc" (portanto, tio homônimo do fotógrafo), ao Rio de Janeiro em 1817. Ambos chegaram “por conta própria, mas vinculados à Missão Artística Francesa”. Zeferino, entre outras atividades, “atuou como gravador de medalhas e professor de gravura em metal na Academia de Belas Artes”. In https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez.

[2] Fernandes Junior, Rubens. “O século XIX na fotografia brasileira”. In Fernandes Junior, Rubens; e Lago, Pedro Corrêa do. O século XIX na fotografia brasileira: Coleção Pedro Corrêa do Lago. Rio de Janeiro/RJ e São Paulo/SP: Francisco Alves e Fundação Armando Álvares Penteado, 2000, pp. 25 e 27.

[3] Lago, Pedro Corrêa do. “Uma coleção de fotografia”. In O século XIX na fotografia brasileira: Coleção Pedro Corrêa do Lago, p. 12.

[4] Fonte: Instituto Moreira Salles. In https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez.

[5] Ferrnandes Junior, Rubens. Op, cit., p. 27.

[6] In https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez.

[7] Fernandes Junior, Rubens. Op. cit., p. 48.

[8] Fernandes Junior, Rubens. Op. cit., p. 25..

[9] Ibidem, p. 27.

[10] In https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez.

[11] Fernandes Junior, Rubens. Op. cit., p. 27.

[12] In https://ims.com.br/titular-colecao/marc-ferrez.

[13] Fonte de informação sobre a estátua: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=7629.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Julho - novembro de 2022.

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

ARQUIVO NACIONAL (Brasil). Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, d. Pedro I. Rio de Janeiro: Memória Da Administração Pública Brasileira, 19 dez. 2016. Disponível em:http://mapa.an.gov.br/index.php/publicacoes2/70-biografias/395-pedro-de-alcantara-francisco-antonio-joao-carlos-xavier-de-paula-miguel-gabriel-rafael-joaquim-jose-gonzaga-pascoal-cipriano-serafim-de-braganca-e-bourbon-d-pedro-i. Acesso em: 15 ago. 2022.

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização; Brasília: FUNAG, 2013.

GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.

Nota do arquivista

Equipe da prestadora Cassis GED e serviços diversos LTDA ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Catarine Villa Verde e Djalma P. Bernardes (Bibliotecários/Descritores), Jefferson Nascimento Albino (Historiador/descritor), Jéssica Almeida Alves (Fotógrafa), Marina Caldas da Rocha Ferreira (Tradutora), Rafael Martins de Moura (Arquivista), Susana Priscila Cerqueira Santos (Conservadora-Restauradora).

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