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Ofício original enviado pela Junta de Governo da Província do Piauí para Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira, com data de 21 de fevereiro de 1824, discorrendo sobre o recebimento da Imperial Portaria tratando sobre o pedido de demissão de José Joaquim Carneiro de Campos (1768-1836), Marquês de Caravelas, que cumpria os serviços de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil, e a entrada de Carvalho e Mello neste cargo.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, Formou-se em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como EUA e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos EUA foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.

José Joaquim Carneiro de Campos (1768-1836), primeiro Visconde com grandeza (1825) e Marquês de Caravelas (1826), nasceu na Bahia e faleceu no Rio de Janeiro. Político, diplomado em teologia e direito pela Universidade de Coimbra, permaneceu alguns anos em Portugal, voltando em 1807. Foi nomeado oficial-maior da Secretaria do Reino e sucedeu a José Bonifácio na pasta do Império e Estrangeiros (1823). Atuou como um dos redatores da Constituição Imperial. Exerceu o cargo de senador da Bahia (1826), ministro da Justiça, do Império e de Estrangeiros. Foi também membro da regência provisória que governou o país, de 7 de abril a 17 de junho de 1831.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado pela Junta de Governo da Província do Piauí para Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira, com data de 24 de fevereiro de 1824, discorrendo sobre os diários de comunicação e as correspondências trocadas entre essa Junta de Governo e a Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, Formou-se em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como EUA e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos EUA foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856) para Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira, com data de 29 de outubro de 1824, discorrendo sobre o recebimento de uma Imperial Portaria que encaminhou exemplares de um Tratado de carne e manteiga vindo da Irlanda para serem distribuídos aos lavradores e industriais da província do Piauí.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, Formou-se em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como EUA e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos EUA foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira, com data de 19 de outubro de 1825, acusando o recebimento do despacho anteriormente encaminhando e confirmando o conhecimento do Imperador do Brasil da posse de Martins ao cargo de Presidente da Província do Piauí.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Luiz José de Carvalho e Mello (1764-1826), Visconde de Cachoeira. Nasceu em Salvador, Formou-se em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima em Portugal e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Também atuou como deputado da Real Junta do Comércio, desembargador do Paço e deputado da Mesa da Consciência e Ordens em 1808. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como EUA e Portugal. Melo adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das antigas metrópoles. O reconhecimento de independência pelos EUA foi selado em 31/05/1824. Ainda durante a sua administração Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29/08/1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Visconde de Santo Amaro, com data de 09 de fevereiro de 1826, acusando o recebimento do despacho anteriormente encaminhando que discorria sobre a nomeação, por ordem do Imperador do Brasil, de Almeida ao cargo de Ministro e Secretário dos Negócios Estrangeiros.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Marquês e Visconde de Santo Amaro, foi cavaleiro da Casa Real e capitão-mor das Ordenanças da Bahia, funcionário do Conselho Ultramarino e secretário do gabinete de d. João VI, conselheiro do Tesouro Geral e da Fazenda, um dos membros responsáveis pela organização da coroação do Imperador D. Pedro I, atuando também como mestre de cerimônia da ocasião, deputado participante da Assembleia Constituinte de 1823 que foi dissolvida por D. Pedro I pouco tempo depois. Fez parte do Conselho de Estado formado por d. Pedro (1823), encarregado da elaboração da Constituição, de 1824. Foi ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (1825-1826) e um dos negociadores, junto de Francisco Vilela Barbosa e Luís José de Carvalho e Melo, do tratado de reconhecimento da independência brasileira por Portugal (1826).

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Visconde de Santo Amaro, com data de 09 de março de 1826, acusando o recebimento do despacho anteriormente encaminhando que continha exemplares do Manifesto de Declaração de Guerra contra as Províncias unidas do Rio da Prata.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Marquês e Visconde de Santo Amaro, foi cavaleiro da Casa Real e capitão-mor das Ordenanças da Bahia, funcionário do Conselho Ultramarino e secretário do gabinete de d. João VI, conselheiro do Tesouro Geral e da Fazenda, um dos membros responsáveis pela organização da coroação do Imperador D. Pedro I, atuando também como mestre de cerimônia da ocasião, deputado participante da Assembleia Constituinte de 1823 que foi dissolvida por D. Pedro I pouco tempo depois. Fez parte do Conselho de Estado formado por d. Pedro (1823), encarregado da elaboração da Constituição, de 1824. Foi ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (1825-1826) e um dos negociadores, junto de Francisco Vilela Barbosa e Luís José de Carvalho e Melo, do tratado de reconhecimento da independência brasileira por Portugal (1826).

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe, com data de 07 de junho de 1826, acusando o recebimento de um Imperial Aviso que tratava sobre o envio de exemplares de documentos acerca da guerra declarada pelo Imperador do Brasil com as Províncias Unidas do Rio da Prata.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe de Cima (1825), Marquês de Inhambupe de Cima (1826, formado em direito e doutorado em filosofia e matemática pela Universidade de Coimbra. Exerceu sucessivamente os cargos de Juiz de Fora, ouvidor de Comarca, desembargador da Relação da Bahia, desembargador da Relação do Porto e desembargador da Casa de Suplicação de Lisboa; deputado da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e navegação; fiscal das Mercês; intendente Geral de Polícia. Em 1826, aceitou a pasta dos Negócios Estrangeiros e por 24 horas respondeu também pela Fazenda. Assinou como ministro dos Negócios Estrangeiros, o Tratado de novembro de 1826, ajustado com o governo inglês, para a extinção do comércio de escravos. Chamado em 1831 pelo Imperador para organizar o Ministério dos Medalhões, coube-lhe a pasta do Império. Com a abdicação, foi exonerado, conservando-se Pereira da Cunha no cargo até a transmissão ao sucessor. Era presidente do Senado por ocasião do seu falecimento.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe, com data de 27 de junho de 1826, acusando o recebimento de um Imperial Aviso que discorria sobre a publicação de um Tratado assinado entre Plenipotenciários do Império do Brasil e do Reino de Portugal.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe de Cima (1825), Marquês de Inhambupe de Cima (1826, formado em direito e doutorado em filosofia e matemática pela Universidade de Coimbra. Exerceu sucessivamente os cargos de Juiz de Fora, ouvidor de Comarca, desembargador da Relação da Bahia, desembargador da Relação do Porto e desembargador da Casa de Suplicação de Lisboa; deputado da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e navegação; fiscal das Mercês; intendente Geral de Polícia. Em 1826, aceitou a pasta dos Negócios Estrangeiros e por 24 horas respondeu também pela Fazenda. Assinou como ministro dos Negócios Estrangeiros, o Tratado de novembro de 1826, ajustado com o governo inglês, para a extinção do comércio de escravos. Chamado em 1831 pelo Imperador para organizar o Ministério dos Medalhões, coube-lhe a pasta do Império. Com a abdicação, foi exonerado, conservando-se Pereira da Cunha no cargo até a transmissão ao sucessor. Era presidente do Senado por ocasião do seu falecimento.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe, com data de 22 de setembro de 1826, acusando o recebimento de um Imperial Aviso que discorria sobre a nomeação de Cunha ao cargo de Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, devido a demissão de José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Visconde de Santo Amaro.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

Antônio Luiz Pereira da Cunha (1760-1837), Visconde de Inhambupe de Cima (1825), Marquês de Inhambupe de Cima (1826, formado em direito e doutorado em filosofia e matemática pela Universidade de Coimbra. Exerceu sucessivamente os cargos de Juiz de Fora, ouvidor de Comarca, desembargador da Relação da Bahia, desembargador da Relação do Porto e desembargador da Casa de Suplicação de Lisboa; deputado da Junta de Comércio, Agricultura, Fábricas e navegação; fiscal das Mercês; intendente Geral de Polícia. Em 1826, aceitou a pasta dos Negócios Estrangeiros e por 24 horas respondeu também pela Fazenda. Assinou como ministro dos Negócios Estrangeiros, o Tratado de novembro de 1826, ajustado com o governo inglês, para a extinção do comércio de escravos. Chamado em 1831 pelo Imperador para organizar o Ministério dos Medalhões, coube-lhe a pasta do Império. Com a abdicação, foi exonerado, conservando-se Pereira da Cunha no cargo até a transmissão ao sucessor. Era presidente do Senado por ocasião do seu falecimento.

José Egídio Álvares de Almeida (1767-1832), Marquês e Visconde de Santo Amaro, foi cavaleiro da Casa Real e capitão-mor das Ordenanças da Bahia, funcionário do Conselho Ultramarino e secretário do gabinete de d. João VI, conselheiro do Tesouro Geral e da Fazenda, um dos membros responsáveis pela organização da coroação do Imperador D. Pedro I, atuando também como mestre de cerimônia da ocasião, deputado participante da Assembleia Constituinte de 1823 que foi dissolvida por D. Pedro I pouco tempo depois. Fez parte do Conselho de Estado formado por d. Pedro (1823), encarregado da elaboração da Constituição, de 1824. Foi ministro e secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros (1825-1826) e um dos negociadores, junto de Francisco Vilela Barbosa e Luís José de Carvalho e Melo, do tratado de reconhecimento da independência brasileira por Portugal (1826).

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para João Severiano Maciel da Costa (1769-1833), Marquês de Queluz, com data de 15 de novembro de 1827, acusando o recebimento de um Imperial Aviso que discorria sobre ordens e instruções para a instalação de uma Comissão Mista na Corte brasileira, para se tratar sobre as liquidações mencionadas no Tratado entre o Império do Brasil e o Reino de Portugal.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

João Severiano Maciel da Costa (1769-1833), Marquês de Queluz. Nasceu em Mariana, Minas Gerais. Formado em direito pela Universidade de Coimbra, seguiu a carreira da magistratura até alcançar o cargo de desembargador do Paço do Rio de Janeiro. Nomeado governador da Guiana Francesa (1809-1819). Acompanhou sua majestade, D. João VI, a Portugal na volta do soberano a sua corte em 1821. Fez parte do conselho do Imperador D. Pedro I, exercendo a função de conselheiro de Estado. Eleito deputado por sua província natal e senador pela província da Paraíba. Regeu a pasta dos Negócios do Império (1823-1824) e a dos estrangeiros (1827).

Manoel de Souza Martins (1767-1856)

Ofício original enviado por Manoel de Souza Martins (1767-1856), Barão da Parnaíba, para João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg (1776-1838), Marquês de Aracati, com data de 30 de setembro de 1828, discorrendo sobre o prosseguimento das instruções para a publicidade naquela província dos exemplares dos Tratados ajustados entre os Plenipotenciários do Império do Brasil e do Império da Áustria e das Cidades Hanseáticas.

A Província do Piauí está situada na região meio-norte do Brasil, desempenhando um papel estratégico durante o período colonial português, especialmente durante a crise separatista. Sua importância reside tanto em seu considerável rebanho quanto em sua conexão com o Maranhão. No contexto da propagação das ideias de independência em todo o território brasileiro, em 1821, a corte portuguesa exigiu que a colônia prestasse juramento à Constituição portuguesa, mantendo uma pressão constante por meio de cartas régias, que visavam restabelecer sua condição colonial. Desde 1820, houve concentração de armamento e tropas no Maranhão, que foram rapidamente deslocadas para o Piauí. Nesse período, o novo governador das Armas, João José da Cunha Fidié, um veterano das guerras napoleônicas, assumiu o cargo em Oeiras. As Cortes Portuguesas, ao perceberem a inevitabilidade da independência da antiga colônia, decidiram manter sob seu controle pelo menos o norte do país. Para esse fim, a presença de tropas no Piauí foi considerada crucial para garantir a região vizinha do Maranhão como parte do território português. Isso efetivamente criou uma segunda colônia portuguesa no norte do Brasil, distanciando essas regiões das demais capitanias do norte, e, consequentemente, do Rio de Janeiro. O Piauí, que alternava sua subordinação entre o Maranhão e o Brasil, possuía alguns dos rebanhos mais ricos de todo o império colonial português na América. Sua localização geográfica facilitava o intercâmbio comercial tanto com o interior quanto com o litoral, permitindo uma ligação direta com a metrópole portuguesa. Do ponto de vista econômico, cada província durante o início do primeiro reinado especializou-se na produção de determinados produtos destinados à exportação, tornando-se mais orientadas para o comércio exterior do que para o Rio de Janeiro, onde residia o poder central. A comunicação entre o Maranhão e o Piauí era vital devido às dificuldades de navegação entre o norte e o sul do Brasil. O interior do Piauí e sua capital, Oeiras, desempenham papeis cruciais no estabelecimento de rotas comerciais que conectam o Maranhão ao restante do país. A pecuária era uma atividade econômica fundamental para o Piauí, que mantinha um forte vínculo com o Maranhão. Essa interdependência econômica tornava o Piauí uma área de disputa entre o Brasil e Portugal. Apesar das dificuldades de comunicação e transporte, o Piauí tinha potencial para se inserir no mercado externo. Esse potencial foi realizado anos mais tarde com a transferência da capital de Oeiras para Teresina, às margens do Rio Parnaíba, em 1852. Antes disso, em 1821, a condição econômica do Piauí era razoável, o que garantia sua ocupação portuguesa na região. A relação de dependência econômica entre senhores de terra e trabalhadores rurais, baseada no sistema de colonato, prevalecia no Piauí, uma vez que não havia grandes plantations na região. Esse sistema de exploração agrária estabelecia uma relação desigual de troca entre os proprietários de terra e os camponeses, perpetuando assim um ciclo de dependência injusta.

Manoel de Sousa Martins (1767-1859), filho de portugueses, primeiro ocupou o cargo de tesoureiro do erário público na cidade de Oeiras. Ao longo de sua vida, Manoel de Sousa Martins foi nomeado para vários postos militares, até ser reformado como brigadeiro em 1820, sem vencimentos. Em outubro de 1821, como vice-presidente da província, tornou-se parte do governo provisório até abril de 1822. Em janeiro de 1823, reassumiu a presidência temporária da província até dezembro de 1829, quando foi substituído pelo conselho do governo da província. Em fevereiro de 1829, voltou brevemente ao governo da província, sendo sucedido por João José Guimarães e Silva. Em 17 de fevereiro de 1831, após a morte de Guimarães, Sousa Martins reassumiu como vice-presidente, tornando-se presidente em 1833, permanecendo até dezembro de 1843. Recebeu várias honrarias ao longo de sua vida, incluindo a Ordem de Cristo, a Imperial Ordem do Cruzeiro, e foi elevado a Barão e depois a Visconde da Parnaíba. Manoel de Sousa Martins também ocupou vários cargos públicos antes e depois de sua presidência na província. Faleceu em 20 de fevereiro de 1859, na cidade de Oeiras, sendo sepultado na capela-mor da Igreja matriz da mesma cidade. Apesar de seu governo ter sido criticado, é reconhecido por sua inteligência e habilidade em conquistar influência na sociedade, além de ter deixado uma grande família na província.

João Carlos Augusto de Oyenhausen-Gravenburg (1776-1838), Marquês de Aracati, nasceu em Lisboa em 1776 e faleceu em Moçambique em 28 de março de 1838. Exerceu o cargo de governador e, posteriormente, senador da capitania do Ceará, governador e capitão-general de São Paulo. O Marquês também foi nomeado governador de Moçambique por carta régia de 22 de dezembro de 1836, tomando posse no ano seguinte.

Manoel de Souza Martins (1767-1856)