Item documental Ofic_405-04-07_1829-11-28 - Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior, para o coronel Manuel Ramírez (1784-1837), datado de 28 de novembro de 1829. Informa que havia recebido autorização do governo de Buenos Aires para reclamar os prisioneiros brasileiros, presos na última guerra entre Argentina e Brasil, que estariam sendo obrigados a entrar para as tropas de linha de diferentes portos do interior do país. Solicita o auxílio do coronel para entregar Francisco Dias, que estava no batalhão sob seu comando.

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Código de referência

BR DFMRE RIO-AHI-SNEIB-FIM-LEG-RecLeg-Bue-Ofic_405-04-07_1829-11-28

Título

Cópia de ofício enviado por José Agostinho Barboza Junior, para o coronel Manuel Ramírez (1784-1837), datado de 28 de novembro de 1829. Informa que havia recebido autorização do governo de Buenos Aires para reclamar os prisioneiros brasileiros, presos na última guerra entre Argentina e Brasil, que estariam sendo obrigados a entrar para as tropas de linha de diferentes portos do interior do país. Solicita o auxílio do coronel para entregar Francisco Dias, que estava no batalhão sob seu comando.

Data(s)

  • 28/11/1829 (Produção)
  • Buenos Aires, Argentina (Produção)

Nível de descrição

Item documental

Dimensão e suporte

Textual, manuscrito, 01 página
39, 3 cm x 25 cm

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

História do arquivo

O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Na década de 1820 a Argentina passava por um período de instabilidade política, principalmente com as disputas entre os partidos unitaristas e federalistas, e social na qual a unidade nacional ficou indiscutivelmente quebrada no momento em que parte das províncias argentinas, incluindo Buenos Aires, declararam autonomia. Em 1825 Rivadavia (1780 - 1827) tenta uma tentativa de unificação fracassada visto que a essa altura a Argentina usou boa parte de seu poder bélico em meio a guerra com o Brasil. Em meio aos conflitos externos, as guerras civis se tornaram ainda mais intensas e em 1829 Juan Manuel de Rosas (1793 - 1877), filiado ao Partido Federal, ascendeu como representante político no país.

Manuel Ramírez (1784 - 1837), militar argentino, participou na guerra de independência e na guerra civil de seu país. Na juventude, dedicou-se à agricultura. Era irmão do coronel Antonio Ramírez. Durante as Invasões Inglesas no Vice-Reino do Rio da Prata, ingressou no exército liderado por Santiago de Liniers para a Reconquista da cidade. Posteriormente, juntou-se a um dos regimentos milicianos que combateram nos Corrales de Miserere e na Defesa de Buenos Aires contra o segundo ataque britânico. Tornou-se capitão de um regimento de artilharia. Com o posto de tenente-coronel, incorporou-se em 1812 ao Exército do Norte. Lutou nas batalhas de Tucumán, Salta, Vilcapugio e Ayohuma. Em agosto de 1814, foi nomeado tenente-governador de Jujuy, embora o poder político estivesse principalmente nas mãos do exército, que, com a ajuda dos gaúchos Luis Burela, Apolinario Saravia e Martín Miguel de Güemes, haviam expulsado os realistas. Em novembro do mesmo ano, passou a ser tenente-governador em Santiago del Estero. Retornou a Buenos Aires no início de 1815 e foi nomeado 2º comandante do Regimento de Artilharia da Pátria. Integrou-se como chefe de artilharia à divisão que, sob o comando de Domingo French e Juan Bautista Bustos, foi enviada em apoio ao Exército do Norte, então sob o comando de José Rondeau. Entretanto, o governador de Salta, Güemes, não os deixou passar, temendo que French o destituísse do governo provincial. Quando finalmente foram autorizados a prosseguir, Rondeau já havia sido derrotado em Sipe Sipe. Permaneceu nos anos seguintes acantonado em San Miguel de Tucumán como chefe de artilharia do Exército do Norte, e em maio de 1818 foi promovido ao posto de coronel. Participou da campanha contra os federais de Santa Fé. Quando a maior parte do Exército se revoltou em Arequito e se recusou a continuar a guerra civil, Ramírez permaneceu leal ao general Francisco Fernández de la Cruz. Após a batalha de Cepeda, retornou a Buenos Aires e permaneceu leal aos sucessivos governos legais que a província de Buenos Aires teve. Participou da batalha de Cañada de la Cruz. Em 1821, liderou a campanha contra o caudilho entrerriano Francisco Ramírez, mas não chegou a entrar em combate. Foi comandante da artilharia da guarnição da capital por oito anos. Apoiou a revolução de Lavalle em 1828 e foi o chefe de sua artilharia na derrota de Puente de Márquez. Por sua identificação decidida com o partido unitário, quando este foi derrotado pelos federais, foi substituído pelo general Iriarte. Retornou à atividade em 1832, como chefe dos arsenais da capital, mas dois anos depois foi para a reserva.

Avaliação, selecção e eliminação

A documentação do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889), encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)

Condiçoes de reprodução

Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.

Idioma do material

  • português

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Documento em suporte de papel

Instrumentos de descrição

Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-br/chdd/arquivos-chdd/pesquisa/catalogoahi_1822_1889.pdf

Instrumento de descrição documental

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Nota

Documento em bom estado de conservação.

Identificador(es) alternativo(s)

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

Zona do controlo da descrição

Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Janeiro de 2024 a janeiro de 2025

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Relatório, 1831: Relatório da Repartição dos Negócios Estrangeiros apresentado à Assembleia Geral Legislativa na sessão ordinária de 1831. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1929.
CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.
CUTOLO, Vicente, Nuevo diccionario biográfico argentino, 7º vol, Buenos Aires: Ed. Elche, 1968-1985.
DI TELLA, Torcuato S. História social da Argentina contemporânea. 2. ed. rev. Brasília: FUNAG, 2017. 424 p. Coleção Relações Internacionais. Disponível em: file:///C:/Users/User/Downloads/historia_social_da_argentina_contemporanea.pdf. Acesso em: 29 fev. 2024.
GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.
SERRANO, Mario A. Arequito: ¿por qué se sublevó el Ejército del Norte?, Ed. Círculo Militar, Bs. As., 1996.

Nota do arquivista

Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de Restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição/Vice-coordenadora Geral). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Gabriel Michylles dos Santos (Descritor). Juliana Batista (Descritora). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Éden Pimentel Coutinho (Revisor). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (Fotógrafo/Digitalizador). Renata Costa Pinto (Editora). Fátima Cristina Gonçalves (Pesquisadora). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.

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