Zona de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 08/08/1821 (Produção)
- Montevidéu, Uruguai. (Produção)
Nível de descrição
Item documental
Dimensão e suporte
Textual, manuscrito, 78 páginas.
28 cm x 19,5 cm
Zona do contexto
Nome do produtor
História biográfica
Entidade detentora
História do arquivo
O Arquivo Histórico do Itamaraty – AHI – foi criado oficialmente por meio do Decreto-Lei nª 4.422 de 30 de junho de 1942, durante a gestão do Embaixador Oswaldo Aranha (1894-1960) a frente do Ministério das Relações Exteriores e durante a presidência Getúlio Vargas (1882-1954). Atualmente, o AHI é parte do Museu Histórico e Diplomático – MHD (Portaria Ministerial de 18/01/2019).
As origens do acervo se encontram nos documentos relacionados a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra do Reino de Portugal, criada em 1788 pelo Alvará Régio de 14 de outubro. Com a transferência da Corte Portuguesa para a América foi criado ainda em 1808 a Secretaria dos Negócios Estrangeiros e da Guerra. Já em 1821, após o retorno da Corte Portuguesa para a Europa e durante o governo do príncipe Pedro de Alcântara como regente do Reino do Brasil foi criada a Secretaria dos Negócios do Reino e Estrangeiros em abril de 1821. Em 13 de novembro de 1823 a referida secretaria foi desmembrada em Secretaria dos Negócios do Império e Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Tal subdivisão se mantém até o fim do período monárquico em 1889, onde é substituída pelo Ministério das Relações Exteriores. Com a mudança da capital do Brasil para Brasília-DF em 1960, o Ministério se transfere para a nova sede. Os documentos anteriores a 1959 permanecem na antiga sede no Rio de Janeiro e os gerados após essa data estão alocados na sede do Ministério no Distrito Federal.
Fonte imediata de aquisição ou transferência
Os acervos relativos as legações do Império do Brasil foram custodiados pela Secretaria dos Negócios Estrangeiros (1822-1889), e com a Proclamação da República em 1889 tornaram-se parte do acervo do Ministério das Relações Exteriores onde se encontra atualmente.
Zona do conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Reino Unido de Portugal e Algarve. Em 16 de dezembro de 1815, o Brasil foi elevado à categoria de reino, e o príncipe regente D. João tornou-se soberano do Reino Unido de Portugal, do Algarve e do Brasil. Esse evento marcou a consolidação de um processo que teve início com a transferência da Corte para o Rio de Janeiro e foi fortalecido pelas mudanças resultantes dessa migração. Com a família real portuguesa estabelecida em sua colônia americana devido às guerras napoleônicas, após o Congresso de Viena, as diretrizes expressavam o desejo restaurador das antigas monarquias europeias. O Congresso reconhecia apenas Portugal e sua capital, Lisboa, como iguais, deixando o monarca português enfrentando um dilema ao viver nos trópicos. A solução veio com a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido, equiparando seu status ao de Portugal. A proposta do delegado francês no Congresso, o ministro das Relações Exteriores da França, Charles-Maurice de Talleyrand-Périgord, de elevar o Brasil ao Reino Unido de Portugal e Algarve, visava fortalecer os laços entre Portugal e Brasil. Isso, mesmo com o Brasil não sendo mais uma simples colônia, permaneceria vinculado à Coroa portuguesa. Esse movimento também buscava legitimar a presença europeia e monárquica na América do Sul, em um momento de ressurgimento das tradições das monarquias europeias, apesar da crescente independência e republicanismos no continente. Para os brasileiros, essa elevação representou o fim do pacto colonial e de um status inferior em relação à metrópole. Na prática, essa medida foi crucial para a Independência, já que o retorno da família real e a tentativa de rebaixar o Brasil novamente à condição de colônia tornaram-se inviáveis. Isso culminou em uma ruptura, cujas origens, extensão e impacto seriam amplamente discutidos na historiografia, no que diz respeito ao papel e ao lugar do país no cenário americano e internacional.
Avaliação, selecção e eliminação
A documentação do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro nunca foi objeto de Avaliação e Eliminação. Documentação de caráter permanente.
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
O Fundo Secretaria dos Negócios Estrangeiros do Império do Brasil (1822-1889), encontra-se organizado em dois grandes grupos (Atividade Meio e Atividade Fim). O primeiro está dividido em 04 séries (Organização e funcionamento, Pessoal, Contabilidade e Finanças, Material e Documentação) e a segunda em 07 séries (Legações do Império; Missões Especiais; Repartições Consulares; Atos, acordos e tratados internacionais; Comissões, congressos, eventos internacionais e afins; Limites e fronteiras e Relações com outros órgãos estatais, pessoas físicas e jurídicas).
Zona de condições de acesso e utilização
Condições de acesso
Sem restrições de acesso.
(Necessidade de agendamento prévio)
Condiçoes de reprodução
Os documentos textuais podem ser reproduzidos por via fotográfica, com uso de máquina fotográfica, telefone celular ou tablet, sem uso de iluminação extra. Para coleta de imagens com maior resolução e com a necessidade de iluminação especial se faz necessário a assinatura de instrumentos próprios.
Idioma do material
- espanhol
Script do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Documento em suporte de papel
Instrumentos de descrição
Inventário do Arquivo Histórico do Itamaraty no Rio de Janeiro. Documentação entre 1822 a 1889. Disponível em: https://www.gov.br/funag/pt-br/chdd/arquivos-chdd/pesquisa/catalogoahi_1822_1889.pdf.
Instrumento de descrição documental
Zona de documentação associada
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Zona das notas
Nota
Documento em bom estado de conservação.
A encadernação do suporte físico dificultou a coleta de imagens, de modo que algumas palavras podem estar cortadas.
Nota
Em anexo, cópias de documentos, em espanhol, concernentes à incorporação do Estado Cisplatino ao Reino de Portugal, Brasil e Algarves, além disso estão anexados documentos contendo discussões políticas envolvendo a Província da Cisplatina.
Nota
Está conforme Luiz Moutinho de Lima Álvares e Silva, (1792-1863).
Identificador(es) alternativo(s)
Pontos de acesso
Pontos de acesso - Assuntos
Pontos de acesso - Locais
Pontos de acesso - Nomes
Pontos de acesso de género
Zona do controlo da descrição
Identificador da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
Estatuto
Nível de detalhe
Datas de criação, revisão, eliminação
Janeiro de 2024 a janeiro de 2025
Línguas e escritas
Script(s)
Fontes
BRASIL. ARQUIVO NACIONAL. Reino Unido de Portugal e Algarves. 14 de nov. 2021. Disponível em: http://historiacolonial.an.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5785:reino-unido-de-portugal-e-algarves&catid=2086&Itemid=266 Acesso em: 19 de mar. de 2024.
CONDURU, Guilherme Frazão. O Museu Histórico e Diplomático do Itamaraty: história e revitalização. Brasília: FUNAG, 2013.
GABLER, Louise. A Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros e a consolidação das relações exteriores no Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2013.
Nota do arquivista
Equipe da prestadora de serviço Tempo Real Produções ao Arquivo Histórico do Itamaraty: Jefferson do Nascimento Albino (Coordenador Geral). Zoray Maria Telles (Restauradora). Lúcia Helena Gomes Antônio (Auxiliar de restauração). Mayra Mendes Trocado (Coordenadora de Descrição). Camila Oliveira da Silva (Descritora). Verônica dos Santos Silva (Descritora). Bruno de Jesus Miranda (Descritor). Gabriel Michylles dos Santos (Descritor). Kênia da Silva Vieira (Coordenadora de Revisão). Éden Pimentel Coutinho (Revisor). Renan Cesar Rodrigues Ambrosio (fotógrafo/digitalizador). André Luiz Freitas Pereira (Editor). Fátima Cristina Gonçalves (Pesquisadora). Patrick Diego Sousa e Silva (Paleografia). Elem Suzane Brito de Assis (Tradução francês). Cristiane Patrocínio Franceschi (Tradução inglês).
Agradecimento especial ao Prof. João Daniel Almeida.