Item Not_P196-1-15_1817-09-18 - Nota diplomática enviada do Rio de Janeiro, por D. João VI (1767 – 1826) em 18 de setembro de 1817, ao Imperador russo Alexandre I (1768 – 1835), convidando-o a visitar a casa da Família Real no Rio de Janeiro para comemorar o casamento de D. Pedro (1798 – 1834) com a Arquiduquesa da Áustria Josepha Leopoldina (1797 – 1826) que ocorreu no dia 13 de maio do mesmo ano.

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Title

Nota diplomática enviada do Rio de Janeiro, por D. João VI (1767 – 1826) em 18 de setembro de 1817, ao Imperador russo Alexandre I (1768 – 1835), convidando-o a visitar a casa da Família Real no Rio de Janeiro para comemorar o casamento de D. Pedro (1798 – 1834) com a Arquiduquesa da Áustria Josepha Leopoldina (1797 – 1826) que ocorreu no dia 13 de maio do mesmo ano.

Date(s)

  • 18/09/1817 (Creation)
  • Rio de Janeiro, Brasil (Creation)

Level of description

Item

Extent and medium

Textual, manuscrito, 02 páginas
31 cm x 20 cm

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Name of creator

Biographical history

Archival history

O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).

As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.

Immediate source of acquisition or transfer

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiadas pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Content and structure area

Scope and content

Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda de Habsburgo-Lorena (1797-1826) nasceu em Viena, na Áustria. Filha do último imperador do Sacro-Império Romano Germânico, Francisco II – que se tornaria imperador da Áustria, transformando-se em Francisco I – e de sua segunda esposa, Maria Teresa do reino das Duas Sicílias ou de Bourbon. Sobrinha-neta de Maria Antonieta, que se casou com Luís XVI, rei de França, sua irmã Maria Luísa foi a segunda mulher de Napoleão I, uma união que selou a aliança com a França, após a derrota da Áustria em Wagran (1809). Seu casamento resultou também de um acordo político de Portugal com a casa de Habsburgo num cenário de rearranjo europeu após a derrota de Napoleão em 1815. Para Portugal interessava ligar-se a uma das mais tradicionais monarquias européias, o comércio com os domínios ultramarinos lusos seria extremamente vantajoso. Negociado por Pedro José Joaquim Vito de Meneses Coutinho, então Marquês de Marialva, o casamento foi assinado em Viena em 28 de novembro de 1816, e a cerimônia ocorreu em 13 de maio de 1817, sendo D. Pedro foi representado pelo arquiduque Carlos, tio paterno da noiva. No Brasil a cerimônia ocorreu em 6 de novembro de 1817, um dia após sua chegada ao Rio de Janeiro, na capela real. Muito culta, recebeu uma educação exemplar, interessava-se por ciências naturais, como mineralogia e botânica, artes e dominava o francês, o inglês, o italiano e o latim, e antes de vir para o Brasil aprendeu o português.

Alexander Pavlovich Romanov ou Alexandre I (1777-1825) foi o Imperador da Rússia de 1801 até sua morte, também sendo o primeiro russo a ser Rei da Polônia e Grão-Duque da Finlândia. Era filho do imperador Paulo I e sua esposa Sofia Doroteia de Württemberg, ascendendo ao trono após o assassinato do pai. Alexandre, tanto como grão-duque quanto imperador, por muitas vezes usava de retórica liberal, porém manteve as práticas absolutistas da Rússia durante toda sua vida. Logo no início de seu reinado Alexandre realizou pequenas reformas sociais e depois grandes reformas educacionais, também prometendo reformas constitucionais e sobre a servidão, porém sem nunca fazer uma proposta concreta. Na segunda metade de seu reinado ele ficou cada vez mais arbitrário, reacionário e temerário de conspirações. Internacionalmente, ele governou o Império Russo durante o conturbado período das Guerras Napoleônicas. Ele mudou de lado inúmeras vezes entre 1804 e 1812, passando de pacificador neutro, aliado de Napoleão Bonaparte até inimigo do imperador francês. Ele se aliou ao Reino Unido em 1805 na Terceira Coligação, porém após sua derrota na Batalha de Austerlitz ele trocou de lado e aliou-se à França através dos Tratados de Tilsit. Alexandre juntou a Rússia ao Bloqueio Continental e travou pequenos conflitos com os britânicos. Entretanto, ele e Napoleão nunca conseguiram concordar em alguma coisa, especialmente acerca da Polônia, e a aliança acabou ruindo em 1810. Seu maior triunfo militar veio dois anos depois, quando a invasão francesa da Rússia terminou em desastre, levando à queda Napoleão pouco depois na Batalha das Nações. Ao fim do período napoleônico, Alexandre formou a Santa Aliança a fim de suprimir movimentos revolucionários na Europa.

Appraisal, destruction and scheduling

A documentação do Arquivo do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documento de caráter permanente.

Accruals

System of arrangement

O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889), encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).

Conditions of access and use area

Conditions governing access

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Conditions governing reproduction

Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprio.

Language of material

  • Portuguese

Script of material

Language and script notes

Physical characteristics and technical requirements

Documento em suporte de papel.

Finding aids

Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em:< https://www.funag.gov.br/.../catalogoahi_1822_1889.pdf >

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Existence and location of originals

Existence and location of copies

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Note

Documento em bom estado de conservação. Na ocasião o Imperador de Portugal assina como João para demonstrar uma relação de proximidade com o Imperador russo. Na parte inferior da última página há informações sobre a cópia do documento, bem como um esboço de cópia.

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Dates of creation revision deletion

Julho - novembro de 2022.

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Sources

BRAGA, Paulo Drumond. Leopoldina de Habsburgo, rainha de Portugal. In: Estudos em Homenagem ao Professor Doutor José Marques, v. 4. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2006, p. 233-245.

CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização; Brasília: FUNAG, 2013.

GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.

GHERVAS, Stella. Reinventando a tradição: Alexandre Stourdza e a Europa da Santa Aliança. Paris: Honoré Champion, 2008. 620 p.

Archivist's note

Equipe da prestadora Cassis GED e serviços diversos LTDA ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Catarine Villa Verde e Djalma P. Bernardes (Bibliotecários/Descritores), Jefferson Nascimento Albino (Historiador/descritor), Jéssica Almeida Alves (Fotógrafa), Paulo Marcelo Ferreira de Moraes Júnior (Arquivista), Rafael Martins de Moura (Arquivista), Susana Priscila Cerqueira Santos (Conservadora-Restauradora).

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