- RIO-AHI-SNEIB-MEIO-MAT-Ofic_426-1-1_1825-07-04_01
- Item documental
- 04/07/1825
Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (1800-1846), Visconde de Itabaiana. Diplomata luso-brasileiro. Foi secretário da legação portuguesa no Congresso de Viena em 1822, ano em que foi nomeado por José Bonifácio como Ministro Plenipotenciário do Brasil na França. Quatro anos mais tarde, exerceu a função em Londres, sendo o responsável pelo reconhecimento formal da independência do Brasil pela Grã-Bretanha. Posteriormente, serviu no reino das Duas Sicílias (atual Itália) e em Viena.
Luis José de Carvalho e Melo (1764-1826), Visconde da Cachoeira. Político brasileiro. Nasceu em Salvador, Bahia. Formou-se em Coimbra. Antes da Independência ocupou várias funções jurídicas. Foi juiz de fora da Ponte de Lima, em Portugal, e desembargador da relação do Rio de Janeiro. Disputou a constituinte em 1823 e fez parte do segundo Conselho de Estado, ocupando a pasta do Ministério dos Estrangeiros entre 1823 e 1825. Recebeu o título de Visconde da Cachoeira e foi um dos principais responsáveis pelos processos de reconhecimento da Independência do Brasil por nações estrangeiras como EUA e Portugal. Mello adotou como estratégia diplomática a união das antigas colônias americanas contra os interesses das suas metrópoles. O reconhecimento da independência pelos EUA foi selado em 31 de maio de 1824. Ainda durante a sua administração, Portugal afirmou o termo de reconhecimento da Independência do Brasil em 29 de agosto de 1825. O Visconde de Cachoeira foi também responsável por elaborar o estatuto para o curso jurídico na corte e por redigir o projeto da Constituição Brasileira depois de D. Pedro I dissolver a Assembléia Constituinte, em 1823. Em 1826, foi nomeado senador pela província da Bahia, pouco antes de falecer.
Antonio José de Meirelles (1779-1838). Natural do Porto, Portugal, chegou ao Maranhão no final do século XVIII. Alcançou postos militares e também a comenda da Ordem de Cristo. Foi um dos principais negociantes do Maranhão, enriquecendo com o tráfico de escravos e negócios com portos ao redor do Atlântico, sendo figura influente no Corpo de Comércio e Agricultura da cidade de São Luís. Com a adesão do Maranhão à Revolução do Porto, em abril de 1821, foi peça-chave para a manutenção e legitimação do então governador Bernardo da Silveira Pinto da Fonseca (1819-1822).
Contribuiu para a instalação, em novembro de 1821, da Tipografia Nacional do Maranhão, a primeira da província, que atuou em benefício de Pinto da Fonseca e da junta de governo que o sucedeu, em fevereiro de 1822. No início de 1823, com o avanço do projeto de independência nas províncias do Ceará e do Piauí, o negociante liderou e participou de uma série de ações para o seu combate no Maranhão. Em fevereiro, liderou a arrecadação de alimentos para o sustento das tropas e passou a comandar, em São Luís, o regimento de milícias. Em julho, diante da derrota iminente, consolidada em 28 de julho, tentou negociar o armistício, em vão.
Com a independência, Meirelles esteve na lista dos expulsos da província, por decisão da Câmara Geral de 15 de setembro de 1823. Com o novo governador da província – Pedro José da Costa Barros, Meirelles retomou seus negócios e sua influência política, procurando demonstrar fidelidade ao imperador, porém, isto não apagou sua imagem de inimigo do Império.
Manuel Rodrigues Gameiro Pessoa (s.d.-1846), Visconde de Itabaiana