- RIO-AHI-SNEIB-FIM-LEG-RecLeg-Lis-Desp_417-3-2_1845-08-25
- Item documental
- 25/08/1845
Antônio Paulino Limpo de Abreu (1798 - 1883), Visconde de Abaeté (criado em 1854), nasceu em Lisboa, formou-se em direito pela Universidade de Coimbra em 1820. Foi Deputado na Assembléia Geral Legislativa pela Província de Minas Gerais (1826 a 1841 e 1845 a 1847); e Senador pela Província de Minas Gerais de 1848 a 1883; ocupando a Presidência do Senado entre 1861 e 1873.
Foi Presidente da Província de Minas Gerais de 1833 a 1835, já durante o Período Regencial. Se tornou presidente do Conselho de Ministros do primeiro gabinete do regente Diogo Antônio Feijó (São Paulo), quando ocupou, interinamente, a pasta dos Negócios do Império (1835 e 1837) e a dos Negócios da Justiça (1835 e 1836).
Depois de decretada a maioridade de D. Pedro II, foi nomeado Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Justiça (1840-1841); Ministro e Secretário de Estado interino dos Negócios da Justiça (1845); Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (1845 e em 1848); Ministro e Secretário de Estado interino dos Negócios da Fazenda (1848); Ministro e Secretário de Estado dos Estrangeiros (1853); Ministro e Secretário de Estado interino dos Negócios da Fazenda (ao longo do mês de janeiro de 1855); Enviado Extraordinário e Ministro Plenipotenciário em Montividéu-Uruguai (1855); Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Marinha (1858); presidente do Conselho de Ministros (1858). Ao longo de sua atuação nas questões envolvendo o Sul do Brasil, especialmente as tensões em torno da Guerra dos Farrapos e da questão platina, ganhou notoriedade não só como enviado especial mas também por negociações no âmbito da Fazenda.
Teve ainda papel relevante na posição do Brasil frente a lei Bill Aberdeen, se opondo à iniciativa do Parlamento Britânico em apresar navios negreiros envolvidos no tráfico atlântico de escravizados africanos. Aponta, dentre outras questões, que o tráfico de escravizados não poderia ser considerado pirataria e forçosamente apresar os navios.
Antônio Paulino Limpo de Abreu